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Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Igatu / Chapada Diamantina-Ba, 2016.
Espigueiros. Portugal, 2017.
Espigueiros. Portugal, 2017.

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Arquitetura bioclimática

ISBN ou ISSN: 

9788425212314

Autor(es): 

Jean Paul Loubes

Onde encontrar: 
Acervo da Biblioteca da Faculdade de Arquitetura da UFBA 
Referência bibliográfica: 

LOUBES, Jean-Paul. Arquitectura Subterránea: aproximación a un habitat natural. Barcelona: Editorial Gustavo Gili, 1985.

Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Jean-Paul Loubes (1946) é antropólogo, arquiteto e poeta. Dedicou-se especialmente ao estudo do espaço da China, que percorreu por duas décadas. É autor de diversas obras sobre este país e de filmes documentários. Ensina na Escola de Arquitetura de Bordeaux e na Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais, em Paris. 
 
Sumário obra: 

1. La Ficción en la Arquitectura Subterránea: de la realidad a la imagen

1.1. Cyrano de Bergerac: la imagen positiva del urbanismo subterráneo

1.2. Herbert George Wells: la imagen negative

1.3. Edouard Utudijan: una teoría urbanística que sigue la ficción de Wells

1.4. Julio Verne: urbanismo subterráneo “aceptado”

2. Orígenes de la Arquitectura Subterránea

2.1. El abrigo bajo las rocas

2.2. Las cavernas naturales

2.3. Viviendas excavadas en el terreno

3. Arquitectura Animal y Trogloditismo

3.1. Generalidades sobre la arquitectura animal

3.2. Trogloditismo animal

3.3. Los insectos

3.4. Los mamíferos 

4. Tipologia de las Formas Troglodíticas

4.1. Arquitectura de modificación de emplazamientos y configuraciones naturales

4.2. Arquitecturas sustractivas

4.3. Arquitecturas de terraplenado

4.4. Soluciones mixtas e intermédias

5. El Hábitat Troglodítica en la Península Ibérica

5.1. El hábitat troglodítica en Aragón

5.2. Tipologia de las cuevas aragonesas

5.3. Viviendas troglodíticas en Andalucia

5.4. Adaptación climática

6. Los Trogloditas de Túnez

6.1. Viviendas trogloditas elementales

6.2. Los trogloditas laterales

6.3. Viviendas excavadas lateralmente

6.4. Viviendas excavadas verticalmente

7. Urbanismo Troglodítico en Capadocia

7.1. Condiciones geológicas y climáticas

7.2. Orígenes del poblamiento troglodítico

7.3. Tipología del hábitat troglodítico en Capadocia

8. El Habitat Troglodítico en China

8.1. El clima del Shensi Norte

8.2. La ocupación del terreno

8.3. Viviendas excavadas en formas de cueva

8.4. El hábitat rural contemporánea en China

9. Urbanismo Troglodítico: tipología de las agrupaciones

9.1. Agrupaciones lineales: los pueblos-acantilado

9.2. Agrupaciones en circos

9.3. Pueblos en superfície

9.4. Pueblos y agrupaciones subterráneos

Resumo : 
O livro trata exclusivamente da arquitetura subterrânea ou, mais especificamente, da troglodítica, com ênfase no desempenho térmico como principal motivo para reinterpretar esta que é das mais antigas modalidades de habitar humano. Aborda, em capítulos iniciais, a arquitetura subterrânea no imaginário literário e seus símiles no mundo natural, em especial as obras de insetos e mamíferos, e suas similaridades técnicas, como as propriedades e recursos térmicos e higrométricos. A arqueologia mostra ocupações pré-históricas nas cavernas por meio da arte parietal. A aparição do fogo nesse morar primitivo exigiu as primeiras adaptações, com soluções para a exaustão da fumaça. Exemplos dessa arquitetura troglodítica existem em todo o mundo: África subsaariana, Ásia, Oriente Médio e Américas. O autor, a partir dessa diversidade de exemplos, estabeleceu uma tipologia formal dessa arquitetura, dividida inicialmente em: configurações naturais, arquitetura substrativa e arquitetura de terrapleno. Dentre as configurações naturais, encontram-se as cavernas naturais; abrigos sob rochas; moradias entre rochas e moradias encostadas às rochas. Dentre as arquiteturas substrativas, elenca as escavações em formações acima do solo; a escavação horizontal de paredes; a escavação vertical no terreno (estas em forma de saco, em fossa e semi-enterradas) e a escavação vertical somada à horizontal. Na arquitetura de terrapleno, identifica a construção e terrapleno; as construções semienterradas sobrepostas e o talude reconstruído após construção em vários níveis. A obra é farta em ilustrações, com análises de plantas demonstrando as funções, a mecânica térmica, as fases de construção e escavação e o nomadismo cotidiano interior à moradia. Os lugares cujas obras são estudadas situam-se na Península Ibérica, Túnis, Capadócia e China. O autor também arrisca o estabelecimento de uma tipologia dos agrupamentos, identificando povoados em despenhadeiros, em anfiteatros, escavados e os agrupamentos subterrâneos. No fim, mostra uma série de projetos contemporâneos que mantêm a estratégia subterrânea e seus benefícios. 

