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Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Igatu / Chapada Diamantina-Ba, 2016.
Espigueiros. Portugal, 2017.
Espigueiros. Portugal, 2017.

Arquitetura kitsch

ISBN ou ISSN: 

1809-6298

Autor(es): 

Adriana Mara de Vaz e Mathias Joseph Monios

Onde encontrar: 
Referência bibliográfica: 

OLIVEIRA, Adriana Mara de Vaz; MONIOS, Mathias Joseph. Transgressão na arquitetura popular. In: Vitruvius. Arquitextos, fev. 2016.

Eixos de análise abordados: 
Conceitos e métodos
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Construção autogerida em meio urbano: espaços e técnicas
Dados sobre o autor(es) e obra: 

Adriana Mara Vaz de Oliveira possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Católica de Goiás (1985), mestrado em História das Sociedades Agrárias pela Universidade Federal de Goiás (1999) e doutorado em História pela Universidade Estadual de Campinas (2004). Atualmente é professora adjunta II da Faculdade de Artes Visuais da Universidade Federal de Goiás, ministrando o curso de Arquitetura e Urbanismo. É integrante do corpo docente do Programa de Pós Graduação em Arquitetura e Urbanismo - Mestrado Projeto e Cidade da mesma instituição.  Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em Teoria, História e Crítica da Arquitetura e do Urbanismo, atuando principalmente nos seguintes temas: arquitetura, cidade, cidade contemporânea, projeto de arquitetura, história da arquitetura e da cidade, patrimônio e memória, teoria e crítica da arquitetura, cultura arquitetônica, memória e cidade, urbanismo.

Informações obtidas em: http://lattes.cnpq.br/6774803204502154 (acesso: 27 de maio de 2016, às 21:09).

 

Mathias Joseph Monios possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Goiás.

Informações obtidas em:  http://lattes.cnpq.br/4027008022355400   (acesso: 27 de maio de 2016, às 21:15).

Sumário obra: 

Não se aplica.

Resumo : 

O artigo trata da arquitetura popular e do envolvimento dos autores com o assunto. O texto expõe a escassez de informação que existe no campo da arquitetura brasileira em relação a essa vertente, uma vez que os interesses de estudo se concentram nas manifestações eruditas. Essa constatação, segundo o artigo, particulariza-se em Goiás e é fruto da dificuldade de compreensão da legitimidade dessas manifestações como objeto arquitetônico. Antes de relatar sua experiência, os autores distinguem o popular do vernacular na arquitetura brasileira. Para eles, o que distingue essas manifestações entre si são os aspectos ligados à contemporaneidade que estariam presentes na arquitetura popular, tais como a industrialização dos materiais de construção e a interferência da globalização nas ações do morar. Segundo os autores, no âmbito dessa arquitetura, identificam-se aspectos tradicionais que se imbricam com outros advindos da modernidade, especialmente os relativos ao desejo de personalização ou individualização da morada, afastando-se da tradição. Inicialmente, seus estudos se voltavam para a arquitetura vernacular goiana realizada sem o auxílio de arquiteto, mas, com o passar do tempo, sua abordagem foi sofrendo ampliações, acrescentando-se à análise aspectos ligados ao popular. Neste âmbito, onde há junção e sobreposição entre tradição e modernidade, ou seja, o das chamadas culturas híbridas, os autores deram início a nova pesquisa, a qual, até a feitura deste artigo, estava em andamento. Intitulada “Arquitetura dos sentidos: entre o vernáculo e o popular”, essa pesquisa volta o olhar para o conhecimento e o registro dessas expressões arquitetônicas em Goiânia. O artigo aborda alguns aspectos dessa pesquisa, principalmente no que se refere à arquitetura goianiense e à sua relação com o gosto. Essa arquitetura foi analisada como objeto kitsch, tomando-se o livro Arquitetura kitsch suburbana e rural, de Dinah Guimaraens e Lauro Cavalcanti, como referência em tal problematização. O texto apresenta essa obra e analisa o termo “kitsch”, discorrendo sobre o fenômeno de um modo geral e sobre como Guimaraens e Cavalcanti o adaptaram à realidade brasileira. Ao final, são tecidos breves comentários acerca das moradias catalogadas na pesquisa. Essa identificação priorizou casas populares mais antigas, nas quais foram averiguadas as permanências e as alterações da tradição vernácula goiana, mas tais informações não são apresentadas ao longo do texto. Foram também identificadas as moradias populares originadas de ocupações mais recentes e que se sobressaem pelo apego às tradições construtivas, pela representatividade dentro do conjunto e pela originalidade. Este segundo conjunto de moradias tem, no texto, uma abordagem maior, sendo discutidos os seus aspectos externos, principalmente aqueles relativos aos fechamentos frontais dos lotes, em termos de formas, materiais, cores, revestimentos e objetos decorativos.

