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Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Igatu / Chapada Diamantina-Ba, 2016.
Espigueiros. Portugal, 2017.
Espigueiros. Portugal, 2017.

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Tupi-assurini

ISBN ou ISSN: 

0101-1766

Autor(es): 

Renato Delarole

Onde encontrar: 

Acervo Daniel J. Mellado Paz

Referência bibliográfica: 

DELAROLE, Renato. "A casa tupi-assurini: significado e construção". In: Projeto - revista brasileira de arquitetura, planejamento, desenho industrial e construção, n.57, novembro 1983. São Paulo: Projeto Editores Associados Ltda.

Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Território e etnicidade
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Renato Delarole é fotógrafo e jornalista. Foi colaborador do Centro Ecumênico de Documentação e Informação (CEDI), na documentação fotográfica dos povos indígenas. Viveu quase três anos entre os assurinis do Xingu, documentando sua vida social e cultural. Trabalha na Universidade de Campinas. 
As informações foram obtidas no próprio texto fichado. 
Resumo : 

Artigo breve, com bom número de fotos mostrando o processo construtivo da casa tupi-assurini. Tais casas têm forma abobadada, a partir de planta retangular. São, contudo, casas de grandes dimensões – algumas de 60 metros de comprimento, com 12 metros de largura e 10 metros de altura. Antes do contato com os homens brancos, cada casa abrigava famílias extensas ou grupos locais, e constituía uma aldeia, unidade quase autônoma, que se relacionava com as demais em trocas econômicas, rituais e matrimoniais. Agricultores e sedentários, os assurinis dão muita importância à arquitetura, que é mais resistente e elaborada do que a da maioria das demais tribos, e constitui atividade da qual participam todos os membros do grupo. Após o contato com o homem branco, essa situação mudou. Os assurinis concentraram-se todos em uma só aldeia, com várias casas, cada uma abrigando uma família ou grupo local. No entanto, uma delas, a maior, é a tawiwe ou aketé, símbolo da unidade social e da reorganização sócio-política. Ela possui função de espaço cerimonial e de sepultura dos mortos. Dessa construção todos os assurinis participam. Segundo o autor, existe entre os assurini uma forte correspondência entre o edifício e o corpo humano. As varas de madeira curvadas, que vão do chão à cumeeira, são chamadas de dzerokynga, termo também usado para as “costelas” humanas. Outras partes da construção recebem outras correspondências analógicas, como os esteios em pares, base da estrutura da casa, chamados de azorá, nome dado também ao outro cônjuge no casamento poligâmico. Cada uma das partes da estrutura possui regras precisas de colocação, posição e encaixe, e se faz com tipos determinados de madeira. As partes são presas por dois tipos de cipós. A cobertura é feita de folhas do broto de babaçu. As etapas da construção são ritualizadas, reforçando a tese do autor sobre a correspondência com o corpo humano. O primeiro maço de folhas a cobrir a casa é levado e posto por pajés e arrumado de modo a representar pinymbaia, a cobra. Como símbolo do ato sexual, ela gera a edificação que abrigará em suas entranhas a tribo, sendo também o seu túmulo. 

Data do Preeenchimento: 
sexta-feira, 7 Junho, 2013 - 11:45
Pesquisador Responsável: 

Daniel Juracy Mellado Paz

Data da revisão: 
segunda-feira, 16 Junho, 2014 - 11:45
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna.

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