ZANI, Antônio Carlos. Arquitetura em madeira. Londrina: Eduel, 2013. 397p.
Eixos de análise abordados:
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Dados sobre o autor(es) e obra:
Antonio Carlos Zani possui Doutorado em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (1998), Mestrado em Tecnologia do Ambiente Construído pela Escola de Engenharia da Universidade de São Paulo (São Carlos) (1989) e Graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Farias Brito (1979). Professor Adjunto A (concursado em 2007), no curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Londrina e Professor do curso de Especialização em Projeto Arquitetônico, Composição e Tecnologia do Ambiente Construído, tem experiência profissional em Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em Projeto de Edificações. Pesquisador da arquitetura regional em madeira com quatro livros publicados e sete capítulos de livros. Recebeu 9 prêmios e/ou homenagens.
Informações extraídas de: http://lattes.cnpq.br/6202079701421498
Sumário obra:
Introdução:
Arquitetura em Madeira no Paraná
As Construções de araucária no Sul e Centro Sul do Paraná no final do século XIX e início do século XX
A Predominância da Arquitetura em Madeira do Norte do Paraná nas décadas de 1930 a 1950
Cultura Arquitetônica Norte-Paranaense
Repertório Arquitetônico
Técnica e Sistema Construtivo
A Arquitetura dos Edifícios em Madeira
Casas Urbanas de Londrina
Capelas
A marca dos imigrantes Japoneses
A marca dos imigrantes Alemães em Rolândia
Tulhas de Café
Serraria Curotto
Resumo :
A obra trata da arquitetura em madeira produzida por migrantes e imigrantes no norte do Estado do Paraná, mais especificamente, do período que vai dos anos 1930 aos anos 1970. A colonização dessa região começou em 1920, com um projeto de cidades planejadas, composto de pequenas e médias propriedades rurais distantes até 20 km dos núcleos urbanos. Os imigrantes - em sua maioria italianos, alemães e japoneses - e os migrantes paulistas, mineiros e nordestinos, aproveitando a disponibilidade de madeira na região, a quantidade de carpinteiros no local e buscando satisfazer as suas necessidades, principalmente de moradia, mas também ligadas ao lazer e à religião, acabam por construir edifícios em madeira com soluções simples e com base nos princípios construtivos que cada indivíduo trazia de sua terra natal. As primeiras edificações erigidas foram provisórias, já que um desconto no valor do lote foi oferecido para aqueles que construíssem imediatamente as suas casas. Destacam-se três importantes momentos da ocupação dos imigrantes. O primeiro se inicia em 1930 e dura até meados de 1940. Ligado à representação da região como “Terra da Promissão”, tinha seus edifícios da zona rural e urbana em madeira, geralmente a peroba rosa, apresentando um caráter provisório e volumetria simplificada com pouco rigor estético. As exceções arquitetônicas estavam nos edifícios de imigrantes alemães e japoneses que possuíam tratamento plástico. O segundo momento, que vai dos anos 1940 ao final dos anos 60, se dá quando a região é caracterizada como “Eldorado”. A fusão dos saberes de migrantes e imigrantes unifica as técnicas e sistemas construtivos, gerando construções de caráter permanente e de alta qualidade plástica e construtiva. O terceiro momento, denominado “Fim do Eldorado”, corresponde aos anos 1970 e sinaliza a decadência da produção em madeira com qualidade e rigor, devido à escassez da matéria-prima na região. Analisando outras regiões do estado, como a sul e centro sul, nota-se que a ocupação data do século XIX, e que o material predominante era a madeira de pinho. No norte novo e na região noroeste (expansões da colonização do Norte) a ocupação se dá em 1960 e 1970 com predominância dos mesmos materiais e tipologia arquitetônica usada nas construções do norte. Já no oeste e no sudoeste, a arquitetura em madeira apresenta dois momentos: o primeiro, de 1930 a 1950, caracterizado pela expansão das serrarias do centro sul para exploração das matas de pinho, e, o segundo, nas décadas de 1960 e 1970, caracterizado pela exploração das terras para a agricultura. O autor considera importante analisar os aspectos compositivos das construções em madeira, ou seja, o volume e a superfície. O volume é determinado pelo conjunto arquitetônico: planta, telhado, varanda, porão (que usualmente servia de base) e a estrutura. No que concerne à superfície, há um destaque para o sistema vertical de tábua e mata-junta fixados com pregos, usado para vedação externa e interna e também destaque para os ornamentos rendilhados nos frontões, nas empenas e esquadrias. No último capítulo do livro, o autor destaca as casas urbanas de