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Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Igatu / Chapada Diamantina-Ba, 2016.
Espigueiros. Portugal, 2017.
Espigueiros. Portugal, 2017.

Técnicas Construtivas do Período Colonial

ISBN ou ISSN: 

Não há essa informação.

Autor(es): 

Silvio Vilela Colin

Onde encontrar: 
Referência bibliográfica: 

COLIN , Silvio Vilela. Técnicas Construtivas do Período Colonial.

Disponível em: http://imphic.ning.com/group/historiacolonial/forum/attachment/download?id=2394393%3AUploadedFile%3A16519 (acesso: 03/08/2015 às 15:33)

Eixos de análise abordados: 
Conceitos e métodos
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Dados sobre o autor(es) e obra: 

Silvio Vilela Colin possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo UFRJ (1970), mestrado em Teoria e História - Programa de Pós-graduação em Arquitetura (1999), e doutorado também em Teoria e História no mesmo programa da FAU-UFRJ (2010). Atualmente é professor assistente da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em História da Arquitetura e Urbanismo, atuando principalmente nos seguintes temas: projeto de arquitetura, arquitetura, instalação comercial, execução de obra e título.

Informações obtidas em: http://lattes.cnpq.br/4794351849658618 (acesso: 03/08/2015 às 15:40)

Sumário obra: 

Técnicas construtivas do período colonial

      Vedações e divisórias

            Alvenaria

                   Adobe

                   Tijolos Cerâmicos

                   Pedra

                   Cantaria

                   Taipa de Pilão

                   Pau-a-Pique

                   Enxaimel

                   Tabique

      Coberturas e Forros

            Telhas

            Estruturas de telhado

                   Beirais e beiras

                   Varandas e alpendres

                   Forros

      Esquadrias

      Outros Elementos

                   Muxarabis e balcões

                   Ferragens

      Piso

      Pisos e Pavimentos

                   Pisos e Pavimentos Internos

                   Pavimentos Externos

                   Pintura

                   Alicerces

Tipos e padrões da arquitetura civil colonial

       Volumetria construtiva

       A casa do sertanejo

       A fazenda de engenho

       A casa grande

                   O sítio bandeirista

       A casa urbana

                   A casa térrea

                   O sobrado

Resumo : 

