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Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Igatu / Chapada Diamantina-Ba, 2016.
Espigueiros. Portugal, 2017.
Espigueiros. Portugal, 2017.

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Lina Bo Bardi

ISBN ou ISSN: 

1679-6861

Autor(es): 

Eduardo Pierrotti Rossetti

Onde encontrar: 

Biblioteca da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFBA.

Referência bibliográfica: 

ROSSETTI, Eduardo Pierrotti. “Tensão Moderno/Popular em Lina Bo Bardi: nexos de arquitetura”. In: Cadernos PPG-AU/FAUFBA/Universidade Federal da Bahia. Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. Ano 1 n.1. Salvador: EDUFBA, 2003, p. 11-26.

Eixos de análise abordados: 
Conceitos e métodos
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Dados sobre o autor(es) e obra: 

Arquiteto graduado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1999), Mestre em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal da Bahia (2002), Doutor em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (2007). Pós-Doutorado junto à Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (2008-2010), com Bolsa PDJ/CNPq. Destaca-se o interesse por história, teoria e projeto, investigando: arquitetura moderna, Brasília, patrimônio, arquitetura contemporânea, a varanda e o morar brasileiro.
Este artigo é baseado na sua dissertação de mestrado, defendida em 2002 no PPG-AU/FAUFBA, sob a orientação do prof. Pasqualino Romano Magnavita.
Essas informações foram retiradas do próprio artigo e do link (acesso: 15/02/2016 às 21:50): http://lattes.cnpq.br/1218180830143253

Sumário obra: 

Não se aplica.

Resumo : 

O artigo aborda a maneira pela qual a arquitetura de Lina Bo Bardi dialoga com a cultura popular ao pensar o espaço e a materialidade de um projeto moderno, manifestada através da tensão moderno/popular.  Para isso, são estabelecidas três instâncias que qualificam essa tensão, que são: materialidade e invenção do projeto; espaço moderno e uso popular; e transformação das escalas de produção. Antecede essa análise uma breve introdução sobre o contexto vivenciado (o debate intelectual do final dos anos 50 e início dos anos 60 sobre a função política do povo, e o contato de Lina com a produção manufatureira do Nordeste), as bases que estruturavam sua abordagem acerca da cultura popular (situada entre as preocupações da esquerda brasileira e aspectos do discurso de Antonio Gramsci), e como a historiografia da arquitetura moderna brasileira organizou-se entorno do tema (aparentemente em torno de um só argumento, o de Lucio Costa). Nesse momento, também são apresentados os conceitos formulados por Lina, o “folclore”, o “artesanato”, e, posteriormente, o “pré-artesanato”, os quais visavam proteger a cultura popular, e, consequentemente, sua arquitetura das possíveis apropriações ilegítimas. Em “materialidade e invenção do projeto” busca-se explorar como o popular se apresenta nas expressividades plásticas dos seus projetos. Segundo o autor, a cultura popular é por ela entendida como exemplo de simplificação de processos, e essa referência se apresenta em sua arquitetura pelo procedimento de uso, fusão e justaposição dos materiais, por seu modo de cruzar referências locais e externas livremente. Também é citada a maneira como a arquiteta projetava. Ao usar tecnologias novas trabalhava as soluções diretamente no canteiro, pois entendia que apesar da mão-de-obra não estar treinada adequadamente, ela possuía um conhecimento sobre a matéria, e esse era o meio de ajustar o descompasso técnico e social. Em “espaço moderno e uso popular”, a importância imaterial contida nas manifestações populares é vinculada ao uso popular dos espaços projetados por Lina, em que espaços e lugares com pouca significação eram transformados em referências urbanas. Por fim, em “transformação das escalas de produção” são expostas as iniciativas que foram desenvolvidas pela arquiteta a fim de debater a questão do desenho industrial. Segundo o autor, o projeto mais completo de Lina que estrutura essa preocupação é a Escola de Desenho Industrial e Artesanato, planejada em 1962 para funcionar no Solar do Unhão, sede do Museu de Arte Popular de Salvador. Essa Escola foi concebida como parte das atividades inerentes ao referido museu, o qual ainda contava com a proposta de criação do Centro de Documentação Artesanal do Nordeste, também planejado por Lina e encarregado de inventariar as diversas manifestações da manufatura popular da região. A iniciativa da Escola apresentava como objetivo eliminar a diferença entre os que projetavam e aqueles que executavam objetos manufaturados a fim de integrá-los ao processo industrial. Contudo, ela acabou permanecendo no plano das ideias. Ainda sobre a Escola, o autor analisa as relações existentes entre esse plano e as propostas de Walter Gropius para a Bauhaus. O texto finaliza questionando e alertando sobre a velocidade e a maneira como a cultura popular pode ser tomada hoje, e assim tornar-se somente mais uma referência massiva, programadamente descartável em meio a uma aparente cultura mundializada que instaura novas referências constantemente.

Data do Preeenchimento: 
segunda-feira, 15 Fevereiro, 2016 - 14:00
Pesquisador Responsável: 

Estudante bolsista: Camila Contreras Novaes

Data da revisão: 
segunda-feira, 22 Fevereiro, 2016 - 14:00
Responsável pela Revisão: 

Márcia Sant’Anna

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