Não consta
Maria da Graça Moreira
https://sites.google.com/site/coloquioarquitecturapopular/ (acesso: 13/02/2017 às 17h)
MOREIRA, Maria da Graça. Aldeias Desertificadas e Alterações Funcionais: Aldeias de Idanha a Nova. In: Actas do 1º Colóquio Internacional de Arquitectura Popular. Arcos de Valdevez: Casa das Artes de Arcos de Valdevez – Município de Arcos de Valdevez, 2013.
Maria da Graça Moreira é bacharel e licenciada em Geografia pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, respectivamente, em 1978 e 1980, e Mestre e Doutor em Planejamento Regional e Urbano pela UTL – Universidade Técnica de Lisboa – em 1989 e 2002. Foi Professora Assistente na Faculdade de Arquitetura da UTL, de 1985 a 2002, e Professora Auxiliar no Departamento de Ciências Sociais e do Território, de 2002 a 2014. Atualmente, leciona no Departamento de Artes, Humanidades e Ciências Sociais na UTL, desde 2014. A autora é também pesquisadora do CIAUD – Centro de Investigação em Arquitectura, Urbanismo e Design da FA/UTL desde 2006. O texto analisado foi apresentado no colóquio que consta da referência bibliográfica.
Disponível em: <http://ciaud.fa.utl.pt/index.php/pt/membros-2/urbanismo/inves-efect?id=984>
Não se aplica.
A autora trata das alterações da organização funcional dos aglomerados urbanos do interior do país, com a desertificação demográfica e a mudança da estrutura econômica, dos anos 1960 até hoje. A partir dos anos 1950, houve o abandono das áreas rurais, processo que ainda segue, com diminuição da densidade populacional, envelhecimento da população e ruptura da organização funcional e espacial, dada as alterações tecnológicas e seus impactos, e devido a mudanças no setor público em serviços de suporte à população, como educação e segurança; no setor privado, às atividades comerciais e no setor produtivo, à decadência da agropecuária. A área estudada é a Beira Interior Sul, no Concelho de Idanha a Nova, mais especificamente, as aldeias de Salvaterra do Extremo e Toulões. A autora conclui que houve mudanças nas funções dos edifícios públicos, antes destinados à educação e, agora, voltados à saúde e segurança social para idosos. Desapareceram as funções mais importantes para os jovens, com a retirada dos serviços estatais de segurança interna e controle de fronteiras. Abandonaram-se, ainda, as instalações ligadas à pecuária. As únicas atividades comerciais estão ligadas à restauração, com a aparição de funções ligadas ao lazer da população urbana (turismo), em antigas instalações utilitárias. A arquitetura popular originária das atividades agropecuárias – como palheiros, moagens e lagares - ou foi abandonada, ou transformada em habitações, com a procura por pontos de melhor acesso a partir do exterior para novas atividades econômicas.
Daniel Juracy Mellado Paz
Marcia Sant’Anna