Biblioteca da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo – UFBA
Referência bibliográfica:
CALDAS, Gessiane Oliveira. Espaços Urbanos – Uma Produção Popular – Qualificação e Requalificação do Bairro George Américo – Feira de Santana – Salvador – BA (1987 – 1998).Dissertação de Mestrado – Mestrado em Arquitetura e Urbanismo, na área de concentração em Desenho Urbano - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Bahia (UFBA - Salvador, 1998).
Eixos de análise abordados:
Construção autogerida em meio urbano: espaços e técnicas
Sumário obra:
Apresentação
Introdução
CAPÍTULO 1 – Conhecendo os pressupostos
CAPÍTULO 2 – Conhecendo a cidade de Feira de Santana
CAPÍTULO 3 – Conhecendo o bairro de George Américo
CAPÍTULO 4 – A ocupação hoje (1998) diagnose e proposição
Considerações finais e carta do George Américo 1988
Bibliografia
Anexos
Resumo :
A dissertação trata dos aspectos políticos, sociais e organizativos da construção do habitat popular e também da participação popular nas questões ligadas à produção do espaço urbano. A autora enfatiza a produção do espaço urbano pela iniciativa popular, focalizando o movimento social organizado em Feira de Santana/BA para construção do bairro George Américo, produzido em 1987 por ação popular planejada pelo movimento dos sem teto. O capítulo 3 focaliza as questões sociais, políticas e organizacionais da produção habitacional do bairro que, apesar das carências de infraestrutura e de não ter sido construído com a perspectiva de valorização do espaço, não é considerado pelos moradores uma favela devido à sua localização e organização espacial. A divisão equitativa do espaço gerou um ordenamento linear entre as quadras, o alinhamento das ruas e a regularidade dos lotes que justificam para os moradores esta visão. Esta regularidade teria ocorrido em decorrência da ação conjunta de um escritório de engenharia com a Associação dos Sem Teto, que ao interagirem, desencadearam uma ação “planejada” de produção do espaço urbano. Para a autora, esta ação teria evitado a precariedade do bairro quanto à configuração espacial, ao contrário de outros locais ocupados por iniciativa popular cuja configuração espacial resultaria “aleatória”. Segundo a autora, este trabalho tem também a intenção de ressaltar o engajamento e a responsabilidade social do profissional técnico em situações e movimentos dessa natureza, e demonstrar o potencial de transformação da realidade que tem a interação entre saber técnico e iniciativa popular.