Londrina, construídas em madeira. Essas habitações possuíam quatro zonas básicas: estar, repouso, serviços e higiene. Na zona de estar, tem-se a varanda, o local de descanso, o hall de entrada, (espaços destacados pela rica presença de ornamentos), a sala, local de recepção e o local de acesso aos demais aposentos. A zona de repouso engloba dois ou três quartos, conectados entre si ou não, que se ligam à sala ou cozinha. A zona de serviço é o conjunto cozinha/área de serviço, podendo apresentar despensa. Essas áreas originalmente tinham mobília básica de materiais rústicos e, com a evolução dos equipamentos, sofreram alterações que reorganizaram os espaços e substituíram a madeira por alvenaria. A zona de higiene aparece como uma construção simples, de uma água, localizada no fundo do quintal com chuveiro, vaso e fossa. As casas possuem um programa simples de quatro plantas básicas, que podem sofrer variações e, assim, gerar variados tipos volumétricos. A ocupação do norte do Paraná foi pensada para que as cidades maiores funcionassem como suporte para as cidades rurais. Logo, pela grande distância e infraestrutura precária, foram construídos bairros rurais que atendessem às lavouras cafeeiras. Nesses bairros, as capelas, construídas em madeira, tinham um programa simples, com nave coberta por telhado de duas águas, altar e sacristia com telhados mais baixos. Mas, além disso, podiam apresentar mezanino, usado como coro e salão de festas e estruturas esportivas. A qualidade plástica dessas construções é dada a partir do programa, do partido e da composição das fachadas, com vedação de tábuas e mata-juntas, e pelo uso das cores. O sistema construtivo das capelas possui pórticos atirantados por cabos de aço e, ainda, uma viga horizontal chamada “estronca”, que fixa as tábuas de vedação. Os imigrantes japoneses construíram casas, kaikan (sede da associação), escolas e templos budistas. Nessas construções aplicaram elementos como o telhado irimoya, o guenkan (varanda ou hall de entrada elevado), e ornamentos como onigarawa (telha de ponta) e ranma (rendilhado). As casas urbanas adaptaram-se à planta padrão, volumetria e materiais usados, porém, o espaço interno e os ornamentos eram bem característicos, com um compartimento para banhos de imersão (ofurô) e símbolos no conjunto sala de estar/guenkan. Os imigrantes alemães se instalaram na região que é hoje o município de Rolândia, construindo escolas, clubes, hotéis e casas de comércio na zona urbana, além de sedes de fazendas cafeeiras na zona rural. A produção desses imigrantes marca o auge da arquitetura em madeira na região, destacando-se pelo tamanho e qualidades plásticas e construtivas já adaptadas ao modo de vida local. As residências se caracterizavam pelo uso do telhado em quatro águas, das tesouras atirantadas, do sótão, das janelas de canto, do peitoril com aparador, do revestimento interno formando parede dupla e pelo uso do mobiliário artesanal. As fazendas alemãs foram as mais representativas do período cafeeiro. A casa era implantada no espigão, permitindo o domínio da paisagem, e a colônia no fundo do vale, próxima a córregos. As tulhas e terreirões de café ficavam entre a sede e a colônia. O programa das sedes possui setor social, com salas e varandas, setor privado, com alas para os quartos, e setor de serviços. A técnica e o sistema construtivo são os mesmos das casas urbanas, com a diferença do emprego de tesouras atirantadas para viabilizar o sótão. A casa, monumental, divide as atividades em blocos distintos, com coberturas em águas inclinadas, conectados por varandas ou circulações e fachadas em tábuas de mata-junta. O programa das tulhas de café, segundo o tamanho e produção da propriedade rural, possuía espaços para estocagem, secagem, sistema de aeração natural e artificial. “O sistema estrutural é reforçado por uma trama de peças prismáticas, travadas externamente, através de sambladuras” (p. 357), podendo ser atirantadas por agulhas metálicas e vedação de tábuas e mata-junta na vertical, ou de tábuas macho e fêmea na horizontal. Desde o fim do século XIX até os anos 1970 houve grande ocorrência de construções em madeira em todo território paranaense, revelando uma cultura arquitetônica que aos poucos desaparece devido às demolições. Esse tipo de arquitetura sempre sofreu preconceitos, pois se acreditava que construções em madeira representavam atraso por ser um material barato e acessível. Leis restringiram esse tipo de construção desde 1905, como, por exemplo, em Curitiba, onde a construção de casas de madeira foi proibida nas ruas principais e, em seguida, em toda a região central da cidade.
Estudantes: Gabriela Souza Cardoso Pinheiro, Larissa Maia e Zara Souza.
