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Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Igatu / Chapada Diamantina-Ba, 2016.
Espigueiros. Portugal, 2017.
Espigueiros. Portugal, 2017.

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taipa

ISBN ou ISSN: 

Não há essa informação.

Autor(es): 

Silvio Vilela Colin

Onde encontrar: 
Referência bibliográfica: 

COLIN , Silvio Vilela. Técnicas Construtivas do Período Colonial.

Disponível em: http://imphic.ning.com/group/historiacolonial/forum/attachment/download?id=2394393%3AUploadedFile%3A16519 (acesso: 03/08/2015 às 15:33)

Eixos de análise abordados: 
Conceitos e métodos
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Dados sobre o autor(es) e obra: 

Silvio Vilela Colin possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo UFRJ (1970), mestrado em Teoria e História - Programa de Pós-graduação em Arquitetura (1999), e doutorado também em Teoria e História no mesmo programa da FAU-UFRJ (2010). Atualmente é professor assistente da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em História da Arquitetura e Urbanismo, atuando principalmente nos seguintes temas: projeto de arquitetura, arquitetura, instalação comercial, execução de obra e título.

Informações obtidas em: http://lattes.cnpq.br/4794351849658618 (acesso: 03/08/2015 às 15:40)

Sumário obra: 

Técnicas construtivas do período colonial

      Vedações e divisórias

            Alvenaria

                   Adobe

                   Tijolos Cerâmicos

                   Pedra

                   Cantaria

                   Taipa de Pilão

                   Pau-a-Pique

                   Enxaimel

                   Tabique

      Coberturas e Forros

            Telhas

            Estruturas de telhado

                   Beirais e beiras

                   Varandas e alpendres

                   Forros

      Esquadrias

      Outros Elementos

                   Muxarabis e balcões

                   Ferragens

      Piso

      Pisos e Pavimentos

                   Pisos e Pavimentos Internos

                   Pavimentos Externos

                   Pintura

                   Alicerces

Tipos e padrões da arquitetura civil colonial

       Volumetria construtiva

       A casa do sertanejo

       A fazenda de engenho

       A casa grande

                   O sítio bandeirista

       A casa urbana

                   A casa térrea

                   O sobrado

Resumo : 

