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Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Igatu / Chapada Diamantina-Ba, 2016.
Espigueiros. Portugal, 2017.
Espigueiros. Portugal, 2017.

Taipa de sopapo

Autor(es): 

Giovanna Rosso del Brenna

Onde encontrar: 
Acervo da pesquisadora Sílvia P. d’Affonsêca 
Referência bibliográfica: 

ARQUITETURA DE TERRA: UMA VERSÃO BRASILEIRA.  Exposição organizada por Giovanna Rosso del Brenna. Centro Cultural Francês – Rio de Janeiro. 6 a 29 de maio de 1982. Solar de Montignny, PUC- RJ.

Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Giovanna Rosso del Brenna é italiana e historiadora da Arte. É docente da Università Cattolica del Sacro Cuore, em Milão, desde 2001, e da Università degli Studi di Genova, desde 2000. Foi também Professora Adjunta da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) entre 1978 e 1990. 
Sumário obra: 
Apresentação 
Arquitetura de terra Uma versão Brasileira 
Técnica Construtivas antiga (séculos XVII-XIX) 
Autoconstruções, hoje 
Propostas e experimentações contemporâneas 
Textos de referências 
Contribuições 
Resumo : 
A obra é o catálogo da exposição “Arquitetura de Terra” organizada por Giovanna Rosso Del Brenna, no Solar Grandjean de Montigny e Centro Cultural Francês do Rio de Janeiro, em maio de 1982. Apresenta pequenos textos baseados no livro de Silvio de Vasconcelos sobre sistemas construtivos tradicionais brasileiros, descrevendo as técnicas da taipa de pilão, do pau a pique e do adobe, seguidos de vários exemplos de edifícios construídos com estas técnicas, em diferentes estados do Brasil. O catálogo traz ainda exemplos de autoconstrução da década de 1970, com vínculos com as técnicas construtivas tradicionais e destaca um trabalho desenvolvido pela arquiteta Vera Maria Ferraz, que se encontra no Conselho do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo - CONDEPHAAT, sobre construções recentes de taipa de pilão em Mogi das Cruzes, no qual a autora, tendo encontrado alguns mestres taipeiros, descreve a técnica através desses mestres e identificar essas edificações. A obra também apresenta os resumos e as respectivas bibliografias de algumas propostas e experimentações desenvolvidas com o uso de técnicas tradicionais, tais como: Memória descritiva do Anteprojeto para a Vila de Monlevade, Sabará - MG, 1936, de Lucio Costa; Taipa. Projeto da comunidade de Cajueiro Seco - PE, 1963, de Acácio Gil Borsoi e Casas de paredes de solo-cimento, de 1948, da Associação Brasileira de Cimento Portland. Por fim, como textos referenciais, traz um texto de Luis Saia, denominado Notas Sobre a Arquitetura Rural Paulista do Segundo Século, publicado na revista do Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, vol. 8, Rio de Janeiro, 1944, no qual o arquiteto paulista trata da técnica construtiva em terra nos séculos XVIII e XIX, fazendo um estudo comparativo entre os edifícios existentes deste período e considerando o tipo de solo utilizado. Outro texto de referência, tem como autor Carlos Lemos e discorre sobre as arquiteturas do litoral e do interior, mostrando as diferenças construtivas em função do clima e dos materiais disponíveis nas respectivas regiões. O mesmo texto também trata das mudanças no panorama da arquitetura após a revolução industrial. Por fim, o catálogo apresenta o resumo da experiência de Maria Pace Franco de uso da terra como material de construção no quadro da Reforma Agrária da Argélia.
 
Data do Preeenchimento: 
segunda-feira, 20 Agosto, 2012 - 11:45
Pesquisador Responsável: 

Sílvia d´Affonsêca

Data da revisão: 
domingo, 31 Agosto, 2014 - 11:00
Responsável pela Revisão: 

Luiz Antonio Fernandes Cardoso

ISBN ou ISSN: 

85-99542-02-8

Autor(es): 

Antonio Luiz Dias de Andrade

Onde encontrar: 

Bibliotecas do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Referência bibliográfica: 

ANDRADE,Antonio Luiz Dias de. "Aldeia de Carapicuiba". In: MORI,V.H.,SOUZA, M.C.S., BASTOS, R.L e GALLO, H. (orgs) Patrimônio: Atualizando o Debate. São Paulo: 9ª SR/IPHAN, 2006, p. 24-32.

Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Construção autogerida em meio urbano: espaços e técnicas
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Antonio Luiz Dias de Andrade (1948-1997) formou-se em Arquitetura na FAU-USP onde também realizou os cursos de mestrado e doutorado e atuou como professor a partir de 1976. Dirigiu a Superintendência do IPHAN em São Paulo de 1978 a 1994, atuando também no período como Conselheiro do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Artístico Arquitetônico e Turístico de São Paulo – Condephaat. Pesquisador da arquitetura e das técnicas construtivas, especializou-se em restauração e conservação do patrimônio edificado, tendo realizado vários projetos e obras neste campo, além de publicado trabalhos relativos à preservação do patrimônio cultural e à arquitetura vernacular do Vale do Paraíba. Este artigo é uma reedição. 
Sumário obra: 

Não se aplica

Resumo : 
O estudo dialoga com antiga pesquisa realizada por Luis Saia, em 1938, sobre a Aldeia de Carapicuíba, localidade tombada pelo IPHAN que pertencente ao município de mesmo nome localizado na região metropolitana de São Paulo. Trata-se de estudo arquitetônico de caráter tipológico que contém também uma abordagem histórica e de cunho etnográfico, neste último aspecto, influenciada pelo estudo de Pierre Bourdieu sobre a casa Cabila e pelos de Carlos Lemos relativos ao uso social dos espaços na arquitetura tradicional brasileira. Contém ainda interessante documentação gráfica e fotográfica sobre a arquitetura popular produzida no local. O estudo objetiva mostrar como transformações econômicas, sociais e culturais impactam o espaço arquitetônico e urbano, podendo ser “lidas” através dos traços e estratos que deixam nesses espaços. A Aldeia de Carapicuíba foi escolhida como objeto de estudo por ser o único exemplo de aldeamento jesuítico que manteve por mais tempo padrões pré-estabelecidos de organização social e por existirem dados acessíveis relativos à natureza das atividades aí desenvolvidas. O autor inicia o texto descrevendo a implantação espacial e a situação atual do assentamento, ressaltando a permanência do partido jesuítico baseado na grande praça central circundada por habitações – o terreiro –, tendo em um dos lados, em posição de destaque, a capela. Descreve também as novas ocupações em torno deste núcleo, tanto no que toca às atividades produtivas como habitacionais. Assinala que embora as habitações sejam externamente semelhantes, dois tipos distintos de organização interna prevalecem a despeito da adoção comum da estrutura independente de madeira com vedações de taipa ou pau-a-pique: um que denomina de “erudito” e que identifica como decorrente de uma interpretação popular da casa típica do século XIX, organizada ao longo de um corredor central com distribuição clara de funções; e outro que caracteriza como simples justaposição de cômodos, sem evidência de “plano racional” de organização. Outros traços comuns das casas do terreiro seriam o partido que se acomoda à declividade do terreno e as coberturas em duas águas com cumeeira paralela à testada do lote. O autor comenta ainda o uso dos quintais como locais de serviço domésticos, preparação de alimentos, pequenos cultivos e criação de animais. Sobre as casas de construção mais recente, localizadas em loteamentos próximos do núcleo inicial, ressalta o padrão de implantação distinto do tradicional e caracterizado por cortes no terreno; a organização interna que tem como traço distintivo a sobreposição de funções; e o emprego de sistemas construtivos e materiais de construção variados como alvenaria de tijolos, blocos de concreto, folhas de zinco, placas de fibrocimento e lajes pré-moldadas. Por fim, são descritos os dois tipos de casas isoladas existentes em torno do núcleo central: as casas menores e mais antigas que não diferem das existentes no terreiro da aldeia e as casas maiores construídas mais recentemente em lotes maiores para lazer e recreio. O estudo conclui que a partir de um agenciamento padrão mais antigo, os espaços internos das habitações foram sendo reorganizados conforme as novas ordens sociais que surgem, as diferenças culturais e as disponibilidades econômicas. 
Data do Preeenchimento: 
quinta-feira, 6 Março, 2014 - 13:00
Pesquisador Responsável: 

Marcia Sant’Anna

Data da revisão: 
sábado, 30 Agosto, 2014 - 13:00
Responsável pela Revisão: 

Daniel Juracy Mellado Paz

Observação: 

Bibliografia indicada:

BOURDIEU, Pierre. La Maison Kabile ou Le Monde Renversé. In: Echanges et communications – Mélanges offerts à C. Lévi-Strauss l’occasion de son 60e nniversaire.