Data da revisão:
quarta-feira, 28 Dezembro, 2016 - 12:45
Responsável pela Revisão:
Denis Matos, Lais Souto Novaes, Daniel J. Mellado Paz
ISBN ou ISSN:
052156422 0
Autor(es):
Paulo Iroquez Bertussi
Onde encontrar:
Biblioteca da Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
Referência bibliográfica:
BERTUSSI, Paulo Iroquez. “Italian (Brazil s)”. In: OLIVER, Paul (edit). Encyclopedia of Vernacular Architecture of the World.Cambridge - UK: Cambridge University Press,1997, p. 1693-1694.
Eixos de análise abordados:
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Território e etnicidade
Dados sobre o autor(es) e obra:
Paulo Iroquez Bertussi é, atualmente, profissional liberal e diretor da empresa Bertussi Design Industrial Ltda.
O verbete informa que, durante o último quartel do século XIX, grande número de italianos imigrou do norte da Itália para o Brasil, Argentina e EUA. No Brasil, a maioria teria se localizado no nordeste do Rio Grande do Sul, buscando reproduzir suas tradições construtivas e modo de vida. As primeiras construções eram feitas de alvenaria, com a pedra basáltica abundante na região ou com tijolos artesanais. De início, as casas isoladas no campo eram construções imponentes e grandes para abrigar numerosos filhos. Com o tempo, contudo, o uso da madeira foi o que permitiu a criar a arquitetura que de fato expressa esse momento histórico da imigração. Seu surgimento e desenvolvimento estão ligados à cultura de vinhedos e à preparação doméstica do vinho. A abundância de araucárias foi decisiva nessa mudança. As primeiras casas eram compostas de apenas dois cômodos: cozinha com lareira e sala de jantar onde também se poderia dormir. Os dormitórios eram construídos noutra casa afastada cerca de 20 m, devido ao medo de incêndios. Com o surgimento dos fogões modernos, as cozinhas foram construídas mais próximas dos dormitórios e ligadas a esta edificação por passagem coberta. Em seguida, a cozinha tornou-se um anexo e, por fim, foi incorporada à edificação que contém os quartos de dormir. A casa rural típica tem três andares. O primeiro é parcialmente enterrado e abriga a adega, sendo feito de alvenaria de pedras ou de tijolos e com poucas janelas para manutenção da temperatura. Aí são estocados queijos, salsichas e grãos, além de ferramentas. O segundo pavimento é feito de madeira e tem um cômodo central utilizado como sala de jantar nos domingos e feriados, e outros alinhados em duas alas à esquerda e à direita da entrada principal. No sótão há mais quartos, destinados aos filhos e à estocagem de grãos e outros alimentos que necessitam de ambiente seco. A latrina é sempre construída bem afastada da casa. Os primeiros telhados eram bem inclinados e cobertos com tabuinhas de madeira, denominadas scandole no dialeto local. Depois foram usadas telhas cerâmicas e, por fim, telhas corrugadas de zinco. Portas e janelas eram totalmente em madeira e somente a partir dos anos de 1930 foram dotadas de caixilhos e vidro. A expansão da indústria madeireira foi responsável pela difusão das casas de madeira no meio rural e também urbano. Como as tintas não eram acessíveis, as casas eram sempre na cor natural da madeira. Depois a cal foi usada como tinta. Como não havia conhecimento sobre técnicas e produtos para conservação da madeira, as casas se deterioravam e acabaram sendo substituídas por casas de alvenaria. Ao lado disso, devido à falta de políticas de reflorestamento, as araucárias logo se esgotaram, tornando essas casas testemunhos do passado. O verbete finaliza mencionando o tombamento das casas de madeira de Antônio Prado, um dos últimos conjuntos remanescentes desse período. O verbete é ilustrado com foto de uma casa antiga de alvenaria de pedra.
BERTUSSI, Paulo Iroquez. “Elementos de Arquitetura da Imigração Italiana”. In: Arquitetura no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Editora Mercado Aberto, 1983.
BERTUSSI, Paulo Iroquez. “Arquitetura Aqui (1875-1950)”. In: Nós os Ítalos Gaúchos. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 1996.
POSENATO, Júlio. Arquitetura do Imigrante Italiano no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: EDUCS, 1988
ISBN ou ISSN:
8528000176
Autor(es):
Paulo Iroquez Bertussi
Onde encontrar:
Biblioteca da Faculdade de Arquitetura - UFBA
Instituto do Patrimônio Artístico Cultural da Bahia - IPAC
Referência bibliográfica:
BERTUSSI, Paulo Iroquez; WEIMER, Gunter(org.). A arquitetura no Rio Grande do Sul. 2. ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1987.