O texto trata de algumas formas de construção vigentes no período colonial. Para tanto, divide a abordagem em duas partes: uma primeira de conteúdo técnico-construtivo e uma segunda, de análise morfológica. Na primeira parte detalha as técnicas construtivas do período colonial, que agrupa como: vedações e divisórias; coberturas e forros; esquadrias; outros elementos; pisos e pavimentos. Aborda esses temas separadamente, descrevendo as variações construtivas, a técnica empregada, as características, os materiais envolvidos e o dimensionamento das peças. Colin traça também um panorama da absorção social desses tipos construtivos e da dimensão temporal dos seus usos ao longo do período colonial, assim como os fatores antropológicos vinculados à sua utilização, fazendo uma espécie de catálogo da época, englobando sua relação com as várias camadas da sociedade. Para elucidação das tipologias construtivas retratadas, o autor lança mão de muitas ilustrações e de exemplos construídos. O texto é repleto de informação nesse sentido, trazendo plantas arquitetônicas esquemáticas, ilustrações de detalhes construtivos, fotografias e figuras, contemplando quase a totalidade dos itens abordados em cada eixo temático. Vale ressaltar que, nos demais itens expostos, ao retratar as estruturas em madeira, o autor cita quais eram os tipos de madeira mais utilizados para tais finalidades, chegando também, em alguns casos, a mencionar como se dava o feitio das peças. Na segunda parte do texto, é introduzida a informação de que os fatores mais importantes na determinação das formas arquitetônicas civis do período colonial são de ordem econômica e técnica, o que irá guiar a compreensão das informações subsequentes, que são relativas à volumetria e às tipologias arquitetônicas. Quanto a isso o autor informa que: a “meia-água” era geralmente utilizada em construções de menor importância, como o rancho e a cozinha; o telhado de duas águas era muito utilizado em construções urbanas, sobretudo em casas geminadas; o de quatro águas era a cobertura mais comum nos pavilhões, o tipo construtivo mais utilizado para construções de maior porte, como casas-grandes, equipamentos públicos menores e mansões; o claustro era a forma preferida para construções que aspiravam maior monumentalidade; e o pavilhão, composto em forma de “L”, era uma solução intermediária entre o pavilhão e o claustro. Segundo o autor, os padrões arquitetônicos civis mais definitivos desse período só começam a surgir a partir de aproximadamente 1630, que, segundo ele, seriam: a casa do sertanejo; a fazenda de engenho (composta pela senzala, usina e a casa grande); o sítio bandeirista e a casa urbana (que variava entre a casa térrea e o sobrado). Ao analisar essas tipologias faz uso de ilustrações e de exemplos, e aborda aspectos como: volumetria, distribuição no lote, configuração da planta, materiais, técnicas e eventuais exceções. Segundo o autor, a casa do sertanejo era a construção mais simples do período colonial. Toda de palha ou feita de pau-a-pique, essas casas possuíam apenas um compartimento interno, não apresentando banheiro ou latrina, porém sempre dotadas de alpendre ou varanda frontal. Também retrata que a varanda alpendrada, ou puxada, era solução comum em todos os partidos, desde a casa mais simples do sertanejo até as mais sofisticadas. Ainda no que se refere à casa do sertanejo, o rancho era sempre equipamento obrigatório, consistindo em um pequeno abrigo para servir de pouso ao viajante ou tropeiro, e que se localizava de modo a garantir a privacidade da casa. Diferentemente dos outros tipos construtivos presentes na fazenda de engenho (a senzala e a usina), a casa grande podia variar muito quanto à forma, mas sempre apresentando varanda, grande e larga, que ocupava, na maioria das vezes, toda a frente ou então contornava toda a edificação. Essas casas eram realizadas com a técnica construtiva disponível, podendo ser de alvenaria de pedra ou taipa de pilão, e com telhados de madeira e telhas de barro. O sítio bandeirista, segundo o autor, tem um desenho clássico dos mais rigorosos e é um caso especial na arquitetura colonial do segundo século. Ao falar dessa tipologia, se baseia nos estudos de Luís Saia e nos comentários de Michel Foucault acerca desse estudo. Colin faz referência aos doze exemplares estudados por Saia em São Paulo e municípios vizinhos, que guardam entre si características muito próprias e semelhantes e que autorizam a se falar de um tipo arquitetônico. Desses exemplares, elege três como sendo os melhores, constituindo parâmetros de abordagem. São eles: o Sítio do Pai Inácio, o Sítio do Mandu e o Sítio Querubim. Eles apresentam, salvo variações, varanda na parte frontal, capela, a sala ocupando lugar central na planta da casa e os quartos na lateral. Dentre esses quartos um corresponde ao de hóspedes, que difere dos restantes por abrir para exterior da residência. São onstruções sempre de taipa de pilão e telhados de barro, sendo que o espaço abaixo do telhado era aproveitado como depósito ou mesmo como abrigo de serviçais. Quanto à casa urbana térrea, elas eram alinhadas pela divisão frontal e geminadas nos dois lados. Segundo o autor, isso em parte se deve à precariedade das técnicas construtivas, pois feitas de taipa de pilão ou pau-a-pique eram vulneráveis à chuva. Essas casas variavam em área, sendo a mais simples, chamada de “casa de porta e janela”, composta apenas de sala, quarto, varanda e cozinha, sempre seguindo essa sequencia de disposição dos cômodos e com a sala voltada para a rua. O sobrado designava a construção urbana com mais de um pavimento, sem passar de um total de três, e que não pressupunha a existência de pisos intermediários. Para elucidar essa tipologia faz uso de dois exemplares: a casa nº 28 da Rua do Amparo e a casa nº 7 do Pátio de São Pedro, ambos em Olinda. Essas duas casas apresentam, de um modo geral, espaço destinado ao comércio no pavimento inferior e, no superior, destinado à moradia. A planta do pavimento superior se assemelha às das demais moradias urbanas, sendo composta de sala de estar, quartos, sala de jantar e cozinha, nessa ordem. Por fim, Colin informa que havia exceções na tipologia dos sobrados, no caso das moradias nobres. Nelas, os lotes apresentavam uma testada frontal maior e a planta organizada em torno do pátio interno. 