Data do Preeenchimento: 
segunda-feira, 9 Maio, 2016 - 12:45
Pesquisador Responsável: 

Estudante bolsista: Camila Contreras Novaes

Data da revisão: 
terça-feira, 4 Julho, 2017 - 12:45
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna

Autor(es): 

Dinah Guimaraens e Lauro Cavalcanti

Onde encontrar: 

Acervo Profa. Marcia Sant’Anna

Referência bibliográfica: 

GUIMARAENS, Dinah & CAVALCANTI, Lauro. Arquitetura kitsch suburbana e rural. Rio de Janeiro: FUNARTE, 1979.

Eixos de análise abordados: 
Conceitos e métodos
Construção autogerida em meio urbano: espaços e técnicas
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Dinah Tereza Papi de Guimaraens é Professora do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo e Professora Adjunta III do Departamento de Arquitetura da Escola de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal Fluminense-UFF. Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Santa Úrsula - USU (1978) fez extensão universitária em Semiótica Visual com o professor Umberto Eco (1979). Possui mestrado em Antropologia Social pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional - UFRJ (1992), mestrado em História Antiga e Medieval pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais - UFRJ (1992), doutorado em Antropologia Social do Museu Nacional - UFRJ (1998) e pós-doutorado em Antropologia pela University of New Mexico (1999). É pesquisadora avançada do PROARQ (Programa de Pós-Graduação de Estudos em Museus) da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - FAU - UFRJ. Até março de 2009, foi professora da Faculdade de Comunicação Social da UNESA, integrando o Núcleo de Referência em Conservação e Restauração de Bens Culturais, o curso de Fotografia e sendo conteudista do curso virtual Estética e Arte Contemporânea da Universidade Estácio de Sá. Tem experiência em arquitetura e urbanismo; preservação e conservação de bens culturais nas áreas de cultura material e imaterial, artes visuais e objetos etnográficos; museologia e museografia; produção cultural; semiótica; antropologia cultural e estética; cultura indígena, afro-brasileira e popular, mídia digital e curadoria de artes plásticas. Além da obra objeto desta ficha, publicou, juntamente com Lauro Cavalcanti, Arquitetura de Motéis Cariocas: Espaço e Organização Social (1980, 2007), além de Museu de Artes e Origens: Mapa das Culturas Vivas Guaranis (2003). 
Informações obtidas em: http://lattes.cnpq.br/2261328991405752
 
Lauro Augusto de Paiva Cavalcanti é arquiteto, antropólogo e escritor. Escreveu vários livros sobre arquitetura, estética e sociedade e organizou diversas coletâneas sobre o assunto. É conselheiro da Casa Lucio Costa e da Fundação Oscar Niemeyer. Membro do conselho editorial do Iphan, é também diretor do Paço Imperial e professor da Escola Superior de Desenho Industrial (Esdi/Uerj). Possui graduação em Arquitetura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1979), mestrado em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1987) e doutorado em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1993). Atualmente é técnico em preservação cultural IV do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e professor adjunto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em Teoria da Arquitetura, atuando principalmente nos seguintes temas: arquitetura moderna, arquitetura, artes plásticas e arte. 
Informações obtidas em: http://lattes.cnpq.br/8455994720243644