Eixos de análise abordados:
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Território e etnicidade
Dados sobre o autor(es) e obra:
Günter Weimer é arquiteto, graduado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1963), mestre em História da Cultura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1981) e doutor em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (1990). Atualmente é professor convidado do Programa de Pós-graduação em Urbanismo (PROPUR) da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em Arquitetura e Urbanismo, atuando principalmente nos seguintes temas: arquitetura popular, história da arquitetura, imigração alemã, açorianos no Brasil e Rio Grande do Sul. A obra é uma coletânea de artigos de vários estudiosos gaúchos sobre a arquitetura produzida no Rio Grande do Sul, com foco em seus aspectos étnicos e vernaculares. A primeira edição é de 1983.
Não foram encontradas informações sobre Paulo Iroquez Bertussi.
Sumário obra:
Apresentação
A habitação subterrânea: Uma adaptação ecológica (Fernando La Salvia)
O espaço urbano a arquitetura e produzidos pelos Sete Povos das Missões (Júlio Nicolau Barros de Curtis)
Arquitetura luso brasileira (Francisco Riopardense de Macedo)
A arquitetura rural da imigração alemã (Gunter Wimer)
Elementos de arquitetura da imigração italiana (Paulo Iroquez Bertussi)
Estruturas sociais gaúchas e arquitetura (Gunter Weimer)
Arquitetura moderna (Nelson Souza)
Arquitetura espontânea no Rio Grande do Sul (Geraldo Mário Rohde)
Resumo :
O primeiro texto dessa coletânea, “A habitação subterrânea: Uma adaptação ecológica”, de Fernando La Salvia, discorre sobre as habitações subterrâneas e semi-subterrâneas produzidas na pré-história no Nordeste do planalto gaúcho, na região de colonização italiana. Analisa parâmetros como meio ambiente, histórico da ocupação humana, além de descrever os materiais utilizados, as técnicas construtivas e as tipologias, ilustrando com plantas e cortes. Júlio Nicolau Barros de Curtis analisa no segundo artigo desta obra, “O espaço urbano e arquitetura produzidos pelos Sete Povos das Missões”, o assentamento missioneiro e a produção arquitetônica no fim do século XVII e no decorrer do século XVIII, caracterizada pela utilização de materiais locais e pela escolha de regiões estratégicas para sobrevivência, com foco na análise das igrejas. O terceiro capítulo “Arquitetura luso brasileira”, de Francisco Riopardense de Macedo, aborda a produção arquitetônica desde o século XVIII e analisa as fortificações, quarteis, residências, igrejas, estâncias e charqueadas, apresentando plantas e ilustrações e descrevendo as tipologias, materiais e técnicas construtivas. O artigo “A arquitetura rural da imigração alemã”, de Günter Weimer, é um resumo da sua dissertação de mestrado. O autor faz, inicialmente, um breve histórico da vinda dos imigrantes alemães para o Brasil e tece considerações acerca da organização das cidades e condições climáticas. Analisa também as tipologias das aldeias gaúchas e dos seus edifícios e discorre sobre a evolução da arquitetura rural na Alemanha e seu partido arquitetônico; sobre a organização social da picada teuto-gaúcha e das propriedades rurais – fortemente influenciadas pelo contexto sócio econômico e geográfico. O autor ainda aborda os detalhes da arquitetura da casa do imigrante e das colônias isoladas, ilustrando essa abordagem com fotografias. Paulo Iroquez Bertussi é o autor do artigo “Elementos de arquitetura da imigração italiana” no qual resume um estudo mais amplo que abrange outros elementos culturais além da arquitetura. Aborda a arquitetura desenvolvida de 1875 a 1950, analisando o traçado estabelecido para as colônias, o modo de ocupação do lote rural, os materiais e técnicas construtivas como também a organização social dos assentamentos. Apresenta fotos e mapas ilustrativos. O sexto texto, “Estruturas sociais gaúchas e arquitetura”, de Günter Weimer, questiona a relação entre a luta de classes e materialização da obra arquitetônica, analisando o período imperial e o republicano até antes da II Guerra Mundial. Nelson Souza, em “Arquitetura moderna”, objetiva apontar alguns elementos teóricos para fundamentar a análise crítica da arquitetura moderna no Rio Grande do Sul. Por fim, o oitavo artigo, “Arquitetura espontânea no Rio Grande do Sul”, de Geraldo Mário Rohde, se dedica, inicialmente, a apresentar e comparar os conceitos de arquitetura erudita, espontânea e kitsch, analisando, em seguida, a distribuição histórica e geográfica da arquitetura “espontânea” – termo que utiliza para designar a arquitetura popular – no Rio Grande do Sul, ressaltando suas tipologias e defendendo a importância dessa arquitetura como patrimônio e base para a solução do problema de moradia no mundo. Apresenta fotos ilustrativas.