Paris/La Haye: Mouton, 1970, p. 739-758. 
 
LEMOS, Carlos. Pesquisas sobre habitação popular – 1964-1965. São Paulo: FAU/USP, 1976.

SAIA, Luis. Aldeia de Carapicuíba – original datilografado, 1938.

ISBN ou ISSN: 

978-85-8225-022-8

Autor(es): 

Edna M. Pinto, Bianca de Abreu Negreiros, Cintia Vieira e Alain Henrique Souza

Onde encontrar: 

Anais do I Congresso Internacional de História da Construção Luso-Brasileira, disponível na internet.

Referência bibliográfica: 

PINTO, Edna M.; NEGREIROS, Bianca de Abreu ; VIEIRA, Cintia; SOUZA, Alain Henrique. Taipa em João Câmara/RN, solução para abalos sísmicos. In: 1º Congresso de História da Construção Luso-brasileira, Vitória, ES. 04 a 06 de setembro, Campus da Universidade Federal do Espírito Santo. 2013.

Eixos de análise abordados: 
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Edna M. Pinto é Doutora em Ciência e Engenharia de Materiais pela Universidade de São Paulo –USP (São Carlos) e Professor Adjunto III do Centro de Tecnologia, Departamento de Arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 
Bianca de Abreu Negreiros é Mestre em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN. 
Cintia Vieira é Estudante do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN. 
Alain Henrique Souza é estudante do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN. 
O artigo que comunica pesquisa realizada pelos autores foi apresentado no I Congresso de História da Construção Luso-brasileira, realizado em Vitória-ES, em 2013. 
Informações prestadas pelos próprios autores. 
Sumário obra: 
Resumo/Abstract 
Introdução 
O Nascimento do Projeto Taipa 
Descrição Construtiva 
Considerações Finais 
Referências Bibliográficas 
Resumo : 
Este artigo faz um registro histórico e uma descrição da técnica construtiva em taipa-de-mão empregada na década de 1980, no interior do estado do Rio Grande do Norte, visando a reconstrução de habitações parcialmente ou totalmente colapsadas pela ação de abalos sísmicos, de até 5.3 graus Richter, ocorridos na cidade de João Câmara. Na ocasião, o Ministério do Interior (MINTER) abriu uma comissão especial (Portaria nº 28/MINTER de 3/2/1987) que realizou um relatório de necessidades físicas e financeiras para a área, viabilizando um plano de reconstrução/recuperação das edificações baseado no emprego da taipa com painéis pré-fabricados. O “Projeto Taipa” proporcionou aos habitantes locais o acesso a financiamento governamental e o emprego de mão-de-obra do Batalhão de Engenharia do Exército. O estudo apresenta, por meio de levantamento bibliográfico, entrevistas e visitas in loco, uma breve descrição da tipologia empregada no projeto Taipa e as importantes contribuições que podem ser identificadas nessa experiência, dentre elas o emprego de painéis modulados na constituição do entramado de madeira das paredes e o uso de solo adequado à confecção da vedação, o que, ainda assim, não impediu o surgimento de patologias, conforme apontadas neste estudo, as quais foram fruto, principalmente, da ausência de manutenção.
Data do Preeenchimento: 
segunda-feira, 16 Setembro, 2013 - 15:30
Pesquisador Responsável: 

Edna Moura Pinto

Data da revisão: 
sábado, 12 Julho, 2014 - 15:30
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna

ISBN ou ISSN: 

052156422 0

Autor(es): 

Maria Angélica da Silva

Onde encontrar: 

Biblioteca da Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Referência bibliográfica: 

SILVA, Maria Angélica da. “Pontal da Barra (Brasil, NE)”. In: OLIVER, Paul (edit). Encyclopedia of Vernacular Architecture of the World. Cambridge - UK: Cambridge University Press, 1997, p. 1.632-1.633.

