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Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Igatu / Chapada Diamantina-Ba, 2016.
Espigueiros. Portugal, 2017.
Espigueiros. Portugal, 2017.

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Pará

ISBN ou ISSN: 

1809-6298

Autor(es): 

Ronaldo Nonato Ferreira Marques de Carvalho; Cybelle Salvador Miranda; José Antonio da Silva Souza; Alcebíades Negrão Macêdo; Brena Tavares Bessa.

Referência bibliográfica: 

CARVALHO, Ronaldo Marques de; MIRANDA, Cybelle Salvador; SOUZA, José Antonio da Silva; MACÊDO, Alcebíades Negrão; BESSA, Brena Tavares. A preservação do “saber fazer”. A taipa-de-mão do “Canto do Sabiá”. In: Vitruvius, Arquitextos, maio de 2015.

Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Conceitos e métodos
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Dados sobre o autor(es) e obra: 

Ronaldo Nonato Ferreira Marques de Carvalho é graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Pará (1973) e Mestre em Arquitetura pelo PROARQ/Universidade Federal do Rio de Janeiro (2006). Doutor em Engenharia de Recursos Naturais pelo Programa de Pós-graduação em Engenharia de Recursos Naturais da Amazônia PRODERNA/UFPA (2014). Pós-doutorado em história da Arte pela Universidade de Lisboa.

 

Informações obtidas em: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4180747P8

 

Cybelle Salvador Miranda, possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Pará (1997), Mestrado em Planejamento do Desenvolvimento pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da Universidade Federal do Pará (2000), Doutorado em Ciências Sociais (Antropologia) pela Universidade Federal do Pará (2006). Pós-doutorado em História da Arte pela Universidade de Lisboa. Atualmente é professor adjunto IV da Universidade Federal do Pará.

 

Informações obtidas em: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4763756U6

 

José Antonio da Silva Souza possui graduação em Engenharia Química - Departamento de Engenharia Química (1978) e mestrado em Engenharia de Materiais e Metalurgia PUC-RJ (1980). Doutor em Engenharia pela UFPA (PRODERNA - UFPA). Atualmente é professor Associado da Universidade Federal do Pará, experiência na área de Engenharia Química, com ênfase em Processos Inorgânicos, em Engenharia de Materiais e Metalurgia.

 

Informações obtidas em: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4781281U2

 

Alcebíades Negrão Macêdo possui graduação em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Pará - UFPA (1994), mestrado em Engenharia de Estruturas pela Escola de Engenharia de São Carlos Universidade de São Paulo - EESC/USP (1996) e doutorado em Engenharia de Estruturas pela Escola de Engenharia de São Carlos Universidade de São Paulo - EESC/USP (2000). Atualmente é professor Associado nível 3 da Faculdade de Engenharia Civil do Instituto de Tecnologia da Universidade Federal do Pará FEC/ITEC/UFPA.

 

Informações obtidas em: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4761222Z2

 

Brena Tavares Bessa possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Atualmente, é colaboradora do Laboratório de Conservação, Restauração e Reabilitação (LACORE), onde desempenha funções em projetos e pesquisas relacionadas à área de restauração e reabilitação de edificações, aliada ao estudo da tecnologia dos materiais, e mestranda do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Pará (UFPA). 

 

Informações obtidas em: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4465583P1

Sumário obra: 

Não se aplica.                              

Resumo : 

