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Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Igatu / Chapada Diamantina-Ba, 2016.
Espigueiros. Portugal, 2017.
Espigueiros. Portugal, 2017.

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Habitação indígena; Arquitetura indígena; Arquitetura Timbira; Casa; Aldeia; Timbira; Brasil.

ISBN ou ISSN: 

85-213-0159

Autor(es): 

Maria Elisa Ladeira

Onde encontrar: 

Acervo da Faculdade de Arquitetura da UFBA

Referência bibliográfica: 

LADEIRA, Maria Elisa. Uma Aldeia Timbira. In: NOVAES, Sylvia Caiuby (org). Habitações Indígenas. São Paulo: Nobel/ Ed. da Universidade de São Paulo, 1983.

Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Território e etnicidade
Dados sobre o autor(es) e obra: 

Maria Elisa Ladeira é Antropóloga, formada pela Universidade de São Paulo, com Mestrado em Antropologia Social (1978) e Doutorado em Antropologia Social pela mesma instituição. Desde 1979 coordena o CIT – Centro de Trabalho Indigenista, em São Paulo.

 

Informação extraída de: < https://www.facebook.com/profile.php?id=100000492337839 >

Sumário obra: 

Não se aplica

Resumo : 

O texto versa sobre a moradia dos Timbira Orientais, atualmente representados pelos Krahô, Apãniekra-Canela, Ramkokamekra-Canela, Krikati e Pykopjê. Localizam-se nos campos de cerrado do Maranhão e Goiás, em lugares planos de solo não-pedregoso, perto de cursos d´água, com mata ciliar para roçados, cujo esgotamento induz à migração. Caminhos numerosos e estreitos unem a aldeia aos lugares de banho, caça e pescaria. À roça vão caminhos largos e limpos, por onde passam as mulheres com cestos. A casa Timbira, ikré, varia de grupo para grupo. Têm planta retangular, com o lado maior formando a frente, cobertura e paredes de folhas de babaçu ou inajá, amarradas por cipós. Começam agora a construir em taipa e mesmo adobe. Com paredes de todos os lados e sem janelas, algumas vezes, a porta de entrada da fachada principal, voltada para o pátio da aldeia, é fechada parcialmente ou fica aberta. Têm também outra porta, com localização oposta, nos fundos. Não há divisão interna e, à casa, só vão para dormir. No seu interior, usam-se jiraus com esteiras de embira de buriti como cama, banco, mesa e mesmo prateleira. Normalmente, os utensílios estão presos nas paredes, no teto ou em cestos pendurados nos caibros. Além disso, algumas cabaças grandes ou potes de barro com água, bancos ou toras de buriti - usados como assento ou para fechar a porta da casa para impedir a entrada dos porcos –, e o fogo da cozinha, com trempe de pedras e panelas de ferro. O transporte do conjunto é fácil, já que os Timbira há dois séculos eram caçadores-coletores semi-nômades. Após o contato com o branco, seu território foi limitado, gerando escassez da caça e conferindo à agricultura um papel proeminente. As aldeias são circulares e os Timbira destacam este aspecto como atributo essencial para ser “índios de verdade”. Mais: a forma circular e sua centralidade são base e paradigma para a ordenação do universo. As casas estão dispostas de modo eqüidistantes do càà, o pátio. Cada casa abriga um grupo doméstico, composto por famílias elementares (pai, mãe, filhos), organizadas segundo a modalidade uroxical (com o marido residindo na casa da sogra) e formando uma unidade de produção e consumo autossuficiente. As casas são unidas por caminhos radiais individuais, o càà ma pry, que, passando pelo pátio, são sempre usados para encontrar-se com não-parentes. Há ainda o caminho circular, o kricape, unindo as casas pela parte frontal, que é usado somente por parentes, já que as casas vizinhas formam um segmento residencial sem marcas físicas, mas conhecido por todos. A distância marca envolvimento e compromisso, como na distribuição da casa. Pode-se ainda percorrer os quintais, no perímetro da aldeia, uma opção que é reservada à maior proximidade parental. O centro da aldeia é de domínio masculino, enquanto a casa é das mulheres. O pátio media todas as relações, tornando-as visíveis. Ali desaparecem as relações de parentesco e trata-se, ao máximo, de assuntos comunais. Conflitos de “periferia” não devem chegar ao centro, mesclando o doméstico com o político. As aldeias não são menores que 150 metros de diâmetro, sem que este tamanho corresponda proporcionalmente ao número de habitantes. A expansão da aldeia mantém sua forma. No interior da casa cada família elementar possui seu espaço próprio para dormir e comer. Podem também desmembrar-se, construindo ao lado da casa da mãe. Quanto mais casas e mulheres, maior o poder da família. Quando a circunferência está ocupada, as casas simplesmente se afastam. A forma global permanecerá irregular por algum tempo, até todas as demais se ajustem, à medida que os mais velhos falecem.

Data do Preeenchimento: 
quarta-feira, 28 Janeiro, 2015 - 16:45
Pesquisador Responsável: 

Daniel Juracy Mellado Paz

Data da revisão: 
quarta-feira, 28 Janeiro, 2015 - 16:45
Responsável pela Revisão: 

Responsável pela revisão Marcia Sant’Anna

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