Eixos de análise abordados: 
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Maria Angélica da Silva é graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Minas Gerais, possui Mestrado em História Social da Cultura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e doutorado em História pela Universidade Federal Fluminense (1998), com bolsa sanduíche cursada na Architectural Association School (Londres). É professora associada da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e, atualmente, é coordenadora do Programa de Pós Graduação desta Faculdade. Tem experiência nos temas da história da paisagem, do urbanismo e da arquitetura, iconografia, arquitetura moderna e contemporânea, patrimônio e design de produtos culturais. Coordena o Grupo de Pesquisa Estudos da Paisagem desde 1998. 
Informações obtidas em: http://lattes.cnpq.br/0004923271744434
Resumo : 
Pontal da Barra é um distrito da cidade de Maceió, capital de Alagoas, que fica localizado numa faixa de terra entre o mar e a lagoa de Mundaú. Segundo a autora, a área seria habitada por uma população descendente de índios Caetés e brancos. A planta da vila é resultado dos caminhos estabelecidos pelos habitantes para alcançar a lagoa, já que a base da vida local é a pesca. As casas surgem ao longo desses caminhos assim como os coqueiros. A pesca é feita em canoas tradicionais e com o uso de redes, e a cata de mariscos é feita com as mãos e por meio de armadilhas. Inicialmente, as casas eram totalmente construídas em palha de coqueiro trançada sobre estrutura de madeira, mas há também casas com vedações em taipa de sopapo. Homens, mulheres e crianças tecem as redes na frente das casas e, como onde há rede há renda, no povoado também se tece o filé em cores muito vivas que, segundo a autora, remetem à paisagem. Devido ao desenvolvimento do turismo na região, o artesanato é uma fonte de renda e as mulheres exibem os filés que fabricam nas fachadas das casas. Devido à instalação de uma planta industrial de fabricação química de álcool clorídrico, a pesca teria diminuído bastante. O verbete não traz informações detalhadas sobre o espaço das casas, mas contém fotografia da localidade. 
Data do Preeenchimento: 
domingo, 24 Novembro, 2013 - 12:15
Pesquisador Responsável: 

Marcia Sant’Anna

Data da revisão: 
quarta-feira, 2 Julho, 2014 - 12:00
Responsável pela Revisão: 

Daniel Juracy Mellado Paz

Autor(es): 

Mônica Cristina Henriques Leite Olender

Onde encontrar: 

Biblioteca da Faculdade de Arquitetura da UFBA.

Disponível em PDF na internet.

Referência bibliográfica: 

OLENDER, Mônica Cristina Henriques Leite. A técnica do pau-a-pique: subsídios para a sua conservação. Salvador: Dissertação de Mestrado em Arquitetura e Urbanismo, Programa de Pós-Graduação da UFBA. Salavador, 2006.

Eixos de análise abordados: 
Conceitos e métodos
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Mônica Cristina Olender possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1999), especialização (2003) e mestrado (2006) em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal da Bahia. Atualmente é Professora Assistente da Universidade Federal de Juiz de Fora. Entre 2006 e 2011, coordenou o Curso de Especialização em Gestão do Patrimônio Cultural, no Instituto Metodista Granbery - JF/MG, e, entre 2008 e 2011 atuou como professora titular do Curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora. Tem vasta experiência em preservação do patrimônio ferroviário, tendo participado de vários projetos dessa natureza Tem experiência também na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em elaboração de projetos de conservação e restauração de bens imóveis. Integra, desde 2012, o Comitê Brasileiro do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios - ICOMOS. 
Informações obtidas em: http://lattes.cnpq.br/5641561328037421
 
Sumário obra: 
1. Introdução (01) 
2. A terra como matéria prima para a construção (15) 
3. A terra e a madeira: aspectos gerais (28) 
4. O sistema construtivo do pau-a-pique (46) 
5. Intervenção em edifícios com valor cultural construídos com pau-a-pique (68) 
6. Conclusão (92) 
7. Bibliografia (95) 
8. Apêndice (104) 
9. Anexo (108) 
 
