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Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Igatu / Chapada Diamantina-Ba, 2016.
Espigueiros. Portugal, 2017.
Espigueiros. Portugal, 2017.

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Zona rural

ISBN ou ISSN: 

Não consta

Autor(es): 

Maria da Graça Moreira

Onde encontrar: 
Referência bibliográfica: 

MOREIRA, Maria da Graça. Aldeias Desertificadas e Alterações Funcionais: Aldeias de Idanha a Nova. In: Actas do 1º Colóquio Internacional de Arquitectura Popular. Arcos de Valdevez: Casa das Artes de Arcos de Valdevez – Município de Arcos de Valdevez, 2013. 

Eixos de análise abordados: 
Território e etnicidade
Dados sobre o autor(es) e obra: 

Maria da Graça Moreira é bacharel e licenciada em Geografia pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, respectivamente, em 1978 e 1980, e Mestre e Doutor em Planejamento Regional e Urbano pela UTL – Universidade Técnica de Lisboa – em 1989 e 2002. Foi Professora Assistente na Faculdade de Arquitetura da UTL, de 1985 a 2002, e Professora Auxiliar no Departamento de Ciências Sociais e do Território, de 2002 a 2014. Atualmente, leciona no Departamento de Artes, Humanidades e Ciências Sociais na UTL, desde 2014. A autora é também pesquisadora do CIAUD – Centro de Investigação em Arquitectura, Urbanismo e Design da FA/UTL desde 2006. O texto analisado foi apresentado no colóquio que consta da referência bibliográfica.

Disponível em: <http://ciaud.fa.utl.pt/index.php/pt/membros-2/urbanismo/inves-efect?id=984>

Sumário obra: 

Não se aplica.

Resumo : 

A autora trata das alterações da organização funcional dos aglomerados urbanos do interior do país, com a desertificação demográfica e a mudança da estrutura econômica, dos anos 1960 até hoje. A partir dos anos 1950, houve o abandono das áreas rurais, processo que ainda segue, com diminuição da densidade populacional, envelhecimento da população e ruptura da organização funcional e espacial, dada as alterações tecnológicas e seus impactos, e devido a mudanças no setor público em serviços de suporte à população, como educação e segurança; no setor privado, às atividades comerciais e no setor produtivo, à decadência da agropecuária. A área estudada é a Beira Interior Sul, no Concelho de Idanha a Nova, mais especificamente, as aldeias de Salvaterra do Extremo e Toulões. A autora conclui que houve mudanças nas funções dos edifícios públicos, antes destinados à educação e, agora, voltados à saúde e segurança social para idosos. Desapareceram as funções mais importantes para os jovens, com a retirada dos serviços estatais de segurança interna e controle de fronteiras. Abandonaram-se, ainda, as instalações ligadas à pecuária. As únicas atividades comerciais estão ligadas à restauração, com a aparição de funções ligadas ao lazer da população urbana (turismo), em antigas instalações utilitárias. A arquitetura popular originária das atividades agropecuárias – como palheiros, moagens e lagares - ou foi abandonada, ou transformada em habitações, com a procura por pontos de melhor acesso a partir do exterior para novas atividades econômicas.

Data do Preeenchimento: 
segunda-feira, 11 Julho, 2016 - 16:30
Pesquisador Responsável: 

Daniel Juracy Mellado Paz

Data da revisão: 
domingo, 18 Dezembro, 2016 - 16:30
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna

ISBN ou ISSN: 

Não consta

Autor(es): 

Manuel C. Teixeira

Onde encontrar: 
Referência bibliográfica: 

TEIXEIRA, Manuel C. Popular, Tradicional, Regional, Português, Nacional. In: Actas do 1º Colóquio Internacional de Arquitectura Popular. Arcos de Valdevez: Casa das Artes de Arcos de Valdevez – Município de Arcos de Valdevez, 2013.

