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Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Igatu / Chapada Diamantina-Ba, 2016.
Espigueiros. Portugal, 2017.
Espigueiros. Portugal, 2017.

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John Turner

ISBN ou ISSN: 

1809-6298

Autor(es): 

Douglas Aguiar

Onde encontrar: 
Referência bibliográfica: 

AGUIAR, Douglas. Revisitando Turner. Habitação Social e os Desafios da Cidade Contemporânea. Arquitextos, São Paulo, ano 11, n. 127.07, Vitruvius, dez. 2010.

Eixos de análise abordados: 
Conceitos e métodos
Construção autogerida em meio urbano: espaços e técnicas
Dados sobre o autor(es) e obra: 

Douglas Vieira de Aguiar possui graduação em Arquitetura pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), especialização em Planejamento Urbano (DPU / University College London, 1977/8), Mestrado (MSc / Bartlett School, University College London, 1987) e Doutorado (PhD by Research / University College London, 1991). Foi Secretário do Planejamento Municipal de Porto Alegre (1978-1988) e, desde 1988, é professor associado ao Departamento de Arquitetura da UFRGS.

 

Informações obtidas em: http://lattes.cnpq.br/6546605811840426 (acesso: 20 de março de 2017, às 11:00)

Sumário obra: 

Não se aplica.

Resumo : 

O artigo trata da defasagem que existe no campo da arquitetura a respeito das habitações de interesse social. Segundo o autor, nos últimos tempos, pouco se avançou na compreensão dos espaços gerados em meio urbano pelos segmentos populares, visto que a tipologia concebida atualmente assemelha-se muito ao modelo habitação-dormitório que foi planejado para as casas operárias do século XIX. Diante de uma produção arquitetônica que segue distinguindo as funções trabalhar e habitar, o autor busca fundamentação nas ideias-chave trazidas pelo arquiteto John Turner para tentar compreender como no contexto pós-industrial os modos de vida populares se acomodam aos espaços. Assim, o artigo se estrutura através da análise de ocupações de surgimento espontâneo e planejado situadas em uma determinada zona da cidade de Porto Alegre, de modo que, ao tratar dessas localidades, os pensamentos de Turner são revisitados. Ao todo são estudados três casos: um loteamento irregular, a Vila do Tio Zeca, e dois conjuntos de habitações de interesse social produzidos pelos órgãos municipais, o Núcleo Progresso e o Núcleo Mário Quintana. A Vila do Tio Zeca é uma favela precária, com muitos barracos de chapa metálica e lata, que tem uma população marcada por catadores e separadores de lixo. O autor ressalta a boa localização que essas moradias apresentam na cidade, como também a conveniência das locações no terreno, correlacionando esses aspectos ao que Turner chamou de “supportive shack”. O autor também traz a expressão “comunal household” ao comentar a constância com que se viam lotes ocupados de forma comunitária nesse assentamento informal. O Núcleo Progresso apresenta uma mistura de sobrados geminados e casas térreas. Nesse caso, o texto assinala as imposições colocadas pelos órgãos municipais quanto às modificações nas moradias, especialmente aquelas que venham a alterar a estética das fachadas, como também as restrições relativas ao uso, proibindo os proprietários de realizarem atividades econômicas. O autor relaciona ambas as situações com o que Turner denominou de “the oppressive house”. O Núcleo Mario Quintana era, inicialmente, composto por um conjunto de lotes estreitos que continham pequenas casas térreas geminadas, que apresentavam possibilidade de expansão na parte frontal e na parte dos fundos da edificação. Atualmente, o local se encontra completamente transformado, o que fez o autor correlacionar a situação com a ideia de “progressive development house”, proposta por Turner, segundo a qual as habitações populares apresentam processos contínuos de desenvolvimento. Após o relato de cada caso, o autor pontua que quanto mais livre é o espaço de qualquer pré-concepção, mais ele se encontra apto a atender as necessidades atuais das moradias populares. A pesquisa também levou o autor a reafirma o pensamento de Turner sobre a produção espontânea da moradia. Segundo Turner, ela apresenta, naturalmente, uma variedade de técnicas e de configurações espaciais, que, em geral, são de baixo custo e com alto valor de uso. O autor finaliza destacando a importância desse arquiteto para o desenvolvimento do estudo da habitação social, alertando para o seu pensamento de que “a vida da habitação tem mais a ver com as instituições humanas do que com as tecnologias de construção”. O artigo conta com plantas e fotografias. 

Data do Preeenchimento: 
segunda-feira, 20 Março, 2017 - 11:30
Pesquisador Responsável: 

Estudante bolsista: Camila Contreras Novaes

Data da revisão: 
segunda-feira, 12 Junho, 2017 - 11:30
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant'Anna

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