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Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Igatu / Chapada Diamantina-Ba, 2016.
Espigueiros. Portugal, 2017.
Espigueiros. Portugal, 2017.

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Santa Catarina

ISBN ou ISSN: 

978-85-89478-35-9

Autor(es): 

Maria Inês Sugai

Referência bibliográfica: 

SUGAI, Maria Inês. Há favelas e pobreza na “Ilha da Magia”? In: ABRAMO, Pedro. Favela e mercado informal: a nova porta de entrada dos pobres nas cidades brasileiras. Porto Alegre: ANTAC, 2009, p.162 - 200.
 

Eixos de análise abordados: 
Construção autogerida em meio urbano: espaços e técnicas
Dados sobre o autor(es) e obra: 

Maria Inês Sugai é arquiteta e urbanista graduada pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP), onde também adquiriu os títulos de Mestre e Doutor em arquitetura e urbanismo. Leciona na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) desde 1979 na graduação e na pós-graduação, e foi coordenadora do curso de Arquitetura e Urbanismo no período de 2004 a 2006. Foi membro da diretoria da ANPUR (Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional), no período de 2009 a 2011. Atualmente, coordena na UFSC o grupo de pesquisa “SITUS- Território, Arquitetura e Cidadania” e atua com ênfase nas áreas de Planejamento Urbano e Projeto Arquitetônico, focalizando os seguintes temas de pesquisa: planejamento urbano, segregação socioespacial, informalidade urbana e habitação de interesse social.
Informações obtidas em: https://www.escavador.com/sobre/2025612/maria-ines-sugai
 

Sumário obra: 

Não se aplica

Resumo : 

Este artigo, que fundamentou-se em pesquisa realizada pela Rede Infosolo, pretende desmistificar a imagem de “Ilha da Magia” atribuída a Florianópolis e oferecer novos parâmetros para uma análise efetiva das mudanças ocorridas no espaço urbano e, desta forma, proporcionar um conhecimento da cidade real. Para isto, a autora selecionou seis assentamentos informais da área conurbada desta cidade (que também engloba os municípios de São José, Palhoça e Biguaçu), que diferem em situação socioeconômica, configurações espaciais e habitacionais. Os assentamentos informais, conhecidos localmente como “comunidades”, selecionados para análise foram: Favela da Serrinha I, Morro da Queimada, Tapera da Base, Solemar, Frei Damião e Sol Nascente. Florianópolis é um polo de atração de grandes fluxos migratórios de populações de diferentes rendas e a principal forma de acesso ao solo urbano pelos pobres é através da informalidade, seja por meio de novas ocupações ou pelo mercado imobiliário informal. Sugai investiga o funcionamento deste último através da sua divisão em três submercados (compra, venda e aluguel) e busca compreender a relação de cada um deles com a localização dos assentamentos, o perfil socioeconômico dos moradores, o tempo de residência, as técnicas construtivas utilizadas e os valores das transações imobiliárias. As informações obtidas e a análise percentual comparativa entre os assentamentos permitiram à autora estabelecer conclusões gerais sobre a dinâmica habitacional na grande Florianópolis. O índice de transações imobiliárias nos assentamentos informais se assemelha ao das áreas formais da cidade, o que denota dinamismo neste setor. Dentre os três submercados analisados, o de aluguel é o mais expressivo dentro das comunidades. Sua grande movimentação pode indicar diversas situações: a crescente demanda por habitação, o grau de instabilidade das populações de baixa renda, a ausência de espaços urbanos para novas ocupações, a transitoriedade do morador ou sua recente chegada à cidade e a insuficiência de recursos para adquirir imóveis. Além disso, a possibilidade de se obter uma suplementação salarial através da locação de imóveis fomenta o crescimento deste submercado. A análise dos valores absolutos e da porcentagem que o aluguel representa na renda mensal dos locatários, permitiu à autora concluir que o mercado imobiliário informal reproduz a condição de pobreza e impõe à população valores de aluguel e formas de exploração semelhantes às do mercado formal, mas sem as vantagens de infraestrutura urbana e garantias legais. No que diz respeito às técnicas construtivas observadas, é significativa a quantidade de edificações em madeira, tendo em vista a predominância da alvenaria nos demais assentamentos informais brasileiros. Essa técnica é um saber popular amplamente difundido no Sul do país e, desta forma, não corresponde a um indicador de pobreza ou precariedade das edificações, embora tenha sido encontrado com mais frequência em assentamentos periféricos e onde as rendas médias são menores. Já nos assentamentos mais próximos às áreas formais e de alta renda, o uso da alvenaria predomina. A autora também procura entender os fatores de atração e repulsão que levam à mobilidade residencial intraurbana. A proximidade da família, de amigos e do trabalho e a localização da comunidade são fatores atrativos na hora de escolher o local da moradia. Já a inexistência de programas de urbanização, a violência, a distância dos parentes, de amigos e do trabalho e o tamanho do domicílio constituem fatores de repulsão. Nas entrevistas realizadas, o valor do aluguel foi pouco mencionado como motivo de escolha da comunidade. Os entrevistados dos três submercados, em sua maioria, não apresentavam uma noção clara de quais seriam as áreas mais valorizadas da cidade e daquelas de “autossegregação” das classes altas. Tampouco tinham ciência dos fatores que contribuíam para valorizar um imóvel.