 

Sumário obra: 
Introdução 
O Kitsch
Cultura Popular, vanguarda e Kitsch
Kitsch x funcionalismo 
Arquitetura Kitsch
Pesquisa de Campo 
 Tabelas 
 Kitsch como visão de mundo 
 Kitsch como visão poética 
 Kitsch visionário 
 Kitsch religioso 
 Kitsch com influência da arquitetura moderna 
Bibliografia 
Resumo : 
O livro trata do kitsch como um fenômeno cultural característico da transição de um código estético popular/vernacular/primitivo para outro mais oficial/tecnológico/erudito, decorrente da ascensão social de segmentos de média e baixa renda. Os autores também definem o fenômeno kitsch como a possibilidade de uma resposta antropofágica (no sentido oswaldiano do termo) das massas à cultura de elite, podendo, a partir dessa mescla e desse choque, surgir uma terceira realidade cultural. Nesta obra o kitsch é ainda tratado como produto de um processo semelhante ao que faz surgir vanguardas artísticas, sendo que estas colocariam mais ênfase no processo de criação e o kitsch, por sua vez, carregaria na reação emotiva. A relação com as vanguardas não se esgotaria, contudo, nessa semelhança etiológica, pois o kitsch seria também fornecedor de “estilemas” (elementos desencadeadores ou caracterizadores de linguagem ou expressão artística) para as vanguardas, já que ambos manteriam relação fundamental com a novidade. Os autores distinguem um kitsch passivo e um ativo. O passivo resultaria do consumo exacerbado de uma classe média em ascensão que colecionaria objetos industrializados que imitam os da elite, sem nenhuma intervenção ou personificação. Já o kitsch criativo resultaria do mencionado processo antropofágico de apropriação e reinterpretação de elementos da “cultura oficial”. Ao abordarem o kitsch como atitude criativa, que teria seu próprio código de estruturação do mundo e da sociedade, os autores assinalam que o fenômeno deve ser compreendido sempre em articulação com a estratificação social e com os processos culturais e econômicos próprios da sociedade pós Revolução Industrial. Assim, estaria ligado à elevação do consumo e também à crise da obra de arte como objeto único. A arquitetura kitsch é definida pelos autores também como uma arquitetura de transição entre uma arquitetura oficial e uma arquitetura de cunho popular. Dessa face popular, da autoconstrução e da espontaneidade, a arquitetura kitsch traria a inventividade na elaboração de espaços individualizados que transmitem a visão de mundo e a marca do seu criador. Manteria ainda o impulso e o instinto da concepção do abrigo próprio, inclusive como resposta às imposições tecnológicas, e a utilização de meios artesanais de produção mesmo numa realidade industrializada. Da arquitetura oficial, a arquitetura kitsch se apoderaria de elementos que adaptaria ao seu próprio repertório estético, como os da arquitetura moderna e os tecnologicamente sofisticados, “devolvendo-os” depois como outro produto estético que, eventualmente, pode revitalizar a arquitetura oficial por meio de sua potência de criação e de transgressão dos códigos da elite. A arquitetura kitsch, em decorrência do seu caráter de produto de afirmação social e de processo de personificação, exibe sempre um uso excessivo de materiais decorativos; a aplicação de processos construtivos sem o conhecimento de seus princípios; o uso variado e rico de materiais de construção; o uso excessivo da cor, empregada, geralmente, em tons berrantes e contrastantes; e grande diversidade em função do processo de personificação/individualização do espaço. O livro, que ilustrado com fotografias e croquis, se apoia em pesquisa realizada pelos autores na cidade do Rio de Janeiro e em alguns de seus subúrbios durante o ano de 1978. 
Data do Preeenchimento: 
terça-feira, 27 Dezembro, 2011 - 13:30
Pesquisador Responsável: 

Márcia Sant’Anna

Data da revisão: 
quarta-feira, 2 Julho, 2014 - 13:30
Responsável pela Revisão: 

Daniel Juracy Mellado Paz

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