Resumo : 
O objeto da dissertação é a técnica construtiva do pau-a-pique, também conhecida como taipa de mão, e a conservação e restauração de edifícios assim construídos. O pau-a-pique é apresentado como uma das técnicas construtivas mais antigas do Brasil, ainda em vigência e fartamente utilizada inclusive em edifícios e sítios reconhecidos pela UNESCO como patrimônio da humanidade. Em virtude do desconhecimento sobre esta técnica e das matérias primas utilizadas, de manutenção inadequada e de desastres naturais, muitas construções desse tipo são perdidas a cada ano. A autora ressalta o grande preconceito que ainda existe com relação ao seu emprego, e afirma que, ao contrário do que muitos pensam, o pau-a-pique pode ser altamente resistente e seguro se executado e mantido de maneira correta. Mônica Olender ressalta também a importância cultural dos edifícios brasileiros construídos em terra crua e, num breve histórico, informa sobre a utilização da técnica no Brasil e sobre sua importância para a história da arquitetura brasileira. Com relação à técnica propriamente dita, a autora apresenta as diversas formas como pode ser encontrada, incluindo os materiais que a constituem. Com isso, contribui para o aperfeiçoamento das intervenções de conservação e restauro realizadas nesses edifícios históricos. O objetivo de Olender é mostrar o quanto essa técnica é eficiente e eficaz e que se trabalhada de maneira correta e se for bem conservada, pode permanecer em perfeito estado por longos anos como demonstram os exemplos expostos na dissertação. Os dados foram obtidos através de entrevistas com profissionais especializados na utilização da terra crua para a construção e em pesquisas de laboratório e de campo. A dissertação contém boa documentação fotográfica dos edifícios construídos, parcial ou totalmente, com essa técnica nos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais. 
 
Data do Preeenchimento: 
sexta-feira, 31 Agosto, 2012 - 12:00
Pesquisador Responsável: 

Estudante Bolsista: Samantha Rocha

Data da revisão: 
segunda-feira, 18 Março, 2013 - 12:00
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna e Daniel Paz

ISBN ou ISSN: 

0101-1766

Autor(es): 

Günter Weimer

Onde encontrar: 

Acervo Prof. Daniel J. Mellado Paz

Referência bibliográfica: 

WEIMER, Günter. Da Perenidade do Transitório. In: Projeto - revista brasileira de arquitetura, planejamento, desenho industrial e construção, n.75, maio 1985. São Paulo: Projeto Editores Associados Ltda, p.63-66. 

Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Günter Weimer é arquiteto, graduado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1963), mestre em História da Cultura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1981) e doutor em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (1990). Atualmente é professor convidado do Programa de Pós-graduação em Urbanismo (PROPUR) da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em Arquitetura e Urbanismo, atuando principalmente nos seguintes temas: arquitetura popular, história da arquitetura, imigração alemã, açorianos no Brasil e Rio Grande do Sul. 
Resumo : 
O artigo corresponde a reflexões do autor a partir de estadia de férias em vila de pescadores da Ilha de Itaparica, na Bahia. No texto, realiza um contraponto constante entre Itaparica e Salvador, que fica do outro lado da Baía de Todos os Santos, associando essas localidades, alternadamente, a diferentes tipos de permanência e transitoriedade. Se as construções modernas são feitas em aço e concreto, materiais que lhes confeririam perenidade, muitas são demolidas. Em contrapartida, muitos barracos de palha e barro revelam longevidade tipológica e construtiva. Weimer afirma que as moradias e o seu arranjo na vila visitada seriam similares às construções do litoral da Costa do Marfim, a partir da comparação de fotos de Itaparica com ilustrações da obra de Bardou e Arzoumanian, Arquiteturas de Adobe(Gustavo Gili, 1979). A vila se compõe de casas alinhadas em uma linha paralela ao mar, com uma rua principal, sem pavimentação, definida pelas casas dispostas irregularmente. A ligação da rua interna com o areal se dá por travessas estreitas ao longo da fileira de casas. Os espaços públicos são como “salas de estar” da vila, à maneira do espaço comunal das aldeias ancestrais. Tipologicamente, as casas são estreitas e longas, perpendiculares à praia, aproveitando, ao máximo, o vento marinho. Um corredor longitudinal se mantém sempre aberto, enquanto os demais cômodos, dispostos ao longo deste, são ventilados por cima já que as paredes não chegam até a cobertura, com exceção da central, e os cômodos não possuem forro. Este espaço superior serve de canal de ventilação. Construtivamente, as casas baianas são marcadas por cunhais roliços, fincados no chão, com esteios intermediários marcando portas e janelas, e paredes constituídas de uma trama ortogonal de galhos mais finos, suportando vedação em taipa de mão. O telhado de duas águas, cuja cumeeira é sustentada por uma parede central, tinha cobertura de folhas de palmeira, a qual foi substituída por telha canal e, mais recentemente, por telhas de fibrocimento. As casas são construídas coletivamente, em regime de adjutório (mutirão). Para Weimer, as construções estão perfeitamente adaptadas às condições climáticas e, por meio de adaptações paulatinas e localizadas às novas técnicas e condições, logram manter o fundamental, que é a vida comunitária aldeã. 
Data do Preeenchimento: 
sexta-feira, 7 Junho, 2013 - 12:45
Pesquisador Responsável: 