No Estado do Pará, especificamente, na sua capital Belém, podem ser observadas diversas edificações que se utilizaram da técnica construtiva denominada taipa de mão. Para melhor contextualização, desta técnica vernacular que é tão fundamental, cita-se um exemplo de edificação construída aos seus moldes e que serve como estudo de caso para este trabalho, a residência, Canto do Sabiá. Esta propriedade foi adquirida em 1933 pelo alemão Carl Fetcher, a fim de servir como casa de veraneio para a sua família. A propriedade já possuía uma construção residencial com características coloniais e foi modificada segundo os interesses do dono. Fetcher veio para o Brasil trabalhar na empresa Berringer & Cia e, como ele, muitos estrangeiros se assentaram na região, em decorrência ao ápice da produção de borracha na Amazônia. Esses estrangeiros foram responsáveis por grandes transformações tecnológicas na região, que ainda era configurada por um cenário bastante colonial. A residência “Canto do Sabiá”, situada à Rua Nossa Senhora do Ó, no bairro da Vila, na Ilha de Mosqueiro, possui volumetria requintada, características de um chalé urbano, próprio do estilo eclético do século XX, e grande semelhança com edifícios que podem ser encontrados em regiões da Alemanha na Europa. Um traço marcante da arquitetura alemã apresentado no edifício, são as marcações em argamassa na sua fachada, semelhantes aos tramos usados no sistema enxaimel (sistema construtivo alemão), que foram incorporados à residência, em virtude da origem da família. Porém, é necessário entender que a técnica utilizada no “Canto do Sabiá” foi a taipa de mão proveniente de Portugal. O sistema enxaimel é apenas evocado pelos relevos em massa na fachada do edifício, empregado apenas como um recurso estético e identitário. A taipa é, genericamente, uma técnica construtiva vernacular, que se utiliza de terra molhada ou umedecida, sem que este material seja passado por nenhum processo de melhoramento de sua composição, ou seja, usado em sua forma natural. Existe mais de um tipo de taipa sendo que, a taipa de pilão e a taipa de mão, empregada no edifício em estudo, são as formas mais utilizadas no Brasil. A taipa de mão, ou também denominada no Estado do Pará como tabique, possui um sistema de amarração feito com cipó, no qual se cria um painel transfurado que é finalizado a partir do preenchimento desse com o barro. A taipa de mão está presente em muitas regiões do Brasil, e a divulgação do “saber fazer” esta técnica é um modo de preservá-la, já que se apresenta como patrimônio imaterial brasileiro e mundial. A casa de taipa tem valor histórico, principalmente para a história da técnica construtiva, e, mais uma vez, conservar essas tradições culturais populares é indispensável, perpetuando as suas práticas e também as suas transformações. Sendo assim, o estudo das técnicas tradicionais contribui para garantir a sua continuidade e o seu, aperfeiçoamento.

Data do Preeenchimento: 
quarta-feira, 18 Maio, 2016 - 12:30
Pesquisador Responsável: 

Estudante voluntária: Lais Souto Novaes

Data da revisão: 
quarta-feira, 18 Maio, 2016 - 12:30
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna

ISBN ou ISSN: 

052156422 0

Autor(es): 

Celina Borges Lemos

Onde encontrar: 

Biblioteca da Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Referência bibliográfica: 

LEMOS, Celina Borges. “Kayapó (Pará)”. In: OLIVER, Paul (edit). Encyclopedia of Vernacular Architecture of the World. Cambridge - UK: Cambridge University Press, 1997, p. 1.629-1.630.

Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Território e etnicidade
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Celina Borges Lemos possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Minas Gerais, mestrado em Sociologia pela Universidade Federal de Minas Gerais e doutorado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas. É professora associada da Universidade Federal de Minas Gerais. Concluiu em 2008 o pós doutorado na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Antropologia Urbana, com ênfases em Fundamentos de Arquitetura e Urbanismo, Cultura Urbana, Conservação e Revitalização do Patrimônio. Tem realizado estudos voltados principalmente para os seguintes temas: arquitetura, artes, museologia, estilo, cultura, estética, centralidades, espaços públicos, serviços na contemporaneidade. Pesquisa atualmente a contribuição e o significado da Arquitetura Mineira entre os séculos XVIII e XXI, tendo por referencias principais as cidades históricas e Belo Horizonte. 
Informações obtidas em: http://lattes.cnpq.br/6274768489945780
Resumo : 
De língua Gê, os Kayapó (em português, Caiapó) vivem no sudeste do Pará, entre os rios Xingu e Araguaia. Sua habitação tradicional responde ao clima quente e úmido desta parte do Brasil. A planta é retangular, sem divisões internas e o tamanho varia conforme o número de pessoas da família. A cobertura, de folhas de babaçu, tem inclinação acentuada e três das paredes são fechadas com esteiras feitas com folhas dessa mesma palmeira, sendo a quarta aberta para o pátio por meio de uma grande varanda. A cumeeira da cobertura é amarrada nos apoios com embira e o interior é divido em setores correspondentes a cada família nuclear. Um catre rude é usado para dormir, para sentar e também como mesa. O fogo fica no centro e há muitos objetos pendurados nos esteios e paredes. Na varanda há jiraus para secagem de comida e nos fundos há um forno de terra para cocção. A aldeia Caiapó tem forma circular, cujo centro corresponde ao lugar das cerimônias e rituais. O instrumento musical denominado maracá, que simboliza o mundo, é tocado durante as cerimônias. Nelas, os homens se reúnem no centro da aldeia e as mulheres na varanda do chefe da família. A casa dos homens, onde estes trabalham, fica no lado oeste do assentamento e tem planta retangular e cobertura inclinada, sendo fechada e proibida às mulheres durante a cerimônia de Aruanã. A casa Caiapó é o lugar da mulher e o homem só vai lá para comer e dormir. Corresponde a uma família nuclear, mas abriga outras quando uma filha se casa, sendo a descendência matrilinear. Durante as celebrações, as casas são abandonadas e as pessoas dormem em esteiras no centro da aldeia. Na época seca e de caça são construídas habitações temporárias e os caiapós levam então uma vida nômade. O espaço não é uma referência simbólica fundamental, sendo o papel das cerimônias e rituais maior e mais importante para a manutenção das tradições. 
Data do Preeenchimento: 
domingo, 24 Novembro, 2013 - 13:00
Pesquisador Responsável: 

Marcia Sant’Anna

Data da revisão: 
quarta-feira, 2 Julho, 2014 - 12:00
Responsável pela Revisão: 

Daniel Juracy Mellado Paz

Observação: 
Referência bibliográfica recomendada: 
 
BANNER, Horace. “O índio Kayapó em seu acampamento”. Boletim do MPEG: Série Antropologia, Belém: MPEG, n.13, n.s., 1961. 
 
DREYFUS, Simone. Les Kayapo du Nord, état du Pará, Brésil : contribuition à l’étude des indiens Gê. Paris: Mouton & Co., 1963. 
 
FISHER, William H. Dualism and its discontents: social process and village fissioning among the Xikrin-Kayapó of central Brazil. Cornell: Cornell University, 1991. 509 p. (Tese de Doutorado). 
 
LEA, Vanessa Rosemary. “Casas e casas Mebengokre (Jê)”. In: VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo; CUNHA, Manuela Carneiro da (Orgs.). Amazônia: etnologia e história indígena. São Paulo: USP-NHII; Fapesp, 1993. p. 265-84. 
 
LEA, Vanessa Rosemary. “The houses of the Mebengokre (Kayapó) of Central Brazil: a new door to their social organization”. In: CARSTEN, Janet; HUGH-JONES, Stephen (Orgs.). About the House: Levi-Strauss and beyond. Cambridge: Cambridge university Press, 1995. p. 206-25. 
 
LEA, Vanessa Rosemary. “Mebengokre (Kayapó) onomastics : a facet of houses as total social facts in Central Brazil”. In: ManLondres: Royal Anthr. Inst. of Great Britain Ireland, v. 27, n. 1, p. 129-53, 1992. 
 
VIDAL, Lux B. “O espaço habitado entre os Kaiapó-Xikrin (Jê) e os Parakanã (Tupi), do Médio Tocantins, Pará”. In: NOVAES, Sylvia Caiuby (Org.). Habitações Indígenas. São Paulo: Nobel; Edusp, 1983. p. 77-102. 
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