O texto trata de algumas formas de construção vigentes no período colonial. Para tanto, divide a abordagem em duas partes: uma primeira de conteúdo técnico-construtivo e uma segunda, de análise morfológica. Na primeira parte detalha as técnicas construtivas do período colonial, que agrupa como: vedações e divisórias; coberturas e forros; esquadrias; outros elementos; pisos e pavimentos. Aborda esses temas separadamente, descrevendo as variações construtivas, a técnica empregada, as características, os materiais envolvidos e o dimensionamento das peças. Colin traça também um panorama da absorção social desses tipos construtivos e da dimensão temporal dos seus usos ao longo do período colonial, assim como os fatores antropológicos vinculados à sua utilização, fazendo uma espécie de catálogo da época, englobando sua relação com as várias camadas da sociedade. Para elucidação das tipologias construtivas retratadas, o autor lança mão de muitas ilustrações e de exemplos construídos. O texto é repleto de informação nesse sentido, trazendo plantas arquitetônicas esquemáticas, ilustrações de detalhes construtivos, fotografias e figuras, contemplando quase a totalidade dos itens abordados em cada eixo temático. Vale ressaltar que, nos demais itens expostos, ao retratar as estruturas em madeira, o autor cita quais eram os tipos de madeira mais utilizados para tais finalidades, chegando também, em alguns casos, a mencionar como se dava o feitio das peças. Na segunda parte do texto, é introduzida a informação de que os fatores mais importantes na determinação das formas arquitetônicas civis do período colonial são de ordem econômica e técnica, o que irá guiar a compreensão das informações subsequentes, que são relativas à volumetria e às tipologias arquitetônicas. Quanto a isso o autor informa que: a “meia-água” era geralmente utilizada em construções de menor importância, como o rancho e a cozinha; o telhado de duas águas era muito utilizado em construções urbanas, sobretudo em casas geminadas; o de quatro águas era a cobertura mais comum nos pavilhões, o tipo construtivo mais utilizado para construções de maior porte, como casas-grandes, equipamentos públicos menores e mansões; o claustro era a forma preferida para construções que aspiravam maior monumentalidade; e o pavilhão, composto em forma de “L”, era uma solução intermediária entre o pavilhão e o claustro. Segundo o autor, os padrões arquitetônicos civis mais definitivos desse período só começam a surgir a partir de aproximadamente 1630, que, segundo ele, seriam: a casa do sertanejo; a fazenda de engenho (composta pela senzala, usina e a casa grande); o sítio bandeirista e a casa urbana (que variava entre a casa térrea e o sobrado). Ao analisar essas tipologias faz uso de ilustrações e de exemplos, e aborda aspectos como: volumetria, distribuição no lote, configuração da planta, materiais, técnicas e eventuais exceções. Segundo o autor, a casa do sertanejo era a construção mais simples do período colonial. Toda de palha ou feita de pau-a-pique, essas casas possuíam apenas um compartimento interno, não apresentando banheiro ou latrina, porém sempre dotadas de alpendre ou varanda frontal. Também retrata que a varanda alpendrada, ou puxada, era solução comum em todos os partidos, desde a casa mais simples do sertanejo até as mais sofisticadas. Ainda no que se refere à casa do sertanejo, o rancho era sempre equipamento obrigatório, consistindo em um pequeno abrigo para servir de pouso ao viajante ou tropeiro, e que se localizava de modo a garantir a privacidade da casa. Diferentemente dos outros tipos construtivos presentes na fazenda de engenho (a senzala e a usina), a casa grande podia variar muito quanto à forma, mas sempre apresentando varanda, grande e larga, que ocupava, na maioria das vezes, toda a frente ou então contornava toda a edificação. Essas casas eram realizadas com a técnica construtiva disponível, podendo ser de alvenaria de pedra ou taipa de pilão, e com telhados de madeira e telhas de barro. O sítio bandeirista, segundo o autor, tem um desenho clássico dos mais rigorosos e é um caso especial na arquitetura colonial do segundo século. Ao falar dessa tipologia, se baseia nos estudos de Luís Saia e nos comentários de Michel Foucault acerca desse estudo. Colin faz referência aos doze exemplares estudados por Saia em São Paulo e municípios vizinhos, que guardam entre si características muito próprias e semelhantes e que autorizam a se falar de um tipo arquitetônico. Desses exemplares, elege três como sendo os melhores, constituindo parâmetros de abordagem. São eles: o Sítio do Pai Inácio, o Sítio do Mandu e o Sítio Querubim. Eles apresentam, salvo variações, varanda na parte frontal, capela, a sala ocupando lugar central na planta da casa e os quartos na lateral. Dentre esses quartos um corresponde ao de hóspedes, que difere dos restantes por abrir para exterior da residência. São onstruções sempre de taipa de pilão e telhados de barro, sendo que o espaço abaixo do telhado era aproveitado como depósito ou mesmo como abrigo de serviçais. Quanto à casa urbana térrea, elas eram alinhadas pela divisão frontal e geminadas nos dois lados. Segundo o autor, isso em parte se deve à precariedade das técnicas construtivas, pois feitas de taipa de pilão ou pau-a-pique eram vulneráveis à chuva. Essas casas variavam em área, sendo a mais simples, chamada de “casa de porta e janela”, composta apenas de sala, quarto, varanda e cozinha, sempre seguindo essa sequencia de disposição dos cômodos e com a sala voltada para a rua. O sobrado designava a construção urbana com mais de um pavimento, sem passar de um total de três, e que não pressupunha a existência de pisos intermediários. Para elucidar essa tipologia faz uso de dois exemplares: a casa nº 28 da Rua do Amparo e a casa nº 7 do Pátio de São Pedro, ambos em Olinda. Essas duas casas apresentam, de um modo geral, espaço destinado ao comércio no pavimento inferior e, no superior, destinado à moradia. A planta do pavimento superior se assemelha às das demais moradias urbanas, sendo composta de sala de estar, quartos, sala de jantar e cozinha, nessa ordem. Por fim, Colin informa que havia exceções na tipologia dos sobrados, no caso das moradias nobres. Nelas, os lotes apresentavam uma testada frontal maior e a planta organizada em torno do pátio interno. 

Data do Preeenchimento: 
segunda-feira, 15 Junho, 2015 - 17:30
Pesquisador Responsável: 

Estudante bolsista: Camila Contreras Novaes

Data da revisão: 
quarta-feira, 12 Agosto, 2015 - 17:30
Responsável pela Revisão: 

Márcia Sant’Anna