Data do Preeenchimento: 
segunda-feira, 15 Junho, 2015 - 17:30
Pesquisador Responsável: 

Estudante bolsista: Camila Contreras Novaes

Data da revisão: 
quarta-feira, 12 Agosto, 2015 - 17:30
Responsável pela Revisão: 

Márcia Sant’Anna

ISBN ou ISSN: 

13: 978-0-7506-6657-2 ou 10: 0-7506-6657-9

Autor(es): 

Paul Hereford Oliver

Onde encontrar: 

Disponível em pdf na Internet, em inglês.

Referência bibliográfica: 

OLIVER, Paul. Earth as a building material today”. In: OLIVER, P. Built to meet needs: cultural issues in vernacular architecture. Oxford: Architectural Press, 2006, pp. 129-142.

Eixos de análise abordados: 
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Dados sobre o autor(es) e obra: 

Paul Hereford Oliver nasceu em Nottingham, Inglaterra, em 1927. É historiador da arquitetura e escreve também sobre blues e outras formas de música afro-americana. Foi pesquisador do Oxford Institute for Sustainable Development da Oxford Brooks University, de 1978 a 1988, e Associated Head of the School of Architecture. É conhecido internacionalmente pelos seus estudos sobre arquitetura vernacular, em especial, como editor da Encyclopedia of Vernacular Architecture of the World (1997) e pelo World Atlas of Vernacular Architecture (2005). A enciclopédia reúne pesquisas e estudos sobre arquitetura vernacular em todas as regiões do mundo, sendo a principal referência sobre o tema com esta abrangência até o momento. O texto em exame é datado de 1982 e está publicado na coletânea em referência na parte que trata da transmissão das técnicas construtivas tradicionais. 

Resumo : 
Neste texto Oliver defende a importância da construção em terra para os países pobres e ressalta a apropriação estética e ornamental que vem sendo feita dessa arquitetura em contraste com as avaliações de sua fragilidade em face de desastres naturais, especialmente terremotos. Observa que embora a arquitetura de terra seja ainda o principal método construtivo no mundo todo, apesar da presença das técnicas ocidentais de construção, entende que seu abandono e as políticas que a destroem decorrem do baixo status que lhe é conferido e também da exposição de suas fragilidades em contextos de desastres naturais. Seus méritos, contudo, seriam muitos: não tem custo e sua matéria-prima se encontra, em teoria, no sítio da construção; não requer técnicas sofisticadas e equipamentos especiais e emprega mão de obra de modo intenso com treinamento relativamente modesto. Assim, é acessível aos pobres, seu suprimento é vasto e produz um material reciclável. A terra trabalha bem à compressão, mas tem pouca possibilidade de vencer vãos e constituir coberturas. Mas em sociedades que dominam essa técnica, soluções foram encontradas para a construção de domos com adobe, como nos bazares do Irã. Oliver menciona também as técnicas para conferir mais reforço, resistência e flexibilidade, como as que combinam armações de madeira ou de caniço com o barro e as que lhe adicionam esterco, assim como os elementos que conferem durabilidade a essa arquitetura em zonas tropicais como os grandes beirais. O adobe seria o método de construção mais comum, tendo suas raízes na cultura árabe. A terra socada, misturada com pedregulhos e compactada com o uso de uma fôrma de madeira também é citada como outro método muito utilizado e que aparece em países tão distantes como França, Marrocos, Índia, China e Inglaterra, neste último, numa variedade denominada “cob walling”. As propriedades térmicas das construções em terra são ressaltadas, assim como sua adequação aos climas quentes. Sua diversidade de tipos e métodos faz com que sejam as construções mais comuns no mundo todo, estimando-se a existência de milhões. Embora sejam construções arriscadas em áreas sujeitas a terremotos e inundações, Oliver considera possível desenvolver formas de tornar a construção em terra mais segura. Para ele, o principal entrave ao uso mais extensivo dessas construções estaria na mente burocrática dos governantes e na associação dessas técnicas com o subdesenvolvimento. Muitas vezes prefere-se a importação de cimento, aço e outros materiais “modernos”, por questões de imagem e daí a importância de mudar a imagem negativa da casa de terra como forma de assegurar sua continuidade no futuro. Oliver fornece vários exemplos de uso contemporâneo da arquitetura de terra, ressaltando as experiências com adobe realizadas nos EUA e a obra de Hassan Fathy, arquiteto egípcio, que nos anos de 1940 e 50 foi responsável pelo projeto de Nova Gourna – estrutura desenhada para abrigar 900 famílias que usou a construção em terra, promoveu o treinamento de artesãos e o desenvolvimento de habilidades locais. 

