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Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Igatu / Chapada Diamantina-Ba, 2016.
Espigueiros. Portugal, 2017.
Espigueiros. Portugal, 2017.

Assentamentos informais; Cidade informal; Lima; Peru.

ISBN ou ISSN: 

978-9942-09-189-5

Autor(es): 

Elia Saez Giraldez

Referência bibliográfica: 

GIRALDEZ, Elia Saez. De la casa de estera a la ciudad progresiva. Una lectura de los asentamientos humanos de Lima. In: BARRETO, Teolinda Bolívar; ECHEGARAY, Mildred Guerrero; MANCILLA, Marcelo Rodríguez (coords.). Casas de infinitas privaciones ¿Germen de ciudades para todos? Vol. I. QuitoEcuador: Ediciones Abya–Yala., 2014, p. 381 – 422. 

Eixos de análise abordados: 
Conceitos e métodos
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Dados sobre o autor(es) e obra: 

Elia Saez Giraldez possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de Granada (2007), mestrado em Urbanismo pela Universidade Politécnica de Madrid (2009) e doutorado pela mesma universidade (2012). Atualmente é professora na Universidade Católica Pontifícia do Peru.
 
Informações obtidas em: http://directorio.concytec.gob.pe/appDirectorioCTI/VerDatosInvestigador....

Sumário obra: 

Não se aplica.

Resumo : 

O artigo, dividido em seis temas e doze subtemas, retrata o desenvolvimento da cidade de Lima no Peru, explicando o processo de ocupação do lugar a partir de dois padrões: a concepção da cidade através da casa e como o tecido urbano incorpora as preexistências do lugar. A autora afirma que Lima emerge do caos e que o seu crescimento, a partir do século XX, se deu através dos assentamentos humanos. A pesquisa foi realizada em doze assentamentos da cidade, ilustrados em um mapa. O primeiro tema aborda a origem das barriadas em Lima a partir de 1940, quando imigrantes provenientes do interior ou do centro da cidade não encontraram local para viver na cidade formal e começaram a ocupar lugares periféricos de forma massiva e irregular sem o apoio de políticas públicas habitacionais. Já no segundo tema, a autora afirma que a cidade é construída a partir das casas e, a partir da invasão do terreno, tem-se a formação de um traçado urbano, com a delimitação de ruas, blocos e lote futuros desenhados no chão, inicialmente, a partir de um acordo entre os cidadãos. Rodriguez também afirma que as barriadas passam por uma série de transformações que modificam os conceitos de doméstico, urbano, público e privado, focalizando a evolução da casa dentro desse processo. Seguindo o conceito de habitar antes de construir, a casa se relaciona com quem vai ocupá-la, e, segundo a autora, aplica-se também o conceito de casa progressiva, pois é um local que envolve os âmbitos social, econômico e familiar e que se transforma conforme o contexto. Inicialmente, eram casas de estera, em que os espaços externos tinham funções individuais, familiares e coletivas, sem delimitação entre espaço urbano e doméstico, sendo a primeira delimitação definida pelo vazio entre elas. A evolução da casa para o bloco fechado tem características especificas, como atividades domésticas vindo mais para o interior, separação entre o doméstico e o urbano através da fachada, utilização máxima do espaço construído e, consequentemente, uma diminuição da relação com a paisagem. Esta etapa já incorporava um novo modelo de moradia, com cozinha-sala-dormitório-banheiro e espaços polivalentes. A partir desse momento surgem também os cômodos produtivos que incorporam o comércio à casa, proporcionando uma fonte de renda. A autora apresenta também o vínculo que se estabelece entre as casas por meio das praças. Além disso, tem-se o surgimento das ruas, formadas pelo crescimento do número de casas, que podem ser comerciais ou residenciais, considerando-se como foi ocupado o espaço próximo à rua. Com a definição das ruas, surgem os espaços públicos e a consolidação do bairro. A partir do terceiro tema, a autora começa a abordar o tecido urbano de Lima e o fato das barriadas, em alguns casos, terem que se adaptar às preexistências do local. A topografia é uma delas, pois, ao longo do tempo, surgiu a necessidade de se ocupar também as encostas e desenvolver características especificas nas casas e no entorno. Outra preexistência mencionada são as áreas de cultivo que são ocupadas e constituem territórios de difícil urbanização. No quarto tema, a autora retoma a discussão acerca do grande sistema metropolitano em que Lima se tornou, onde os assentamentos informais, com seu desenvolvimento próprio, modificam a paisagem e interferem na cidade formal. No quinto tema, a autora retrata o desenvolvimento alcançado pelas barriadas, muitas já oferecendo diversos tipos de serviço e com edificações de até 5 pavimentos, mas enfatizando o impacto ambiental deixado, o que contribui para os argumentos de erradicação desses assentamentos. No entanto, sendo Lima uma cidade que, em pleno século XXI, tem mais da metade da população vivendo nesses assentamentos, seria importante, segundo a autora, melhorar a infraestrutura e a qualidade de vida para ocorrer a consolidação urbana nesses espaços. A autora conclui no sexto tema que as cidades informais de Lima têm uma grande capacidade de transformação e que esse sistema, que relaciona desde a escala individual, a casa, até a escala urbana, gera uma urbanização “microzoneada”. Além disso, ainda afirma que os assentamentos informais são vistos como uma nova forma de cidade e podem vir a ser uma alternativa para as de hoje.

Data do Preeenchimento: 
quarta-feira, 11 Julho, 2018 - 15:30
Pesquisador Responsável: 

Melissa Torres de Amorim

Data da revisão: 
segunda-feira, 24 Setembro, 2018 - 15:30
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna

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