Eixos de análise abordados: 
Conceitos e métodos
Território e etnicidade
Dados sobre o autor(es) e obra: 

Manuel Teixeira é graduado em Arquitetura pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa (1975) e Ph.D. pela Architectural Association School of Architecture em Londres (1998). Fez Pós-Doutorado na Universidade Federal do Rio de Janeiro (1991) e Agregação em Arquitectura e Urbanismo pelo ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa (2002). É Professor Catedrático da Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa e pesquisador do CIAUD da Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa. Atua nas áreas da História Urbana, do Urbanismo e das Morfologias Urbanas Portuguesas, Habitação Popular e da Arquitetura Popular. Seus livros mais recentes são A Forma da Cidade de Origem Portuguesa de 2012 e Arquitecturas do Granito, de 2013. O texto analisado foi apresentado no colóquio que consta da referência bibliográfica.

Disponível em < http://ciaud.fa.utl.pt/index.php/pt/membros-2/urbanismo/inves-efect?id=1...

Sumário obra: 

Não se aplica.

Resumo : 

O autor aborda os primeiros autores a tratarem da arquitetura popular em Portugal. Rocha Peixoto defendia a habitação como resultado da adaptação sagaz a motivos concorrentes - os recursos geológicos, o clima, as necessidades sociais e domésticas. Leite de Vasconcelos estuda a habitação das regiões e sub-regiões do país, com plantas, fachadas, componentes da casa, detalhes da construção e materiais, mobiliário e utensílios. Amorim Girão crê que a influência primeira do meio se dá na matéria-prima, depois pelo clima, com relações mais visíveis na casa rural que é mais integrada ao ambiente. Mário Botelho de Macedo defende que a casa rural tradicional era um instrumento de trabalho do homem no campo e resultado da evolução lenta da experiência acumulada por gerações, associando-a ao verdadeiro caráter português. Orlando Ribeiro estabeleceu a distinção entre a civilização do granito e a do barro, entre o norte e sul de Portugal. Raul Lino defendia que as características da arquitetura portuguesa residiam na proporção, linha, volume e cor. Paulino Montez argumenta que a cultura define a arquitetura, idéia defendida também por Fernando Mercadal. O Inquérito à Habitação Rural, de 1943, coordenado por Lima Bastos e Afonso de Barros, foi feito para conhecer as condições econômicas e higiênicas dos agricultores e despertar os técnicos do governo para o problema da habitação rural. Nos anos 1950, houve o Inquérito à Arquitectura Regional Portuguesa, que defendeu a correlação com as condições naturais da região, o extremo utilitarismo, a rusticidade, a permanência e imunidade com relação à inquietação espiritual, porém omisso quanto às condições de vida da população e mesmo quanto às construções mais pobres no Litoral Norte, entendendo-as como sacrifício devido à extrema penúria. Entre os etnólogos e antropólogos posteriores, destacam-se Jorge Dias, Ernesto Veiga de Oliveira, Fernando Galhano e Benjamin Pereira, do Centro de Estudos de Etnologia, que definiram a habitação tradicional portuguesa como expressão dos modos de vida, das condições ambientais e dos materiais disponíveis, enfatizando a funcionalidade, a austeridade de recursos e formas, a harmonia formal e adaptação ao meio, a integração à paisagem circundante e sua caracterização, em continuidade civilizacional, sem rupturas. Fernando Távora e outros arquitetos envolvidos desenvolveram uma arquitetura contemporânea influenciada pela arquitetura popular. No início do século XIX houve mudanças sociais e econômicas, com a emigração para as cidades e outros países e o retorno daqueles bem-sucedidos e suas casas – as casas de brasileiros. A mudança mais radical ocorreu em meados do século XX, com a emigração das populações rurais e a conseqüente desertificação do campo e degradação de sua arquitetura, junto com a disseminação da cultura urbana e a substituição de antigos valores culturais por novas referências, a substituição dos materiais tradicionais por industrializados, por novas formas e proporções, por novos tipos arquitetônicos e novos revestimentos. Outra mudança foi a instalação de indústrias, comércios e serviços e um setor turístico rural. Assim como a arquitetura contemporânea que se instala, sem relação com a preexistente. No sentido contrário, a transformação de velhas edificações ou a produção de novos edifícios que visam retomar a arquitetura tradicional. Em seguida, o autor defende a reabilitação arquitetônica e o reaprendizado do conhecimento construtivo e compositivo que está em extinção.

Data do Preeenchimento: 
sábado, 16 Julho, 2016 - 15:45
Pesquisador Responsável: 

Daniel Juracy Mellado Paz

Data da revisão: 
domingo, 18 Dezembro, 2016 - 15:45
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna

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