Habitação indígena; Casa; Aldeia; Arquitetura indígena; Bororo; Brasil.
ISBN ou ISSN:
85-213-0159
Autor(es):
Sylvia Caiuby Novaes
Onde encontrar:
Acervo da Faculdade de Arquitetura da UFBA
Referência bibliográfica:
NOVAES, Sylvia Caiuby. Introdução. In: NOVAES, Sylvia Caiuby (org). Habitações Indígenas. São Paulo: Nobel/ Ed. da Universidade de São Paulo, 1983.
Eixos de análise abordados:
Território e etnicidade
Dados sobre o autor(es) e obra:
Sylvia Caiuby Novaes tem graduação em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (1971), mestrado em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo (1980), doutorado em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo (1990) e livre docência na Universidade de São Paulo (2006). Tem Pós-Doutorado na University of Manchester (Inglaterra) e na University of Saint Andrews (Escócia). É Professora Titular na área de Antropologia da Imagem da Universidade de São Paulo, desde 2010, e foi Professora Visitante no Musée du quai Branly e na University of Oxford. Atualmente é Professora Titular da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Etnologia Indígena e em Antropologia da Imagem. Suas publicações tratam de temas como: sociedade Bororo, etnografia e imagem, antropologia visual, fotografia e cinema no mundo contemporâneo. Desde abril 2014 é Diretora do Centro Universitário Maria Antonia.
A autora faz a Introdução de uma obra que organizou. Nela, observa que a casa é uma das referências para elaboração da identidade e para nos localizar no espaço. Porém, segundo a autora, entre os indígenas, a casa não é o ponto de referência: este é sempre associado a um espaço mais amplo. Pode ser a casa comunitária (caso dos Waiampi), a aldeia (caso dos Bororo, Xavante, Wayana, Xinguanos, Xikrin) ou o território da ocupação do grupo (como nos Parakanã). A casa é um elemento secundário do quadro da vida, apenas sua parte mais íntima. Nos desenhos das crianças Bororo, por exemplo, nunca aparece uma casa isolada, mas sempre um conjunto de casas – a aldeia circular. O inverso ocorreria em só um lugar, na aldeia do Meruri – local objeto de 80 anos de catequese por parte de missionários salesianos –, onde as únicas atividades comunitárias são as missas, terços, filmes e bingo, e onde os índios não se sentiam mais autênticos Bororo. Apesar disso, a autora relata a escassez de estudos sobre o tema da casa indígena do ponto de vista arquitetônico, sóciocultural, econômico e simbólico.