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Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Simpósio sobre Arquitetura Popular no V ENANPARQ 2018
Igatu / Chapada Diamantina-Ba, 2016.
Espigueiros. Portugal, 2017.
Espigueiros. Portugal, 2017.

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Técnicas Tradicionais de Construção de Alvenarias - A literatura técnica de 1750 a 1900 para a conservação de edifícios históricos.

ISBN ou ISSN: 

972-24-1234-5

Autor(es): 

João Mascarenhas Mateus

Onde encontrar: 

Acervo da pesquisadora Silvia Pimenta d’Affonseca Livraria BERTRAND, Lisboa

Referência bibliográfica: 

MATEUS, João Mascarenhas. Técnicas Tradicionais de Construção de Alvenarias – A literatura técnica de 1750 a 1900 para a conservação de edifícios históricos. Lisboa, Livros Novos Horizontes, 2002.

Eixos de análise abordados: 
Saberes tradicionais e espaço arquitetônico
Construção autogerida em meio urbano: espaços e técnicas
Dados sobre o autor(es) e obra: 

João Mascarenhas Mateus é investigador do Centro de Estudos Sociais, Núcleo de Cidades, Culturas e Arquitectura da Universidade de Coimbra, Portugal. Licenciado em Engenharia Civil, fez o Mestrado em Ciências da Arquitetura na Katholieke Universiteit Leuven, Bélgica, onde trabalhou como assistente de investigação (1993-1995). Realizou na Universidade La Sapienza de Roma, Itália a investigação de doutoramento sobre a utilização de técnicas tradicionais de construção de edifícios de alvenaria na atividade da conservação arquitetônica. Foi "Cultore della materia" na Faculdade de Arquitetura Valle Giulia da Univ. La Sapienza de Roma (2002-2004) e é colaborador científico da “Scuola di Specializzazione in Conservazione dei Monumenti” da mesma Universidade, desde 2002. Organizou em 2010 a Primeira Conferência sobre História da Construção em Portugal e foi um dos coordenadores do I Congresso da História da Construção Luso-Brasileira (2013).

Informações obtidas em: http://www.ces.uc.pt/investigadores/cv/joao_mascarenhas_mateus.php

Sumário obra: 

Introdução Capítulo I – A bibliografia e a transmissão do saber aos protagonistas da construção.

Capítulo II – A concepção geométrica e o dimensionamento de edifícios em alvenaria

Capítulo III – A preparação e a composição de materiais

Capítulo IV - A montagem e a execução de alvenarias

Capítulo V – A proteção e a durabilidade das alvenarias

Capítulo VI – Metodologia e utilização dos princípios e técnicas tradicionais nos processos de conservação.

Capítulo VII – Considerações Finais e conclusões da Pesquisa. Bibliografia Origem das figuras.

Resumo : 

