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Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Igatu / Chapada Diamantina-Ba, 2016.
Espigueiros. Portugal, 2017.
Espigueiros. Portugal, 2017.

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Japoneses

ISBN ou ISSN: 

052156422 0

Autor(es): 

Humberto Tetsuya Yamaki

Onde encontrar: 

Biblioteca da Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Referência bibliográfica: 

YAMAKI. Humberto “Japanese (Parana)”. In: OLIVER, Paul (edit). Encyclopedia of Vernacular Architecture of the World. Cambridge - UK: Cambridge University Press, 1997, p. 1694-1695.

Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Território e etnicidade
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Humberto Tetsuya Yamaki possui graduação em Arquitetura pela Universidade de São Paulo (1976), é Mestre (1981) e Doutor (1984) em Planejamento Ambiental pela Universidade de Osaka, Pós-Doutorado (1989) em Desenho Urbano pelo Joint Centre for Urban Design JCUD - Oxford Polytechnic. Professor Associado e Coordenador do Laboratório de Paisagem da Universidade Estadual de Londrina. Leciona na Pós Graduação em Geografia (Mestrado e Doutorado) e no Curso de Arquitetura e Urbanismo. Membro Titular do Conselho Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico do Paraná. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo e Geografia e atua nos seguintes temas: morfologia urbana, paisagem cultural e etnográfica e reabilitação da arquitetura imigrante. Bolsista PQ – CNPq. 
Informações obtidas em: http://lattes.cnpq.br/4677741821909670
Resumo : 
O verbete trata da arquitetura produzida por imigrantes japoneses no Paraná, a partir do processo de imigração iniciado em 1908. Desde então, surgiram assentamentos espontâneos e planejados de acordo com os princípios de organização de cada comunidade, mas, com a necessidade de ampliação das áreas de plantação, grandes assentamentos planejados por companhias de imigração japonesa foram implantados no Paraná nos anos de 1930. A arquitetura vernacular de Assaí, antigo assentamento de Três Barras, realizado pela BRATAC – Sociedade Colonizadora do Brasil, que foi construído entre 1930 e 1950, é o foco deste texto. Além de uma área central urbana, a área rural foi dividida em lotes de 25 ha ligados por uma rede de estradas. A arquitetura desse assentamento resulta da adaptação de modelos tradicionais japoneses adaptados às circunstâncias locais. Em substituição à cabana temporária inicial, as casas eram construídas por carpinteiros japoneses trazidos pela companhia para a construção de equipamentos públicos. Logo estes foram substituídos por locais que aprenderam o ofício. A casa reúne suas funções em torno de um pátio. As principais características do exterior são o enorme telhado de telhas cerâmicas e a grande varanda ornamentada. O telhado do tipo irimoya é a característica mais evidente da arquitetura japonesa e corresponde a uma cobertura de grande inclinação, que exige habilidades especiais em sua construção e, por vezes, pode resultar num intrincado volume de várias águas. Varandas dotadas de ornamentos e cobertas no mesmo estilo do telhado marcam a entrada principal. Diferentemente do Japão em que os ornamentos vazados têm função de cruzamento de ventilação, no Brasil sua função é apenas decorativa. Embora sejam sempre padrões geométricos, cada carpinteiro desenvolve sua linguagem ornamental. As telhas que cobrem a cumeeira e os espigões, chamadas onigawara, são cravejadas com argamassa onde são gravados padrões geométricos e simbólicos. Algumas casas exibem condutores de zinco cuidadosamente recortados com formas de flores e nós de pinheiros. A madeira é o material básico de construção, sendo a peroba a mais utilizada nas partes principais. Troncos eram usados nas fundações e o cedro para esquadrias. A planta da casa é, frequentemente, resultado da negociação entre o proprietário e o carpinteiro. Seja em forma de “L” ou “U”, é sempre semelhante e varia apenas quanto ao número e tamanho dos compartimentos. A planta em L tem um espaço central de estar com quatro quartos distribuídos simetricamente em torno. Além disso, completam a casa a cozinha e a varanda. Os compartimentos têm uso definido e inflexível. O teto é alto e mantem a temperatura em níveis razoáveis. Poço, banho (furô) e latrinas são construções independentes. Embora o piso de madeira seja elevado do solo, o costume de usar tatames e de retirar os sapatos não foi incorporado no Brasil. Os conceitos de cerimonial e de informal no uso do hall de entrada e do espaço de estar foi raramente utilizado. A vida social e diária se dava em torno da cozinha e outro aspecto significativo é a presença de altares budistas e xintó nas casas, às vezes no mesmo compartimento, mas em lugares estratégicos. O verbete é ilustrado com foto de uma casa do assentamento de Assaí. 
Data do Preeenchimento: 
quarta-feira, 23 Abril, 2014 - 12:15
Pesquisador Responsável: 

Marcia Sant’Anna

Data da revisão: 
quarta-feira, 2 Julho, 2014 - 12:00
Responsável pela Revisão: 

Daniel Juracy Mellado Paz

Observação: 

Bibliografia recomendada:

MORSE, E. Japanese House and Their Surroundings. Tokyo: Charles E. Turde, 1977.

SAITO, H. “Habitação rural dos Japoneses nos Estados de São Paulo e Paraná”. Anais da II Reunião Brasileira de Antropologia. Salvador, 1957.

YAMAKI, Humberto. “O Ambiente Vivencial dos NIkkeys no Brasil”. Relatory of the Toyota Foundation Grant Program. Londrina-PR, 1996.

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