Daniel Juracy Mellado Paz

Data da revisão: 
segunda-feira, 23 Junho, 2014 - 12:00
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna

Autor(es): 

Geraldo Bezerra Araújo

Onde encontrar: 
Biblioteca da Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia – UFBA
Referência bibliográfica: 
ARAÚJO, Geraldo Bezerra. Recomendações para Melhoria Tecnológica da Vedação Vertical em Técnica Mista em Habitação de Interesse Social: Um Estudo de Caso no Bairro de Alegre em São Sebastião do Passé. Dissertação de Mestrado – Mestrado em Engenharia Ambiental Urbana, Universidade Federal da Bahia. Escola Politécnica, 2007. 
Eixos de análise abordados: 
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Construção autogerida em meio urbano: espaços e técnicas
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Geraldo Bezerra Araújo possui Graduação em Arquitetura e Urbanismo Universidade Federal da Bahia (1974), e Mestrado em Engenharia Ambiental Urbana pela Universidade Federal da Bahia (2007), atuando principalmente nos seguintes temas: técnica mista, bambu, taipa e habitação popular. Possui especialização em Geoprocessamento pela Universidade Federal da Bahia (1997). 
Informações obtidas em: http://lattes.cnpq.br/3058015630008669
Sumário obra: 
1. Introdução 
2. Técnica Mista 
2.1 Algumas Formas de Construir a Técnica Mista 
2.2 A Estrutura e o Entramado na Técnica Mista 
2.3 O Solo para o Uso na Técnica Mista 
2.4 Recomendações para Execução da Técnica Mista 
3. Técnica Mista Estruturada com Bambu 
3.1 O Bambu como Material de Construção 
3.2 Bambu: Classificação, Distribuição Geogrcies 
3.3 Tipos de Bambu Mais Usados na Construção 
3.4 Tratamento do Bambu 
4. Metodologia 
4.1 Delimitação da pesquisa 
4.2 Identificação das Variáveis 
4.3 Estágios da Pesquisa 
4.4 Estudo de Caso áfica, Espé
Resumo : 
A dissertação busca resgatar as construções em terra crua, em especial as que utilizam técnica mista de madeira e argamassa de barro, como o pau a pique – também denominado de taipa de mão ou taipa de sopapo –, desenvolvendo pesquisa sobre o uso dessa técnica em países como Japão, Equador, Paraguai, Portugal e Brasil, mostrando exemplos de construções centenárias e demonstrando o desempenho, a segurança, a durabilidade e o potencial de criação de ambientes saudáveis que a técnica proporciona. São também estudados e analisados os principais elementos que compõem a vedação vertical nesta técnica – como a estrutura, o entramado e o solo –, bem como apresentadas as recomendações de diversos pesquisadores sobre a melhor forma de executar e proteger as construções que a utilizam. O caso estudado é bairro de Alegre, em São Sebastião do Passé, Bahia, onde foram pesquisadas 24 habitações. Os dados levantados na pesquisa propiciaram a análise e o diagnóstico que embasam as recomendações para a melhoria tecnológica desse tipo de vedação vertical com vistas ao seu uso em habitações de interesse social. Foram avaliados ainda, os principais materiais usados, o tempo de construção das habitações e as patologias surgidas nestas construções. O autor descreve ainda como as construções de Alegre foram executadas, sendo em seguida discutidos e avaliados os elementos contidos nessa investigação. O autor não aborda a técnica mista como uma técnica do passado. Aborda-a como técnica construtiva em vigência e utilizada pelos próprios moradores para construir suas casas. Pontua também os erros mais recorrentes cometidos nessas construções e a ausência de procedimentos importantes que prejudicam a vida útil desse tipo de habitação. Por fim, faz recomendações para o aperfeiçoamento desta técnica tradicional como a plicação de pintura a base de cal e o uso da telha cerâmica fabricada artesanalmente. 
Data do Preeenchimento: 
sábado, 20 Julho, 2013 - 12:00
Pesquisador Responsável: 