 

Data do Preeenchimento: 
quarta-feira, 6 Junho, 2012 - 16:15
Pesquisador Responsável: 

Daniel Juracy Mellado Paz

Data da revisão: 
sexta-feira, 27 Junho, 2014 - 12:00
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna

ISBN ou ISSN: 

13: 978-0-7506-6657-2 ou 10: 0-7506-6657-9

Autor(es): 

Paul Hereford Oliver

Onde encontrar: 

Disponível em pdf na Internet, em inglês.

Referência bibliográfica: 

LIVER, Paul. “Tout confort: Culture and comfort”. In: OLIVER, P. Built to meet needs: cultural issues in vernacular architecture. Oxford: Architectural Press, 2006, pp. 87-105.

Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Paul Hereford Oliver nasceu em Nottingham, Inglaterra, em 1927. É historiador da arquitetura e escreve também sobre blues e outras formas de música afro-americana. Foi pesquisador do Oxford Institute for Sustainable Development da Oxford Brooks University, de 1978 a 1988, e Associated Head of the School of Architecture. É conhecido internacionalmente pelos seus estudos sobre arquitetura vernacular, em especial, como editor da Encyclopedia of Vernacular Architecture of the World (1997) e pelo World Atlas of Vernacular Architecture (2005). A enciclopédia reúne pesquisas e estudos sobre arquitetura vernacular em todas as regiões do mundo, sendo a principal referência sobre o tema com esta abrangência até o momento. O texto em exame é datado de 1986 e está publicado na coletânea em referência, na parte dedicada às culturas humanas e seus contextos. 
Resumo : 
Neste artigo Oliver faz uma distinção interessante entre conforto climático, no sentido físico, e o “conforto emocional” ou “psicológico” que traços culturais presentes no espaço arquitetônico, na decoração, no vestuário ou nos objetos promovem, mesmo quando não são adequados ao clima. Esta distinção seria visível especialmente na arquitetura de povos que migraram de uma região para outra. Oliver afirma ainda que definir a arquitetura vernacular a partir de sua adequação climática ou acreditar que é totalmente condicionada pelo clima é um equívoco. Em muitas culturas, a arquitetura seria mais um resultado de tradições de longa duração e de injunções culturais, do que de uma busca estrita por conforto climático. O que não quereria dizer, contudo, que a arquitetura resultante desse processo seja inadequada ao clima, pois seria também produto das condições ambientais e climáticas. Para ilustrar essa tese, o autor fornece uma série de exemplos onde tradições e injunções culturais determinaram mais o espaço do que o clima e mostra também exemplos notáveis de adequação. Cita a arquitetura Ashanti, de Gana, como um dos exemplos de “inadequação”, no sentido de que esta arquitetura não seria, em si, adequada ao clima, embora seja adequada ao modo de viver desse povo. Lembra que os Ashanti são originários da savana e especula que seu modo de construir pode ter vindo desse ambiente, permanecendo na zona tropical e úmida como sobrevivência cultural. As construções desse povo são feitas de barro local compactado, formando grossas paredes, cobertas com palha ou com telhas metálicas corrugadas. A planta do assentamento (compound) é retangular, agrupando unidades em torno de um pátio, com entrada num canto. Não há ventilação cruzada, janelas nas paredes ou expedientes de drenagem no pátio. As células têm somente uma porta, fechada com um pano. Os interiores são fechados e sem ar durante o dia, mas ninguém se incomoda porque todas as atividades até o cair da noite, inclusive cozinhar, são feitas no pátio ou em áreas laterais cobertas, como as que abrigam as tecelãs. Nas aldeias lineares, as atividades são realizadas no espaço vazio entre as fileiras de construções. Conclui que as casas são assim porque o povo Ashanti só fica em espaços cobertos quando chove ou à noite e o conforto proporcionado pela habitação, portanto, não seria tão importante. Conclui também que é a adequação cultural mais do que a climática que responde pela longevidade de certas tradições arquitetônicas e isso explicaria porque os imigrantes preferem reproduzir sua arquitetura natal na terra adotada ao invés de criar outra adequada ao novo clima. Há mesmo casos em que a inadequação climática da arquitetura tradicional é flagrante e decorrente de atavismo cultural, como a dos Ashanti. Oliver conclui que as demandas que colocamos aos edifícios no interesse de nossos conceitos de conforto são pesadamente condicionadas pela natureza de nossa cultura. Em última análise, não seria uma questão de condições de conforto, mas de condicionamento do conforto. 
Data do Preeenchimento: 
quarta-feira, 8 Agosto, 2012 - 16:00
Pesquisador Responsável: 

