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Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Igatu / Chapada Diamantina-Ba, 2016.
Espigueiros. Portugal, 2017.
Espigueiros. Portugal, 2017.

Ambiente

ISBN ou ISSN: 

13: 978-0-7506-6657-2 ou 10: 0-7506-6657-9

Autor(es): 

Paul Hereford Oliver

Onde encontrar: 

Disponível em pdf na Internet, em inglês.

Referência bibliográfica: 
OLIVER, Paul. “Cultural traits and environmental contexts: problems of cultural specificity and cross-cultural comparability”. In: OLIVER, P. Built to Meet Needs: cultural issues in vernacular architecture. Oxford: Architectural Press, 2006, pp 55-67. 
Eixos de análise abordados: 
Conceitos e métodos
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Paul Hereford Oliver nasceu em Nottingham, Inglaterra, em 1927. É historiador da arquitetura e escreve também sobre blues e outras formas de música afro-americana. Foi pesquisador do Oxford Institute for Sustainable Development da Oxford Brooks University, de 1978 a 1988, e Associated Head of the School of Architecture. É conhecido internacionalmente pelos seus estudos sobre arquitetura vernacular, em especial, como editor da Encyclopedia of Vernacular Architecture of the World (1997) e pelo World Atlas of Vernacular Architecture (2005). A enciclopédia reúne pesquisas e estudos sobre arquitetura vernacular em todas as regiões do mundo, sendo a principal referência sobre o tema com esta abrangência até o momento. O texto em exame é datado de 1999 e está publicado na coletânea em referência, na parte dedicada às culturas humanas e seus contextos. 
Resumo : 
O artigo trata dos problemas conceituais decorrentes da adoção da Cultura como eixo condutor da análise e da organização de estudos sobre arquitetura vernacular, apresentando também o conteúdo geral da Encyclopedia of Vernacular Architecture of the World (1997) e os problemas conceituais enfrentados em sua organização. Na preparação da enciclopédia informa que foi preciso definir termos como “ambiente”, “lar”, “organização espacial” e “cultura” e criar seções e entradas específicas para eles. Após uma digressão sobre os vários autores que se debruçaram sobre o conceito de cultura a partir do século XIX, Oliver informa que, para os propósitos da enciclopédia, “cultura” foi definida como: “a totalidade dos valores, atividades e produtos, incluindo edificações, de uma sociedade que dão sentido e direção às vidas de seus membros. Cultura é aprendida e não transmitida geneticamente. Uma ‘cultura’ é uma sociedade cujos membros compartilham essa totalidade”. Os “traços ou características culturais”, por sua vez, foram definidos como os “aspectos da estrutura social e do comportamento e valores do grupo que podem ser definidos e comparados com os de outras culturas”. Já um “complexo de traços ou características” faria referência à interação de certo número de características. Na enciclopédia, os traços culturais considerados foram os relacionados ao uso e exploração do ambiente, à economia, à organização social e política, à noção de propriedade, à religião, à constituição de relações familiares, de gênero e de parentesco, dentre outros que impactariam a arquitetura e a organização do espaço. Oliver avalia que as mudanças culturais acontecem pela difusão de artefatos e de idéias, pela modificação da tradição ou pela exploração intermitente de inovações aceitas no âmbito das normas do grupo. Esses processos foram acelerados com a expansão imperialista e as tendências de globalização que emergem da revolução eletrônica e dos meios de comunicação. Informa que a enciclopédia também contém uma seção sobre o ambiente tal como condiciona ou é condicionado pela ocupação humana, além de outras sobre os recursos, a produção e os serviços relacionados à arquitetura vernacular, assim como à natureza do simbolismo das ornamentações presentes dentro e fora dos edifícios. Estudos de caso dão conta, nesta obra, das regras da organização espacial, dos rituais presentes na construção e do simbolismo das estruturas, além do existente na definição de espaços. Há ainda uma seção que explora a tipologia, o que inclui as questões de ergonomia, proporção, composição, uso e destinação das edificações, incluindo as utilitárias ou de destinação econômica, assim como o desenvolvimento tecnológico articulado à produção e transformação de grãos por meio do uso da água, do vento ou da tração animal. Por fim, a enciclopédia também considerou as estruturas temporárias ou transportáveis e levantou a questão das características que definem uma cultura e quais indicam suas fronteiras. Oliver conclui que os traços culturais seriam então importantes tanto para apontar semelhanças como diferenças, permitindo o estabelecimento de “áreas culturais”, já que as fronteiras nacionais são sabidamente pobres para a definição de culturas ou de suas áreas. O autor reconhece, contudo, que, na enciclopédia, as áreas e sub-áreas culturais acomodam culturas distintas que necessitariam mais pesquisa. 
Data do Preeenchimento: 
quarta-feira, 8 Agosto, 2012 - 15:45
Pesquisador Responsável: 

Marcia Sant’Anna

Data da revisão: 
terça-feira, 1 Julho, 2014 - 15:00
Responsável pela Revisão: 

Daniel Juracy Mellado Paz

ISBN ou ISSN: 

13: 978-0-7506-6657-2 ou 10: 0-7506-6657-9

Autor(es): 

Paul Hereford Oliver

Onde encontrar: 

Disponível em pdf na Internet, em inglês.

