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Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Igatu / Chapada Diamantina-Ba, 2016.
Espigueiros. Portugal, 2017.
Espigueiros. Portugal, 2017.

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Distribuição territorial de edificações históricas de terra

ISBN ou ISSN: 

978-65-86753-59-2

Autor(es): 

KANAN, Maria Isabel

Referência bibliográfica: 

KANAN, Maria Isabel. Distribuição territorial de edificações históricas de terra. In: NEVES, Célia et al. Arquitetura e Construção com Terra no Brasil. Tupã, São Paulo: ANAP, 2022, 251 p.: il. – (PPGARQ ; v. especial). cap. 1.3, p. 36-50. ISBN 978-65-86753-59-2. E-book.

Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Tecnologia tradicional no território e na edificação: vigências e usos contemporãneos
Dados sobre o autor(es) e obra: 

Maria Isabel Kanan possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1976), mestrado em Architectural Conservation Studies - Institute of Architectural Advanced Studies/University of York/ UK (1992), doutorado em Science of Conservation - Bournemouth University - ING (1995) e foi investigadora visitante pelo Getty Conservation Institute, Los Angeles, USA de 2001 a 2002. Foi arquiteta do IPHAN e docente de cursos em conservação arquitetônica. É membro ativo do ICOMOS/ISCEAH International Scientific Committee of Earthen Architectural Heritage. Pesquisadora independente e interessada na documentação e conservação de edificações tradicionais, cal, terra e paisagens. Membro de PROTERRA.
 
Fonte:
http://lattes.cnpq.br/2433910627890305

Sumário obra: 

Não se aplica

Resumo : 

O texto aborda diversas técnicas de construir com terra e como elas se difundiram pelo território nacional ao logo da história, realizando a análise de diversas edificações e mostrando como essas técnicas e os seus frutos estão sendo tratados atualmente. Os portugueses trouxeram para o Brasil sua cultura e suas formas de construir com terra, que são fruto de diversas influências e sofreram adaptações ao ambiente tropical após sucessos e insucessos, contribuindo para a arquitetura e a construção brasileiras. Durante os primeiros séculos de colonização, desde as primeiras fundações dos portugueses, as construções com terra e madeira foram frequentes, no entanto, nem todas obtiveram êxito. Estudos sobre taipa de pilão das casas bandeiristas em São Paulo apontam que houve tentativas de construir com terra no litoral que não resistiram ao tempo. As edificações históricas de influência mais eclética, de meados do século XIX até início do XX, podem também apresentar a terra como material construtivo, mas aparecem mescladas com outros materiais. O início do século XX trouxe o abandono gradativo da maneira tradicional de construir devido ao aparecimento de novas correntes e técnicas construtivas. Arquitetos modernistas interessaram-se pelas técnicas tradicionais e da cultura popular, chegando a projetar edificações utilizando esses conhecimentos, porém de forma mais racional. Em meados do século XX, o uso da terra perde sua força como material construtivo, sendo substituído pelo cimento, tijolo cerâmico e concreto, entre outros. No entanto, ainda é possível resgatar esse conhecimento tradicional junto a alguns profissionais da área da construção, assim como ressurge a força da arquitetura e da construção com terra de forma contemporânea. Para preservação do legado no final do século XIX e início do XX, o movimento de modernização do país modificou o quadro do patrimônio histórico edificado dos primeiros séculos. Dessa forma, foram criadas instituições da defesa do patrimônio histórico brasileiro como o Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e outras instituições estaduais e municipais, que têm a responsabilidade de cadastrar e proteger o patrimônio histórico brasileiro. Em geral, todas as edificações históricas dos primeiros séculos apresentam elementos construtivos de terra, ainda que nem sempre como material principal. Embora o inventário desse tipo de edificação histórica esteja avançando no Brasil, ainda não é possível apresentar a incidência dessas edificações em todo o país. Contando com inúmeras colaborações, além de estudos antigos e atuais, e arquivos de tombamento, é possível identificar, preliminarmente, as principais vertentes históricas dessa cultura construtiva, reunindo exemplares herdados do passado em áreas tradicionalmente apontadas como referenciais sobre esse repertório patrimonial edificado. As edificações históricas em terra no território brasileiro estão principalmente distribuídas em áreas do sertão, afastadas do litoral, historicamente vinculadas aos movimentos de interiorização do território. No entanto, em áreas litorâneas, mesmo de forma pontual, encontram-se valiosos exemplares. Nessas áreas, a maioria do acervo apresenta sistema construtivo misto: terra, pedra, madeira, e outros materiais. Fatores como o clima e históricos, como origem e disseminação de raízes culturais, contribuíram e influenciaram o surgimento, consolidação e preservação dessas edificações.

Data do Preeenchimento: 
quarta-feira, 12 Julho, 2023 - 18:00
Pesquisador Responsável: 

Alessandra Anunciação

Data da revisão: 
quarta-feira, 12 Julho, 2023 - 18:00
Responsável pela Revisão: 

Marcia Sant’Anna