 

Data do Preeenchimento: 
quinta-feira, 9 Agosto, 2012 - 16:30
Pesquisador Responsável: 

Marcia Sant’Anna

Data da revisão: 
terça-feira, 1 Julho, 2014 - 16:00
Responsável pela Revisão: 

Daniel Juracy Mellado Paz

ISBN ou ISSN: 

978-989-8268-16-7

Autor(es): 

Orlando Ribeiro

Onde encontrar: 

Acervo Prof. Daniel J. Mellado Paz

Referência bibliográfica: 
RIBEIRO, Orlando. A Civilização do Barro no Sul de Portugal (Aspectos e Sugestões). In: RIBEIRO, Orlando. Geografia e Civilização – temas portugueses. 1ed. Lisboa: Livraria Letra Livre, 2013, p.47-78. 
Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Importante geógrafo português, Orlando da Cunha Ribeiro (1911-1997) foi um dos responsáveis pela renovação da Geografia no país, e tem como obras principais Arrábida, esboço geográfico e Portugal, o Mediterrâneo e o Atlântico. Não há informação precisa sobre a data da primeira edição da obra em que se encontra o estudo em exame. Esta é uma edição fac-similar da sua 1ª edição publicada em 1961, em Lisboa, pelo Centro de Estudos Geográficos da Universidade de Lisboa/ Instituto de Alta Cultura. 
Resumo : 
Portugal, sem velhas civilizações para dar-lhe elementos essenciais, é, em larga medida, condicionado pela sua extensão no sentido dos meridianos. A precipitação maior ao norte do Tejo, no sopé da Cordilheira Central, proporciona aspectos que avivam o contraste com o sul: bosques de folha caduca e matagais de folha perene; prados e pastagens de charnecas ou de restolhos; a área de gado grosso e de gado miúdo; o boi como único animal e o muar e o burro como concorrentes. Ao norte, população densa e isolada pelo relevo, com arcaísmos pré-históricos. Ao sul, a difusão de elementos civilizatórios oriundos da bacia do Mediterrâneo. No primeiro, surgimento de rocha sã e destruição dos depósitos de argila; no outro, clima seco e aplanações que conservam a argila. Nesta última região, aparece uma “civilização do Barro”, presente no Alentejo, com prolongamentos no Ribatejo e sul da Beira e na região da Ria de Aveiro, nos arredores de Leiria. No Alentejo, a taipa é usual nas paredes das casas e nos muros que resguardam os “ferragiais” e as hortas, sendo constituída de mistura de barro e pedriça, batida a malho dentro do taipal – caixa de madeira sem fundo que corre lateralmente e sobe à medida que endurece a parede. As paredes são rebocadas e caiadas, dificultando o reconhecimento do material, denunciado apenas pela ausência de molduras nas portas e janelas. A taipa foi ainda empregada na expansão portuguesa na África e América, com provável predomínio de gente do Sul. No Brasil foi suplantada pelo " pau-a-pique” ou “taipa de sopapo”, trazida pelos escravos, técnica menos duradoura porém mais rápida e simples. Também se emprega o “adobe”, barro amassado junto com areia ou palha cortada, moldado em tijolo e seco ao sol, sobreposto em fiadas com juntas desencontradas. Ambas as técnicas precisam ser conservadas da umidade: no campo, os muros são cobertos de pedra, palha ou telhas; nas casas, rebocados e caiados, protegidos pelo beiral do telhado. Há uma correspondência com a disponibilidade do material, oriundo de película de alteração superficial dos xistos argilosos, de bancadas discordantes sobre maciço antigo ou de camadas das bacias sedimentares do Tejo ou do Sado. Quase sempre, se encontra perto a pedriça miúda - fragmentos de xisto, de quartzito ou de quartzo de filão. Seu emprego é diverso: em arcos, abobadilhas e abóbadas de berço ou de aresta, coberta por um telhado sobre desvão ou por terraço ladrilhado, e em frisos de cimalhas, ameias, chaminés, pombais, arcos rendilhados, fornos. O barro comparece também na cerâmica: a originalidade alentejana está no seu uso para vasilhame de líquidos – “talhas” ou “potes” -, enquanto no resto de Portugal se usam pipas e tonéis de madeira. Além disso, nas salgadeiras de barro para carne de porco e nas peças para azeitonas. O centro de difusão dessa civilização estaria nos planaltos castelhanos com grande abundância de argilas e margas terciárias, e sem pedras disponíveis. Tal civilização, espraiando-se em Portugal, suplanta a civilização megalítica alentejana, das maiores necrópoles dolmênicas, desdenhando o material que a natureza oferecia. 
Data do Preeenchimento: 
sábado, 17 Agosto, 2013 - 16:30
Pesquisador Responsável: 