Estudante bolsista: Adaléia Freire

Data da revisão: 
quinta-feira, 15 Agosto, 2013 - 12:00
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna

Autor(es): 

Juliana Prestes Ribeiro de Faria

Onde encontrar: 

Arquivo disponível em formato PDF

Referência bibliográfica: 
FARIA, Juliana Prestes Ribeiro de e REZENDE, Marco Antônio Penido de. “Um olhar retrospectivo: o discurso dos viajantes sobre a arquitetura de terra em Minas Gerais”. In: Terra Brasil: Congresso de Arquitetura e Construção com Terra Crua, n. 3, 2010. Campo Grande, Campo Grande, 2010, 19 p. 
Eixos de análise abordados: 
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Juliana Prestes Ribeiro de Faria possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade Estadual de Londrina (2005) e mestrado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Minas Gerais (2011), realizado sob orientação de Marco Antônio Penido Rezende. É Analista de Gestão, Proteção e Restauro junto ao Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA/MG). Em 2007, recebeu o prêmio de Jovem Empreendedora do Banco do Brasil. 
Informação obtida na obra em exame. 
 
Marco Antônio Penido de Rezende possui graduação em Arquitetura e Urbanismo (UFMG, 1987), é Mestre em Arquitetura e Urbanismo (UFMG, 1998) e Doutor em Construção Civil (Politécnica/USP, 2003). Realizou Pós-Doutorado no Programa Preservação Histórica da Universidade de Oregon, EUA (2010). Tem realizado pesquisas, atividades de ensino, extensão e publicações nas áreas de: técnicas retrospectivas, história das técnicas construtivas, técnicas construtivas antigas e vernaculares, arquitetura de terra, sustentabilidade, conservação e patologia das construções, restauração e revitalização arquitetônica e urbana, inovação tecnológica na produção de arquitetura, interfaces tecnologia x arquitetura, história das técnicas. É Professor Associado Escola de Arquitetura da UFMG e um dos criadores do Mestrado em Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável e do Curso de Especialização em Sistemas Tecnológicos e Sustentablidade aplicados ao Ambiente Construído desta universidade. 
 
O artigo em exame foi apresentado em Terra Brasil: III Congresso de Arquitetura e Construção com Terra Crua, realizado em 2010, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, mas não há informação se foi publicado em anais. 
Informações obtidas em: http://lattes.cnpq.br/8413549938151614
Resumo : 
A partir de relatos de seis viajantes estrangeiros que percorreram o estado de Minas Gerais durante o século XIX, os autores analisam as diferentes percepções que cada viajante teve diante da arquitetura mineira e das técnicas construtivas que utilizam terra crua como o pau a pique e o adobe. Os autores consideram esses relatos indispensáveis para a reconstrução da história dessa técnica. Naquele período, a Europa tinha um ponto de vista etnocêntrico com relação às demais culturas, tanto nas questões atinentes ao meio físico como nas econômicas, religiosas e sociais. Esse olhar pôde ser compreendido através dos viajantes pesquisados, cujos depoimentos são carregados de comparações com o universo europeu. Os relatos revelam que os estrangeiros possuíam valores distorcidos a respeito da volumetria, da forma e, principalmente, da estética e da técnica construtiva das edificações mineiras. As construções em terra crua aparente, por exemplo, eram desvalorizadas. Da mesma forma, os elementos utilizados para proteção das edificações nos períodos chuvosos, também eram descritos de maneira preconceituosa, avaliando-se negativamente sua resistência diante das condições climáticas. Nessa fase, a Europa já fazia uso do tijolo cozido e do ferro, que eram materiais novos e considerados superiores aos naturais. Por fim, os autores observam que os relatos permitiram ter uma visão dos conceitos negativos que os estrangeiros tinham em relação à arquitetura de terra em Minas Gerais, baseados não na qualidade dos materiais e na execução da técnica, mas na visão que o europeu tinha de progresso naquele momento. 
Data do Preeenchimento: 
quarta-feira, 13 Março, 2013 - 12:15
Pesquisador Responsável: 