 

Data do Preeenchimento: 
sexta-feira, 1 Março, 2019 - 15:00
Pesquisador Responsável: 

Natália Bessa

Data da revisão: 
segunda-feira, 20 Maio, 2019 - 15:00
Responsável pela Revisão: 

Márcia Sant'Anna

ISBN ou ISSN: 

978-85-8225-021-1

Autor(es): 

Maria Isabel Kanan

Onde encontrar: 

Biblioteca da Universidade Federal do Espírito Santo

Referência bibliográfica: 

KANAN, Isabel. “Argamassas e revestimentos tradicionais da arquitetura luso-brasileira em Santa Catarina – processos e características construtivas”. In: RIBEIRO, Nelson Pôrto (org). Subsídios para uma história da construção luso-brasileira. Rio de Janeiro: Pod Editora, 2013, p. 161-175.

Eixos de análise abordados: 
Conceitos e métodos
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Dados sobre o autor(es) e obra: 

Maria Isabel Kanan é arquiteta formada pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1976), com especialização pelo ICCROM e mestrado em conservação arquitetônica pelo Institute of Architectural Advanced Studies/University of York/ Inglaterra (1992), doutorado em ciência da conservação pela Bournemouth University, Inglaterra (1995). É arquiteta do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional desde 1984 e professora do Mestrado Profissional em Conservação e Restauração de Monumento e Núcleos Históricos da UFBA (MP-CECRE) desde 1996. Tem experiência na área de conservação e restauração arquitetônica, com ênfase na pesquisa das tecnologias de cal e terra e na capacitação de profissionais e equipes de obras. É membro do ICOMOS atuando no comitê de patrimônio arquitetônico de terra e moderadora do grupo de paisagem.

Fonte: (http://www.abracor.com.br/congresso/site_congresso).