Daniel Juracy Mellado Paz

Data da revisão: 
sábado, 21 Junho, 2014 - 16:30
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna

ISBN ou ISSN: 

978-85-8225-022-8

Autor(es): 

Edna M. Pinto, Bianca de Abreu Negreiros, Cintia Vieira e Alain Henrique Souza

Onde encontrar: 

Anais do I Congresso Internacional de História da Construção Luso-Brasileira, disponível na internet.

Referência bibliográfica: 

PINTO, Edna M.; NEGREIROS, Bianca de Abreu ; VIEIRA, Cintia; SOUZA, Alain Henrique. Taipa em João Câmara/RN, solução para abalos sísmicos. In: 1º Congresso de História da Construção Luso-brasileira, Vitória, ES. 04 a 06 de setembro, Campus da Universidade Federal do Espírito Santo. 2013.

Eixos de análise abordados: 
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Edna M. Pinto é Doutora em Ciência e Engenharia de Materiais pela Universidade de São Paulo –USP (São Carlos) e Professor Adjunto III do Centro de Tecnologia, Departamento de Arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 
Bianca de Abreu Negreiros é Mestre em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN. 
Cintia Vieira é Estudante do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN. 
Alain Henrique Souza é estudante do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN. 
O artigo que comunica pesquisa realizada pelos autores foi apresentado no I Congresso de História da Construção Luso-brasileira, realizado em Vitória-ES, em 2013. 
Informações prestadas pelos próprios autores. 
Sumário obra: 
Resumo/Abstract 
Introdução 
O Nascimento do Projeto Taipa 
Descrição Construtiva 
Considerações Finais 
Referências Bibliográficas 
Resumo : 
Este artigo faz um registro histórico e uma descrição da técnica construtiva em taipa-de-mão empregada na década de 1980, no interior do estado do Rio Grande do Norte, visando a reconstrução de habitações parcialmente ou totalmente colapsadas pela ação de abalos sísmicos, de até 5.3 graus Richter, ocorridos na cidade de João Câmara. Na ocasião, o Ministério do Interior (MINTER) abriu uma comissão especial (Portaria nº 28/MINTER de 3/2/1987) que realizou um relatório de necessidades físicas e financeiras para a área, viabilizando um plano de reconstrução/recuperação das edificações baseado no emprego da taipa com painéis pré-fabricados. O “Projeto Taipa” proporcionou aos habitantes locais o acesso a financiamento governamental e o emprego de mão-de-obra do Batalhão de Engenharia do Exército. O estudo apresenta, por meio de levantamento bibliográfico, entrevistas e visitas in loco, uma breve descrição da tipologia empregada no projeto Taipa e as importantes contribuições que podem ser identificadas nessa experiência, dentre elas o emprego de painéis modulados na constituição do entramado de madeira das paredes e o uso de solo adequado à confecção da vedação, o que, ainda assim, não impediu o surgimento de patologias, conforme apontadas neste estudo, as quais foram fruto, principalmente, da ausência de manutenção.
Data do Preeenchimento: 
segunda-feira, 16 Setembro, 2013 - 15:30
Pesquisador Responsável: 

Edna Moura Pinto

Data da revisão: 
sábado, 12 Julho, 2014 - 15:30
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna

Autor(es): 

Ernesto Veiga de Oliveira

Onde encontrar: 