Estudante voluntária: Samantha Rocha

Data da revisão: 
segunda-feira, 18 Março, 2013 - 12:15
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna

Observação: 
Referência bibliográfica recomendada: 
FARIA, Juliana Prestes Ribeiro de. Influência africana na arquitetura de terra de Minas Gerais. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em Ambiente Construído e Patrimônio Sustentável da Escola de Arquitetura e Urbanismo da UFMG. Belo Horizonte, 2011. 
ISBN ou ISSN: 

052156422 0

Autor(es): 

Leonardo Bittencourt

Onde encontrar: 

Biblioteca da Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Referência bibliográfica: 

BITTENCOURT, Leonardo. “Santa Rita Island (Brazil)”. In: OLIVER, Paul (edit). Encyclopedia of Vernacular Architecture of the World. Cambridge - UK: Cambridge University Press, 1997, p. 1.633-1.634.

Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Leonardo Salazar Bittencourt possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Pernambuco (1977) e doutorado em Environment and Energy Studies - Architectural Association Graduate School (1993). Atualmente é professor da Universidade Federal de Alagoas, atuando nos cursos de mestrado e doutorado em Arquitetura e Urbanismo. Tem experiência em consultoria, projetos e pesquisas na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em sustentabilidade Ambiental, atuando principalmente nos seguintes temas: conforto ambiental, sustentabilidade do espaço construído, arquitetura bioclimática, eficiência energética em edificações e projeto de arquitetura. 
Informações obtidas em: http://lattes.cnpq.br/8764685045584103
Resumo : 
A Ilha de Santa Rita [Marechal Deodoro, Alagoas] fica na costa nordeste do Brasil e, segundo o autor, é habitada por descendentes de índios, negros e portugueses. As principais atividades do lugar são a pesca, a agricultura e o comércio de produtos agrícolas. Mais recentemente, surgiu também o turismo. O assentamento na ilha é formado de casas ao longo dos caminhos próximos aos cursos d’água, sem qualquer planejamento, formando ruas sinuosas. As casas são construídas entre as árvores, sem qualquer geometria pré-concebida. Há muitos espaços externos comunais para trabalho e lazer que funcionam como extensões das casas. O tamanho das casas varia conforme o tamanho das famílias e a sala de estar está sempre voltada para a rua, não importa a direção do sol. Há também dormitórios sem janelas, o que o autor atribui à tradição portuguesa das alcovas. Segundo ele, os habitantes dizem que é por razão de segurança ou para manter as moças jovens virgens. A cozinha fica no fundo e serve também de sala de jantar. As instalações sanitárias ficam do lado de fora, a cerca de 10 m da casa. A estrutura é de madeira com esteios fincados diretamente no solo e as paredes são de taipa de sopapo, eventualmente revestidas com argamassa e caiadas, especialmente nas fachadas principais. As divisões internas são em meias paredes, o que proporciona o cruzamento de ventilação e iluminação, a qual também é obtida pela abertura deixada na empena no telhado. O piso é de chão batido ou cimentado e as janelas são de folhas cegas de madeira. A construção dessas casas pode envolver também os vizinhos. As coberturas são em duas ou quatro águas (tacaniça) e compõem-se de estrutura de madeira coberta com camadas de palha de coqueiro seca. Este tipo de telhado dura cinco anos, mas a reposição é fácil devido à abundância de coqueiros. O verbete é ilustrado com fotografia de uma casa da ilha.
Data do Preeenchimento: 
domingo, 24 Novembro, 2013 - 12:15
Pesquisador Responsável: 

Marcia Sant’Anna

Data da revisão: 
segunda-feira, 1 Julho, 2013 - 12:15
Responsável pela Revisão: 

Daniel Juracy Mellado Paz

Observação: 
Bibliografia citada recomendada: BITTENCOURT, Leonardo, LINS R. D. E RAMALHO, G. Ilha de Santa Rita. Maceió: EDUFAL, 1985.
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