Marcia Sant’Anna

Data da revisão: 
terça-feira, 1 Julho, 2014 - 12:00
Responsável pela Revisão: 

Daniel Juracy Mellado Paz

ISBN ou ISSN: 

9789686085693

Autor(es): 

Jean-Louis Izard

Onde encontrar: 
Acervo da Biblioteca da Faculdade de Arquitetura da UFBA 
Referência bibliográfica: 
IZARD, Jean-Louis & GUYOT, Alain. Arquitectura Bioclimatica2ed. Mexico, DF: Ed. Gustavo Gili, 1983. 
Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Dados sobre o autor(es) e obra: 
A obra em exame foi originalmente publicada em 1979, pela Ed. Parenthèses. A primeira edição em espanhol foi pela Editorial Gustavo Gili S.A., Barcelona, 1980. Jean-Louis Izard e Alain Guyot eram, e ainda são, pesquisadores do Laboratoire ABC (Architecture Bioclimatique et Constructions), da École Nationale Supérieure d´Architecture de Marseille. O Laboratório tem mais de 40 anos e já na época da obra fichada tinha convênios com Ministérios do governo nacional e realizava projetos locais. 
Informação obtida na própria obra e na webpage: 
Sumário obra: 
Prólogo 
Introducción 
El enfoque bioclimático en arquitectura 
1. El comfort térmico 
2. La climatología aplicada al edificio 
3. El comportamiento térmico del edificio 
El viento y la ventilación em la arquitectura (Alain Guyot) 
1. El viento y sus efectos 
2. Los indicadores del viento 
3. Efectos particulares de la vegetación 
4. Límites de utilización de la vegetación en un medio urbano 
La concepción del proyecto bioclimático 
1. Los instrumentos de ayuda a la concepción bioclimática 
2. Teniendo en cuenta los elementos 
Los elementos arquitectónicos del bioclimatismo 
1. La ventana 
2. Los invernaderos 
3. Los muros-colectores 
4. Acoplamiento masa térmica-superfície de captación 
Otros elementos del bioclimatismo 
1. Función del ocupante 
2. Otros elementos 
3. Problemas de la calefacción complementaria y de la autonomía energetica 
4. Problemas económicos y financieros 
Ilustraciones 
1. Presentación 
2. Arquitectura y clima en la Antigüedad 
3. Hábitat troglodítico 
4. Elementos de la arquitectura islámica 5. Ejemplos de arquitectura islámica 
6. Arquitectura de los índios Pueblos 
7. Casas del Queyras 
8. Urbanismo y sol 
9. Fachada y radiación solar 
10. Realizaciones bioclimáticas contemporáneas 
Conclusión 
Glosario 
Notas 
Bibliografia general 
 Libros 
 Periódicos y Revistas 
 Bibliografía temática
Resumo : 
A obra é voltada para a arquitetura bioclimática, com forte abordagem técnica. No entanto, em uma parte, se vale de exemplos e análises da arquitetura vernacular não-ocidental para demonstrar seus pontos, com fartura de fotos e imagens descritivas e analíticas. Aborda, em uma seção, as moradias troglodíticas dos povos berberes da Tunísia e, de um modo geral, da Bacia Mediterrânea. Apesar dessa forma de habitar responder a outras variáveis, como problemas de segurança, hábitos e mesmo limitações técnicas, apresenta-se com extrema eficiência térmica e adaptação ao meio, em especial os climas frios e de zonas semi-áridas. Observa-se que a massa natural de rochas não apenas protege contra ventos violentos, como garante, por sua inércia térmica, a estocagem de calor