Acervo Prof. Daniel J. Mellado Paz

Referência bibliográfica: 
OLIVEIRA, Ernesto Veiga de; GALHANO, Fernando; PEREIRA, Benjamim. Construções Primitivas em Portugal. 2ed. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1988. 
Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Ernesto Veiga de Oliveira (1910-1990), etnólogo português, foi um dos fundadores do Centro de Estudos de Etnologia e um dos responsáveis pela renovação da Etnografia em Portugal, com extensa produção sobre arquitetura popular. Fernando Galhano (1904-1995) foi um dos fundadores do Museu de Etnologia de Lisboa, versátil desenhista e também autor, sozinho e em parceria, de trabalhos sobre arquitetura popular, sistemas de transporte, tecnologia têxtil, sistemas de moagem e pesca, entre outros. Benjamim Pereira (1928), integrante do Centro de Estudos de Etnologia, foi também dos fundadores do Museu de Etnologia, com trabalhos na mesma área que os demais autores da obra. A primeira edição da obra em exame é de 1969, pelo Centro de Estudos de Etnologia do Instituto de Alta Cultura de Portugal. 
Sumário obra: 
I PARTE – Construções Primitivas e Elementares 
 Cap. 1 – Abrigos 
 I – Abrigos Naturais 
 II – Abrigos Artificiais 
Cap. 2 – Construções de Planta Circular 
A – Construções de Planta Circular com Cobertura Cônica de Materiais Vegetais 
B – Construções de Planta Circular (ou Quadrada) Inteiramente em Pedra 
(Falsa Cúpula) 
 Cap. 3 – Construções de Planta Quadrangular 
A – Construções de Planta Quadrangular Inteiramente em Materiais Vegetais 
B – Construções de Planta Quadrangular com Paredes de Pedra e Cobertura 
em Materiais Vegetais 
 Cap. 4 – Barcos de Avieiros
II PARTE – Sistemas Primitivos de Construção 
 Cap. 5 – Coberturas. Elementos Acessórios da Construção. Diversos. 
1) Coberturas 
2) Elementos Acessórios da Construção 
3) Diversos 
Resumé 
Índice Geográfico 
Índice Analítico 
Índice de Desenhos Índice de Figuras 
Errata 
Resumo : 
Obra com abundância de fotos e desenhos, como plantas, cortes e detalhes. O enfoque técnico-construtivo dita a tônica da tipologia e da classificação dos exemplares. A abordagem enfatiza aspectos funcionais, das atividades humanas e condições geoclimáticas, descurando dos aspectos simbólicos. Trata do estudo das formas mais simples e elementares de construção, relacionadas a atividades de caráter arcaico, como abrigos móveis de pastoreio e casas de pescadores, condenadas a desaparecer com o advento dos materiais industriais e a facilidade nos transportes. Os autores dedicam-se primeiro aos abrigos mais elementares. Os “naturais” – como cavernas, grutas e lapas – e os “semi-naturais”, que são melhorias dos anteriores e remanescentes da cultura neolítica nas zonas calcárias do Centro e Sul de Portugal, com casos no Norte, de menores dimensões, onde o granito se decompõe. A maior diversidade aparece nos abrigos “artificiais”. Nos de pedra, registra-se aqueles em “muros e socalcos”, os “simples” e os “malhões”, de pedras secas encasteladas e sem cobertura, no Alentejo, Sintra e Serra da Estrela. Nos abrigos inteiramente de materiais vegetais, distingue-se os “fixos” dos “móveis”. Nos fixos, destacam-se as cabanas, com elemento único formando cobertura e parede, cônicas e de planta quadrangular; as barracas para cultivo do melão nos campos do Tejo e no Alentejo, feitas de tábuas, canas, palhas e ramagens; os abrigos feitos de canas, nas vinhas entre Torres Vedra e o mar, e os de pranchas de cortiça, nas regiões de sobreiros. Nos móveis, descreve-se as “esteiras” e “choços” de pastores no Leste – guarda-ventos e abrigos feitos de palha com elaborada armação de varas -; os abrigos sobre carros (mais raros, ligados ainda ao pastoreio, e distribuídos por todo o país) e casos especiais, como as cabanas de palha de milho no litoral do Porto a Leiria. Depois, o livro trata de construções mais elaboradas, classificadas de acordo com aspectos construtivos e formais. Aborda-se, inicialmente, as de planta circular com cobertura cônica em materiais vegetais, dividindo-as em “inteiriças”, nas que distinguem parede e cobertura do mesmo material e nas de parede de pedra e cobertura vegetal. Nestas surge uma diversidade maior de vestígios, levando a hipóteses sobre a altura das paredes, sobre o material da cobertura - telhas romanas, palha, giesta ou “faxina” recoberta de barro – e sobre sua origem