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Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Igatu / Chapada Diamantina-Ba, 2016.
Espigueiros. Portugal, 2017.
Espigueiros. Portugal, 2017.

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A terra como abrigo: a taipa de mão no percurso da história construtiva no Nordeste do Brasil

ISBN ou ISSN: 

978-65-86753-59-2

Autor(es): 

SILVA, Maria Angélica da; CERQUEIRA, Louise Martins

Referência bibliográfica: 

SILVA, Maria Angélica da; CERQUEIRA, Louise Martins. A terra como abrigo: a taipa de mão no percurso da história construtiva no Nordeste do Brasil. In: NEVES, Célia et al. Arquitetura e Construção com Terra no Brasil. Tupã, São Paulo: ANAP, 2022, 251 p.: il. – (PPGARQ ; v. especial). cap. 1.9, p. 100-110. ISBN 978-65-86753-59-2. E-book.

Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Dados sobre o autor(es) e obra: 

Maria Angélica da Silva
Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Minas Gerais (1979), especialização em Produção do Espaço (1987), mestrado em História Social da Cultura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1991), doutorado em História pela Universidade Federal Fluminense (1998), com bolsa sanduíche cursada na Architectural Association School (Londres). Realizou estágio de pós-doutoramento na Universidade de Évora em 2006 e foi professora visitante na Universidade de Bolonha em 2018/2019, com bolsa Capes. É Professora titular da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Coordena o Grupo de Pesquisa Estudos da Paisagem desde 1998.
Louise Martins Cerqueira
Graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Alagoas (2011), mestrado em Arquitetura e Urbanismo (2015), e doutorado em Arquitetura e Urbanismo (2020), ambos pela Universidade Federal de Alagoas. Professora efetiva do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia, no campus de Vilhena. Atua como pesquisadora do Grupo de Pesquisa Estudos  da Paisagem (FAU-UFAL) há 13 anos, participando e desenvolvendo projetos na área de patrimônio cultural, história oral, estudos urbanos e design de produtos culturais.

Sumário obra: 

Não se aplica

Resumo : 

O texto descreve como o processo construtivo da taipa de mão foi introduzido no cenário regional do
Nordeste brasileiro e como ele sobrevive até os dias atuais. Inicialmente é descrito como os colonizadores
e os povos escravizados trouxeram para o nosso território a taipa de mão entre outros métodos
construtivos com terra crua. É apresentada uma série de citações que remetem à experiência dos
portugueses com as técnicas construtivas que uniam estruturas de madeira e terra compactada, formando elementos autoportantes desde o século XVI. Contudo, a pesquisa apontou que a taipa de mão reproduzida no Brasil tem maior similaridade com as experiências africanas, um continente rico de diversos processos construtivos com terra crua. Utilizando-se das gravuras realizadas pelo artista Frans Post no século XVII, os autores fazem uma análise de como a taipa de mão esteve presente no Brasil colonial desde a arquitetura popular até as edificações de maior porte ligadas ao engenho de açúcar. A partir das imagens escolhidas, é possível fazer uma análise comparativa de três técnicas construtivas com terra crua e destacar que entre elas a chamada taipa de mão foi a que mais se perpetuou no país, sendo reproduzida até os dias atuais, principalmente na região do Nordeste, em zonas rurais, mas também em povoados e na periferia de cidades maiores. Está, entretanto, em declínio devido à sua substituição pela alvenaria de tijolo cerâmico. O texto mostra, através de uma série de entrevistas realizada com moradores da zona rural do estado de Alagoas, a descrição em detalhes do processo construtivo com a taipa de mão e, além disso, como a reprodução dessa técnica envolve um senso de comunidade e aspectos culturais. A construção de uma nova casa envolve a todos e, embora não ocorram gastos com determinados materiais, os donos da casa devem oferecer comida e música aos trabalhadores. Muitas músicas locais têm um compasso marcado para estimular e tornar o trabalho mais agradável e com ritmo. Esse entrelace da técnica da taipa de mão com os valores sociais, estéticos e culturais da população, atrelado ao seu custo-benefício, fez com que ela sobrevivesse ao tempo em pequenas comunidades apesar das associações negativas que lhe foram atreladas ao longo do tempo.

Data do Preeenchimento: 
quarta-feira, 12 Julho, 2023 - 17:45
Pesquisador Responsável: 

Alessandra Anunciação

Data da revisão: 
quarta-feira, 12 Julho, 2023 - 17:45