Referência bibliográfica: 

OLIVER, Paul. “Learning from Asante”. In: OLIVER, P. Built to meet needs: cultural issues in vernacular architecture. Oxford: Architectural Press, 2006, pp 47-54.

Eixos de análise abordados: 
Conceitos e métodos
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Paul Hereford Oliver nasceu em Nottingham, Inglaterra, em 1927. É historiador da arquitetura e escreve também sobre blues e outras formas de música afro-americana. Foi pesquisador do Oxford Institute for Sustainable Development da Oxford Brooks University, de 1978 a 1988, e Associated Head of the School of Architecture. É conhecido internacionalmente pelos seus estudos sobre arquitetura vernacular, em especial, como editor da Encyclopedia of Vernacular Architecture of the World (1997) e pelo World Atlas of Vernacular Architecture (2005). A enciclopédia reúne pesquisas e estudos sobre arquitetura vernacular em todas as regiões do mundo, sendo a principal referência sobre o tema com esta abrangência até o momento. O texto em exame é datado de 2000 e está publicado na coletânea em referência, na parte dedicada às culturas humanas e seus contextos. 
Resumo : 
Neste artigo, Oliver utiliza sua pesquisa sobre o povo Ashanti, de Gana, na África, para demonstrar o erro de percepção do estudioso que consiste em tomar o ambiente cultivado por ambiente natural e a transmissão cultural por mero comportamento. Menciona sua surpresa ao verificar que o que pensou ser uma floresta primária tropical na região onde vivem os Ashanti era produto da ação desse povo, constituindo, na realidade, suas fazendas. A floresta original havia sido queimada e a área utilizada por gerações com plantações de árvores frutíferas e outras plantas tropicais foi dando ao espaço um aspecto de mata, onde o mato rasteiro também era mantido para proteger o solo e impedir que o sol o danificasse. Assim, o que lhe pareceu um fenômeno natural era, na verdade, produto do profundo conhecimento ecológico dos Ashanti sobre seu ambiente e sobre seu solo. Recorda Amos Rapoport em seu livro House, Form and Culture (1969), no qual, pioneiramente, apontou que a compreensão de padrões de comportamento é essencial para a compreensão da forma construída e que a forma, uma vez construída, afeta também o comportamento e o modo de vida. Cita também Human Aspects of Urban Form (1977), obra em que Rapoport busca entender a forma urbana ou o ambiente construído como produtos de “aspectos” humanos. A partir dessas referências e de sua perplexidade com o ambiente construído pelos Ashanti, é que Oliver decidiu realizar um estudo comparativo entre as aldeias desse povo, focalizando o que gerava as plantas das edificações e sua organização no espaço. Neste estudo percebeu que o mesmo equívoco que cometera com relação à percepção do ambiente poderia ser cometido com relação ao “comportamento” dos Ashanti: da mesma forma que na “floresta” tudo era cultivado, plantado e tratado, nada no “comportamento” das pessoas na aldeia ou no meio urbano era gratuito ou casual. De modo análogo, nada no espaço da aldeia era casual e deixava de ter relação com a autoridade ou com o culto aos ancestrais ou espíritos. Assim, conclui que estudar o ambiente edificado ou cultivado apenas em termos de “comportamento” e “meio ambiente” seria muito vago, pois essas noções são aplicadas a aparências externas e seriam apenas “sintomas” de produtos mais fundamentais da cultura e do contexto. Observa ainda que o “ambiente” sintetiza apenas aspectos físicos do espaço que envolve um fenômeno cultural que pode ter implicações muito mais profundas em termos de tempo, expressão cultural, condições e vínculo com outros ambientes já vivenciados pela cultura estudada. Assim, propõe substituir os termos “comportamento” e “ambiente” por “cultura” e “contexto” no estudo da arquitetura vernacular.
Data do Preeenchimento: 
terça-feira, 7 Agosto, 2012 - 12:45
Pesquisador Responsável: 

Marcia Sant’Anna

Data da revisão: 
terça-feira, 1 Julho, 2014 - 12:00
Responsável pela Revisão: 

Daniel Juracy Mellado Paz

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