como uma passagem para a pedra de antigas cabanas inteiramente vegetais. As cabanas circulares com cobertura cônica em materiais vegetais apresentam raros exemplares íntegros em regiões arcaizantes ou segregadas. Aquelas com cobertura e parede únicas aparecem na Beira Alta e Alentejo. As do tipo cilíndrico-cônico, com cobertura e parede distintas, surgem apenas como anexos rurais nos currais para gado miúdo (“curveiros”), no Alentejo e nos espigueiros (canastros de varas) no Minho. Das construções de planta circular com paredes cilíndricas de pedra e cobertura cônica de materiais vegetais, há exemplares no Algarve, Alentejo e Beira Alta, como o caso excepcional das barracas de planta arredondada para guarda de barcos e aprestos da apanha de sargaço em Fão e Pedrinhas. Um caso à parte são as construções de planta circular ou quadrada em pedra com fechamento em falsa cúpula, constituída por fiadas horizontais de pedra em diâmetros sucessivamente menores e fechadas por lajes chatas. Em Portugal, são de xisto – no sul, Algarve, Alentejo e Beira Baixa – ou de granito, no norte. Construções sempre de pequenas dimensões, são abrigos temporários, palheiros, pocilgas, queijeiras, moinhos e fornos. Com exemplos pré-históricos e recentes, são alvo de estudo por região em seus aspectos sociológicos e em comparação com análogos europeus. Quanto às construções em planta quadrangular, faz-se classificação similar: cobertura e paredes unitários em matéria vegetal; cobertura e paredes distintas do mesmo material; paredes em pedra e cobertura vegetal. Do primeiro caso, os exemplares são pouco freqüentes. Com cobertura e paredes distintos, são notáveis os palheiros no litoral central, com paredes de tabuado e cobertura de palha, estorno ou junco. No litoral algarvio encontram-se cabanas de junco, estorno ou palha, ligadas à atividade pesqueira, com descrição e história minuciosa dos tipos de cada área, relações socioeconômicas e hipóteses sobre a origem. Exemplares do mesmo tipo encontram-se no Alto Alentejo, Ribatejo e Estremadura, como anexos de unidades agrícolas para recolha de carros e alfaias, currais e depósitos.Das construções em planta quadrangular, com parede de pedra e cobertura vegetal, há descrição minuciosa de exemplares no distrito do Viseu, Médio Tâmega e Baixo Douro. Destaca-se as “malhadas” alentejadas e beiroas, grandes currais unitários para cabras e porcos; as “barracas de sargaço”, abrigos de barcos e utensílios, feitos a partir do depósito do sargaço colhido para adubo, do Douro ao Minho; e os “barcos de avieiros”, da pesca sazonal no Tejo, abrigos de toldos, à beira d´água, ou como extensões dos barcos.  Depois desse elenco tipológico, o livro aborda os sistemas primitivos de construção. Primeiro, as coberturas, destacando-se o emprego do material vegetal, em franco desaparecimento e substituição pela telha. Descreve-se a estrutura habitual e as formas da cumeeira, da proteção contra o vento e a abertura para fumaça. Das coberturas em pedra, além da falsa cúpula, registra-se o xisto em escamas de pedra, com pouca inclinação e sobre armações de madeira, como nos espigueiros. E o uso do granito, em placas de grandes dimensões – no Alto Minho, em especial - sem subestrutura, em fornos e espigueiros. Menciona-se ainda o uso da terra como cobertura, na ilha de Porto Santo. Em seguida, são estudados os “elementos acessórios”: esteiras vegetais, pedra (para colunas, pilares, lajes verticais e cachorros), tabiques, taipas, adobes e pastas. Os tabiques são paredes de madeira e materiais leves revestidas de argamassa, usadas em divisórias e, em alguns casos, como paredes externas. As taipas são paredes de terra grossa, amassada e calcada em moldes que depois são retirados, empregadas no Sul como paredes e muros. Os adobes são paralelepípedos de barro amassado, misturado com areia ou palha cortada, feitos em moldes de madeira e secos ao sol, mais comuns na zona litoral do centro, a partir do Aveiro, e no Sul. E a “pasta” compõe-se de grandes placas de granito cujas juntas são argamassadas. 
 
Data do Preeenchimento: 
terça-feira, 6 Maio, 2014 - 12:00
Pesquisador Responsável: 

Daniel Juracy Mellado Paz

Data da revisão: 
quinta-feira, 19 Junho, 2014 - 14:00
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna

Observação: 
Não se aplica

 

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