view_slideshow

Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Igatu / Chapada Diamantina-Ba, 2016.
Espigueiros. Portugal, 2017.
Espigueiros. Portugal, 2017.

Menssagem de erro

The page style have not been saved, because your browser do not accept cookies.

Construções Primitivas em Portugal

Autor(es): 

Ernesto Veiga de Oliveira

Onde encontrar: 

Acervo Prof. Daniel J. Mellado Paz

Referência bibliográfica: 
OLIVEIRA, Ernesto Veiga de; GALHANO, Fernando; PEREIRA, Benjamim. Construções Primitivas em Portugal. 2ed. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1988. 
Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Ernesto Veiga de Oliveira (1910-1990), etnólogo português, foi um dos fundadores do Centro de Estudos de Etnologia e um dos responsáveis pela renovação da Etnografia em Portugal, com extensa produção sobre arquitetura popular. Fernando Galhano (1904-1995) foi um dos fundadores do Museu de Etnologia de Lisboa, versátil desenhista e também autor, sozinho e em parceria, de trabalhos sobre arquitetura popular, sistemas de transporte, tecnologia têxtil, sistemas de moagem e pesca, entre outros. Benjamim Pereira (1928), integrante do Centro de Estudos de Etnologia, foi também dos fundadores do Museu de Etnologia, com trabalhos na mesma área que os demais autores da obra. A primeira edição da obra em exame é de 1969, pelo Centro de Estudos de Etnologia do Instituto de Alta Cultura de Portugal. 
Sumário obra: 
I PARTE – Construções Primitivas e Elementares 
 Cap. 1 – Abrigos 
 I – Abrigos Naturais 
 II – Abrigos Artificiais 
Cap. 2 – Construções de Planta Circular 
A – Construções de Planta Circular com Cobertura Cônica de Materiais Vegetais 
B – Construções de Planta Circular (ou Quadrada) Inteiramente em Pedra 
(Falsa Cúpula) 
 Cap. 3 – Construções de Planta Quadrangular 
A – Construções de Planta Quadrangular Inteiramente em Materiais Vegetais 
B – Construções de Planta Quadrangular com Paredes de Pedra e Cobertura 
em Materiais Vegetais 
 Cap. 4 – Barcos de Avieiros
II PARTE – Sistemas Primitivos de Construção 
 Cap. 5 – Coberturas. Elementos Acessórios da Construção. Diversos. 
1) Coberturas 
2) Elementos Acessórios da Construção 
3) Diversos 
Resumé 
Índice Geográfico 
Índice Analítico 
Índice de Desenhos Índice de Figuras 
Errata 
Resumo : 
Obra com abundância de fotos e desenhos, como plantas, cortes e detalhes. O enfoque técnico-construtivo dita a tônica da tipologia e da classificação dos exemplares. A abordagem enfatiza aspectos funcionais, das atividades humanas e condições geoclimáticas, descurando dos aspectos simbólicos. Trata do estudo das formas mais simples e elementares de construção, relacionadas a atividades de caráter arcaico, como abrigos móveis de pastoreio e casas de pescadores, condenadas a desaparecer com o advento dos materiais industriais e a facilidade nos transportes. Os autores dedicam-se primeiro aos abrigos mais elementares. Os “naturais” – como cavernas, grutas e lapas – e os “semi-naturais”, que são melhorias dos anteriores e remanescentes da cultura neolítica nas zonas calcárias do Centro e Sul de Portugal, com casos no Norte, de menores dimensões, onde o granito se decompõe. A maior diversidade aparece nos abrigos “artificiais”. Nos de pedra, registra-se aqueles em “muros e socalcos”, os “simples” e os “malhões”, de pedras secas encasteladas e sem cobertura, no Alentejo, Sintra e Serra da Estrela. Nos abrigos inteiramente de materiais vegetais, distingue-se os “fixos” dos “móveis”. Nos fixos, destacam-se as cabanas, com elemento único formando cobertura e parede, cônicas e de planta quadrangular; as barracas para cultivo do melão nos campos do Tejo e no Alentejo, feitas de tábuas, canas, palhas e ramagens; os abrigos feitos de canas, nas vinhas entre Torres Vedra e o mar, e os de pranchas de cortiça, nas regiões de sobreiros. Nos móveis, descreve-se as “esteiras” e “choços” de pastores no Leste – guarda-ventos e abrigos feitos de palha com elaborada armação de varas -; os abrigos sobre carros (mais raros, ligados ainda ao pastoreio, e distribuídos por todo o país) e casos especiais, como as cabanas de palha de milho no litoral do Porto a Leiria. Depois, o livro trata de construções mais elaboradas, classificadas de acordo com aspectos construtivos e formais. Aborda-se, inicialmente, as de planta circular com cobertura cônica em materiais vegetais, dividindo-as em “inteiriças”, nas que distinguem parede e cobertura do mesmo material e nas de parede de pedra e cobertura vegetal. Nestas