Resumo : 
O artigo é uma revisão dos estudos realizados pela autora relativos às argamassas e rebocos de cal e terra. Embora de cunho mais abrangente, o estudo interessa ao campo da arquitetura popular porque, conforme assinala Kanan, a cal, a partir de várias matérias primas, foi talvez o mais comum dos aglomerantes utilizados na construção, abrangendo todas as tipologias. Neste estudo, a autora descreve mais detidamente a produção da cal de conchas, o tipo mais antigo utilizado no Brasil. Informa que esta cal, obtida a partir da queima de conchas diversas retiradas de sambaquis, era produzida em caieiras por meio de dois processos: em “medas” ou em fornos simples de alvenaria. As medas utilizadas em Santa Catarina correspondem a camadas circulares e alternadas de conchas e turfa dos manguezais, com aproximadamente 4 metros de altura, cuja superfície pode ser coberta com argila para melhor desempenho. A queima desse conjunto produz então a cal. A autora registra que, além desse tipo, em Santa Catarina, a cal de pedras de calcário foi também produzida com métodos tradicionais no final do século XIX por imigrantes italianos. As fábricas de cal hidráulica e cimento somente surgiram no Brasil entre o final do século XIX e o começo do XX, o que modificou a prática tradicional. Nesta revisão de estudos, a autora descreve o uso da cal como material de revestimento e acabamento em Santa Catarina, inclusive com a adição de pigmentos, compondo a técnica conhecida como argamassa pigmentada. Informa também sobre as técnicas, como a microscopia ótica e eletrônica, que permitem a identificação dos aglomerantes, agregados, aditivos e pigmentos que compõem as argamassas e os revestimentos feitos com cal. Explica ainda o método para a realização de análises estratigráficas dos revestimentos feitos com cal e as informações que esse tipo de análise pode produzir sobre o tipo de cal e seu processo de calcinação; sobre o processo de hidratação e produção de argamassas; sobre a microestrutura das argamassas e sobre seus possíveis componentes orgânicos. A autora conclui informando que os vestígios da produção de cal de conchas estão praticamente desaparecidos, sendo os revestimentos antigos a grande fonte de informação sobre este material e suas formas de produção e emprego. Lamenta, por fim, que esta documentação física esteja também em processo de desaparecimento devido à falta de sensibilidade de arquitetos e construtores que substituem indiscriminadamente esses revestimentos. 
Data do Preeenchimento: 
sexta-feira, 7 Março, 2014 - 15:00
Pesquisador Responsável: 

Marcia Sant’Anna

Data da revisão: 
quarta-feira, 2 Julho, 2014 - 14:15
Responsável pela Revisão: 

Daniel Juracy Mellado Paz

Observação: 

Bibliografia indicada:

KANAN, Maria Isabel. An Analytical Study of Earth and Lime Based Building Materials in Blumenau region southern Brazil. PHD thesis, School of Conservaition Science, Bournemouth University, England, 1995.

MUELLER, U. “La Microtextura de Revoques de Cal Históricos Fabricados con Conchas Marinas, un caso práctico aplicado en el Edificio de Aduanas de Florianópolis, Brasil”. In: Cal: Técnicas Avanzadas para la Conservación y Casos de Estudio. Santiago: Consejo de Monumentos Nacionales, 2005, pp. 117-121.

ISBN ou ISSN: 

978-85-7334-217-8

Autor(es): 