de uma estação a outra ou do verão ao inverno. Registram-se, ainda, as divisões funcionais internas de tais moradias e como estas se relacionam com seu desempenho térmico ao longo do ano. Outro exemplo é a arquitetura troglodítica dos Índios Pueblo, em Chaco Canyon e Mesa Verde, nos EUA. Apesar das suas funções mágicas, também possuem eficiente resposta ao meio, com proteção contra o vento e estocagem térmica, captando o sol matinal durante os invernos. A outra vertente arquitetônica explorada é a islâmica, na Tunísia e no Iêmen do Norte. Avalia-se que esta arquitetura possui vantagens bioclimáticas por uma série de fatores: a forma da moradia, a natureza das paredes, a organização interior, as aberturas e os sistemas de ventilação e umectação. A forma da moradia seria eficiente em termos bioclimáticos por apresentar o máximo de volume com o mínimo de superfície, como nas casas de meia-altura no tecido urbano labiríntico das casbahs que, ademais, protegem o assentamento dos ventos quentes continentais e abrem-se para os ventos frescos oceânicos. No que toca à natureza das paredes, a adequação bioclimática se daria pelo seu material, espessura e revestimento, como aquele à base de cal de propriedades reflexivas. Quanto à organização interior, o pátio central seria o espaço responsável pelo conforto, pois funciona como um poço de luz e, ao mesmo tempo, como regulador térmico por meio da vegetação existente, que produz efeitos de evapotranspiração, sombra, retenção de ar fresco e absorção do calor intenso das paredes internas. Ainda neste quesito, a “transparência interna” dos cômodos, que permite que as atividades se desloquem ao longo do dia e ao longo do ano para os lugares com performance mais adequada para a situação, seria, sobretudo, um aspecto importante a favorecer a adequação bioclimática. As aberturas, por sua vez, são também responsáveis por este bom desempenho por meio da atenção aos vários sistemas de controle e filtragem do sol e dos ventos fortes. Os sistemas de ventilação e umectação, complementares às aberturas, por fim, possuem dispositivos que permitem o fluxo horizontal e vertical de ar, e seu resfriamento do por meio da evaporação da água em jarros, tanques, fontes, vertedouros e silsabils (planos inclinados sobre a qual se verte água). O último exemplo trabalhado é o das casas de Queyras, nos Altos Alpes, constituídas por uma base de pedra e toras de madeira, que também permitem o uso distinto dos espaços nas estações e a captação de energia solar. 
Pesquisador Responsável: 

Daniel Juracy Mellado Paz

Data da revisão: 
segunda-feira, 23 Junho, 2014 - 16:00
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna

ISBN ou ISSN: 

0101-1766

Autor(es): 

Domenico Blasi, B. Merello e Giovanni Scudo

Onde encontrar: 

Acervo Professor Daniel J. Mellado Paz

Referência bibliográfica: 

BLASI, D.;MERELLO, B.; SCUDO, G. Desempenho Térmico da Arquitetura Vernacular Italiana. Tradução de Anita Regina Di Marco. In: Projeto – revista brasileira de arquitetura, planejamento, desenho industrial e construção, n.72, janeiro 1985. São Paulo: Projeto Editores Associados Ltda, p.105-106. 

Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Domenico Blasi pertence ao grupo Umanesimo della Pietra, associação de pesquisadores em história, história da arte, arquitetura, agricultura, zootecnia, botânica, zoologia, tradições populares, gestão ambiental, música, arte figurativa, turismo cultural, entre outras. O grupo nasce em 1977, com o propósito de estudar o território rural da Murgia dei Trulli, e é atualmente dirigido por Domenico Blasi, que também dirige a revista Riflessioni - Umanesimo della Pietra. 
Informações obtidas em: http://www.umanesimodellapietra.it/
 
Giovanni Scudo é arquiteto formado em 1971 pelo l'Istituto Universitario di Architettura di Venezia. Professor no Dipartimento Di Architettura E Studi Urbani do Politecnico di Milano, Itália, ensina Tecnologia da Arquitetura e Projeto Ambiental na Facoltà di Architettura e Società, sedes de Milão e Mântua. É professor visitante em Universidades em Barcelona, Lausanne e Mendrisio. De 2003 a 2010 foi presidente do Corso di Laurea triennale em Arquitetura Ambiental. De 2009 a 2012 foi vice-presidente da Facoltà di Architettura e Società del Politecnico di Milano. Nos anos 70 participou de pesquisas nacionais e internacionais de tecnologias de fontes renováveis, com foco na abordagem bioclimática no projeto de Arquitetura. Recentemente tem estudado o ambiente construído em diversas escalas, com ênfase no desenvolvimento auto-sustentável local. Publicou livros e artigos científicos no campo do projeto bioclimático, da inovação tecnológica a na climatização, da tecnologia construtiva adequada ao contexto local. De 1996 a 2001 conduziu a revista Ambiente Costruito, e de 2002 a 2012 dirigiu a revista Il Progetto Sostenibile.
 
Não foram encontradas informações sobre B. Merello.
Resumo : 

O comportamento térmico da arquitetura vernacular quase sempre se faz por análise qualitativa, em vez de quantitativa, já que faltam dados para tanto. O texto apresenta o exemplo raro de análise térmica do dammuso, habitação tradicional da Pantelleria, ilha quente e seca no sul da Sicília. O dammuso é uma estrutura massiva e retangular, com arco de pedra seca e sem argamassa, compondo um espaço único com apenas uma porta e uma abertura para ventilação. Há nichos nas grossas paredes e um pequeno local para cozinha. O dammuso agrícola é ainda mais simples, constando apenas de quatro paredes grossas e a cobertura. Enquanto no exterior a oscilação térmica é de 12 graus, no interior do dammuso é de apenas 3 graus. Análise similar fez-se nas tipologias radicionais da Puglia Central: a habitação subterrânea e o teto em arco. A habitação subterrânea, em declínio, se faz escavando no calcário, a diferentes profundidades, com entrada e chaminé que permitem a ventilação e a saída de fumaça. As habitações em arcos ou trullo são cobertas com terraço. O texto não é claro se o trullo se refere a um outro tipo edilício ou se relaciona-se com o anterior, embora haja incoerências. Os autores dizem que o trullo é uma praça ou unidade edificada redonda, coberta por teto em pedra seca, sem argamassa, de formato cônico. A moradia é comumente formada por três unidades, a maior no centro. Orientada para o sul, esta tem uma única porta e uma janela que, voltada para o norte, propicia a ventilação cruzada. Os silos para uva e cisternas para vinho e água da chuva são ubterrâneos. Os trulli são ocupados sazonalmente, de abril a outono, na atividade agrária do cultivo de videiras, oliveiras e frutas; da limpeza dos campos se extraem as pedras com que se constrói o trullo. A tipologia se desenvolve no séc. XVII para burlar leis do domínio espanhol, daí sua construção seca e fácil para desmanche. A análise térmica demonstrou que dentro do trullo a temperatura alcançara 4º menos que o exterior durante o seu máximo e que, se no exterior a oscilação térmica era de 10º, no interior fora 4º. Não há explicação no texto sobre as causas desse desempenho. 

Data do Preeenchimento: 
quinta-feira, 20 Junho, 2013 - 16:00
Pesquisador Responsável: 

Daniel Juracy Mellado Paz

Data da revisão: 
terça-feira, 10 Junho, 2014 - 16:00
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna

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