surge uma diversidade maior de vestígios, levando a hipóteses sobre a altura das paredes, sobre o material da cobertura - telhas romanas, palha, giesta ou “faxina” recoberta de barro – e sobre sua origem como uma passagem para a pedra de antigas cabanas inteiramente vegetais. As cabanas circulares com cobertura cônica em materiais vegetais apresentam raros exemplares íntegros em regiões arcaizantes ou segregadas. Aquelas com cobertura e parede únicas aparecem na Beira Alta e Alentejo. As do tipo cilíndrico-cônico, com cobertura e parede distintas, surgem apenas como anexos rurais nos currais para gado miúdo (“curveiros”), no Alentejo e nos espigueiros (canastros de varas) no Minho. Das construções de planta circular com paredes cilíndricas de pedra e cobertura cônica de materiais vegetais, há exemplares no Algarve, Alentejo e Beira Alta, como o caso excepcional das barracas de planta arredondada para guarda de barcos e aprestos da apanha de sargaço em Fão e Pedrinhas. Um caso à parte são as construções de planta circular ou quadrada em pedra com fechamento em falsa cúpula, constituída por fiadas horizontais de pedra em diâmetros sucessivamente menores e fechadas por lajes chatas. Em Portugal, são de xisto – no sul, Algarve, Alentejo e Beira Baixa – ou de granito, no norte. Construções sempre de pequenas dimensões, são abrigos temporários, palheiros, pocilgas, queijeiras, moinhos e fornos. Com exemplos pré-históricos e recentes, são alvo de estudo por região em seus aspectos sociológicos e em comparação com análogos europeus. Quanto às construções em planta quadrangular, faz-se classificação similar: cobertura e paredes unitários em matéria vegetal; cobertura e paredes distintas do mesmo material; paredes em pedra e cobertura vegetal. Do primeiro caso, os exemplares são pouco freqüentes. Com cobertura e paredes distintos, são notáveis os palheiros no litoral central, com paredes de tabuado e cobertura de palha, estorno ou junco. No litoral algarvio encontram-se cabanas de junco, estorno ou palha, ligadas à atividade pesqueira, com descrição e história minuciosa dos tipos de cada área, relações socioeconômicas e hipóteses sobre a origem. Exemplares do mesmo tipo encontram-se no Alto Alentejo, Ribatejo e Estremadura, como anexos de unidades agrícolas para recolha de carros e alfaias, currais e depósitos.Das construções em planta quadrangular, com parede de pedra e cobertura vegetal, há descrição minuciosa de exemplares no distrito do Viseu, Médio Tâmega e Baixo Douro. Destaca-se as “malhadas” alentejadas e beiroas, grandes currais unitários para cabras e porcos; as “barracas de sargaço”, abrigos de barcos e utensílios, feitos a partir do depósito do sargaço colhido para adubo, do Douro ao Minho; e os “barcos de avieiros”, da pesca sazonal no Tejo, abrigos de toldos, à beira d´água, ou como extensões dos barcos.  Depois desse elenco tipológico, o livro aborda os sistemas primitivos de construção. Primeiro, as coberturas, destacando-se o emprego do material vegetal, em franco desaparecimento e substituição pela telha. Descreve-se a estrutura habitual e as formas da cumeeira, da proteção contra o vento e a abertura para fumaça. Das coberturas em pedra, além da falsa cúpula, registra-se o xisto em escamas de pedra, com pouca inclinação e sobre armações de madeira, como nos espigueiros. E o uso do granito, em placas de grandes dimensões – no Alto Minho, em especial - sem subestrutura, em fornos e espigueiros. Menciona-se ainda o uso da terra como cobertura, na ilha de Porto Santo. Em seguida, são estudados os “elementos acessórios”: esteiras vegetais, pedra (para colunas, pilares, lajes verticais e cachorros), tabiques, taipas, adobes e pastas. Os tabiques são paredes de madeira e materiais leves revestidas de argamassa, usadas em divisórias e, em alguns casos, como paredes externas. As taipas são paredes de terra grossa, amassada e calcada em moldes que depois são retirados, empregadas no Sul como paredes e muros. Os adobes são paralelepípedos de barro amassado, misturado com areia ou palha cortada, feitos em moldes de madeira e secos ao sol, mais comuns na zona litoral do centro, a partir do Aveiro, e no Sul. E a “pasta” compõe-se de grandes placas de granito cujas juntas são argamassadas. 
 
Data do Preeenchimento: 
terça-feira, 6 Maio, 2014 - 12:00
Pesquisador Responsável: 

Daniel Juracy Mellado Paz

Data da revisão: 
quinta-feira, 19 Junho, 2014 - 14:00
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna

Observação: 
Não se aplica