Margareth de Castro Afeche Pimenta

Onde encontrar: 
Bibliotecas do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN 
Referência bibliográfica: 
MESTRES artífices de Santa Catarina / coordenação de Margareth de Castro Afeche Pimenta. – Brasília, DF: Iphan, 2012. 
Eixos de análise abordados: 
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Dados sobre o autor(es) e obra: 
Margareth de Castro Afeche Pimenta possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo (1977), mestrado em Géographie de lAménagement et dUrbanisme - Universite de Paris IV (Paris-Sorbonne) (1988), mestrado em Planejamento Urbano e Regional pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1984) e doutorado em Géographie de lAménagement et dUrbanisme - Universite de Paris IV (Paris-Sorbonne) (1994). Atualmente é associado III da Universidade Federal de Santa Catarina. Tem experiência na área de Planejamento Urbano e Regional, com ênfase em Teoria do Planejamento Urbano e Regional, atuando principalmente nos seguintes temas: espaço urbano, Grande Florianópolis, plano diretor, patrimônio e memória urbana, assentamentos de baixa renda e espaço industrial. 
Informações extraídas de: http://lattes.cnpq.br/3375918723025458
Sumário obra: 
Agradecimentos 
Apresentação 
O Registro dos Mestres Artífices: Preservação do Saber-fazer da Construção Tradicional, por 
Leonardo Barci Castriota
Os Mestres Artífices: O Tempo Lento da Repetição Criadora, por Margareth de Castro Pimenta
Sul Catarinense 
Vale do Itajaí 
Arquitetura austro-brasileira 
Planalto Norte 
Considerações finais 
Referências Bibliográficas 
Mestres Artífices da Construção Tradicional em Santa Catarina 
Resumo : 
O livro faz parte da Coleção Cadernos de Memória - Mestres Artífices que também integra mais dois volumes sobre Minas Gerais e Pernambuco. Resulta do desenvolvimento do Projeto Mestres e Artífices da Construção Tradicional, realizado em parceria entre o Iphan, o Programa Monumenta e a UNESCO. O volume está divido em apresentação, textos sobre a importância do registro do saber-fazer ligado à construção tradicional e sobre os mestres artífices e, posteriormente, capítulos que identificam as regiões do estado de Santa Catarina que possuem características semelhantes no que diz respeito à construção tradicional. Por fim, são apresentadas as conclusões da pesquisa, referências bibliográficas e o cadastro dos mestres e artífices identificados. As regiões são definidas a partir de características ligadas à imigração e aos tipos de técnicas encontradas. Assim, a obra apresenta dois capítulos relativos às regiões do Sul Catarinense e do Vale do Itajaí, um capítulo sobre o que se denomina de “arquitetura austro-brasileira” e outro sobre o Planalto Norte. No primeiro texto, Leonardo Barci Castriota ressalta a importância da preservação do patrimônio imaterial, fazendo um breve apanhado histórico acerca do processo de valorização deste tema, com enfoque no registro das técnicas construtivas tradicionais através dos inventários de referências culturais. Em seguida, Margareth de Castro Afeche Pimenta desenvolve ricamente o conceito e o processo de formação dos mestres artífices e apresenta também estruturação da pesquisa para sua identificação em Santa Catarina, desde a formação das equipes de pesquisadores, análise histórica das imigrações, desenvolvimento das técnicas tradicionais na atualidade, concluindo com considerações sobre o rico contexto cultural do estado, decorrente das atividades migratórias ao longo da sua história. A obra segue com um capítulo sobre as atividades dos mestres artífices na região de imigração italiana no sul catarinense, enfatizando a carpintaria, marcenaria, cantaria e ferraria, com depoimentos dos 
artesãos acerca do processo de aprendizado, materiais utilizados e relatos cotidianos. Com organização semelhante, o capítulo sobre o Vale do Itajaí focaliza os ofícios da carpintaria, marcenaria, cantaria, pintura e olaria dos imigrantes alemães, destacando, entre outros temas, a carpintaria para confecção de estruturas em enxaimel e as técnicas de restauro em pintura e madeira. O capítulo sobre a “arquitetura austro-brasileira” aborda os ofícios da construção e a carpintaria marcados pelas características tirolesas, com enfoque na cidade de Treze Tílias, onde há influência também dos imigrantes italianos que ali residem. É interessante destacar que nesta localidade muitos mestres têm origem italiana, mas executam a arquitetura austríaca. No capitulo reservado ao Planalto Norte, também com foco na construção e carpintaria, mostra-se uma região marcada pela miscigenação entre etnias europeias e caboclas, o que se revela nas várias tradições construtivas existentes. É importante destacar que em todos os capítulos há relatos que vão além da catalogação dos mestres e das técnicas construtivas, como as relações interpessoais entre mestres e aprendizes e destes com a comunidade local, além de fatos históricos e festividades, como a festa da cumeeira, e aspectos culturais fundamentais para um pleno entendimento da obra. O livro é fartamente ilustrado com fotografias.
Data do Preeenchimento: 
sexta-feira, 13 Setembro, 2013 - 12:30
Pesquisador Responsável: 

Estudante voluntária: Sarah Diana Frota de Albuquerque

Data da revisão: 
segunda-feira, 6 Outubro, 2014 - 12:30
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna

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