A obra apresenta um estudo das técnicas tradicionais de construção através da análise dos tratadistas, das enciclopédias, dos manuais de construção e de bibliografias recentes que retomaram o interesse pelo tema, dando ênfase a construções de alvenarias com uso de pedra e tijolos. O limite temporal das obras estudadas abrange o período de 1750 a 1900, sendo, segundo o autor, a primeira data correspondente à edição do primeiro volume da enciclopédia de Diderot e d’Alembert e o ano de 1900, ao apogeu das investigações sobre alvenarias não armadas e declínio do ensino dessas técnicas nas escolas profissionalizantes e nas Universidades devido ao advento do cimento Portland, do concreto e do aço. O autor divide a obra em três partes: contexto, conteúdo e utilidade das técnicas tradicionais de construção em alvenaria, apresentando ainda uma vasta bibliografia consultada em ordem cronológica e classificada por assunto, o que facilita o seu uso. Na primeira parte, o autor, contextualiza o estudo das alvenarias com base na bibliografia escolhida. Na descrição de cada obra analisada, ele situa o período em foi escrita, o que nos direciona ao contexto histórico da época. Distingue as diversas categorias de obras, o que é necessário para a identificação e caracterização das técnicas construtivas; identifica a evolução científica e tecnológica dos sistemas construtivos, como as estruturas metálicas e o concreto armado, que levaram ao desuso das técnicas tradicionais. Esse conhecimento é considerado importante porque as práticas construtivas da antiguidade constituíram a base e o modelo dos processos “modernos” de construção. Segundo o autor, os documentos anteriores aos tratados do século XVII, não trazem muita informação sobre o conhecimento técnico da arquitetura. O máximo que contêm são relações matemáticas exemplificadas em desenhos e estudos para elevação de cargas nas construções por meio de alavancas. Com relação às enciclopédias, cita a de Plínio (23-70 dc), composta por 38 volumes, dos quais três são dedicados à arte de construir, tratando-se do trabalho com o ferro, o chumbo, as técnicas de pintura e o preparo de pigmentos. As ordens religiosas e a arquitetura militar também contribuíram para o desenvolvimento e a divulgação da arte de construir. Os religiosos foram responsáveis pela exportação das formas de construir, após a consolidação do poder das abadias e do poder feudal. Muitos dos superiores das grandes abadias eram construtores e arquitetos e a ânsia de dominar regiões de dimensões cada vez maiores, levou-os a desenvolver e a exportar formas de construir normalizadas, destinadas à edificação de complexos monásticos. Já a arquitetura militar teve, com o passar dos tempos, sua atuação ampliada e passou a se dedicar à construção de cartas civis destinadas à abertura de canais, estradas e à construção de pontes. No final do século XV, vários livros e tratados de arquitetura foram publicados em decorrência do surgimento da imprensa e da cultura do Renascimento. A partir da segunda metade do século XVIII, com o Iluminismo, ocorrem alterações na forma de pensar e uma revolução nos valores relativos ao conhecimento, que passa a ser dividido em várias ciências. Há ainda a criação das academias, a exemplo da Academia de Arquiteturas e das Belas Artes e da Academia Militar. No século XIX, a Revolução Industrial traz a mecanização do trabalho e a criação de máquinas para o corte da pedra, para a fabricação de tijolos e revestimentos, para a produção do aço, o que, consequentemente, leva a mudanças na construção civil. A literatura dessa época passa então a descrever os avanços desta industrialização, como a fabricação de colunas e vigas metálicas e a possibilidade de se fazer cobertura para vãos maiores. Ocorrem melhorias na área de infraestrutura com a implantação das primeiras redes ferroviárias e os canais fluviais e, portanto, também uma melhoria na distribuição dos materiais de construção. Os tratados de geometria marcaram todo o século XIX e definiram as leis da geometria que passaram a ser aplicadas sistematicamente à representação gráfica de um edifício, através de plantas, fachadas e cortes. É nesta época que se estabelecem as teorias sobre o colapso das estruturas, os métodos de cálculo para estabilidade e as tensões máximas nas alvenarias para determinado carregamento. Após a revisão dessa bibliografia, os capítulos seguintes são dedicados a destrinchar o seu conteúdo. Um deles é destinado a estudar a concepção geométrica e o dimensionamento dos edifícios em alvenaria,trazendo informações sobre o dimensionamento e a construção de colunas, pilastras, arcos e abobadas em pedra talhada (demonstrando sua estereotomia), e em alvenarias ordinárias e mistas. Passando ao estudo dos materiais, o autor comenta a preparação e a composição de materiais como blocos cerâmicos, considerando os cuidados na extração da argila, a evolução no método de cozedura e as propriedades que adquirem em função de variações de temperatura e tempo de queima. Com relação às pedras, chama a atenção para os cuidados na extração e o respeito para com o leito natural da pedra na execução dos serviços de cantaria. Na fabricação das argamassas e concretos, descreve desde a fabricação das cais, suas características e explica os procedimentos a serem adotados na mistura dos materiais, como traços e dosagem de água para os diferentes tipos de reboco e estuque. Enfim, para todos os materiais, o autor faz, inicialmente sua caracterização, seguindo com informações sobre o método de extração ou obtenção, a evolução destes métodos e as diversas possibilidades de uso. O autor detalha ainda a montagem e a execução de alvenarias, arcos e abóbadas, além da execução dos acabamentos, com ou sem revestimento, fazendo referência aos aspectos práticos da execução nas alvenarias de pedra – talhada e ordinária – e de blocos, como o cimbramento, o assentamento e o descimbramentos de arcos e abóbadas. Os dois últimos capítulos são dedicados à proteção, durabilidade e conservação das alvenarias. Inicialmente, o autor trata dos fenômenos da deterioração, propondo técnicas de proteção contra as infiltrações das águas das chuvas, seja por gravidade, incidência lateral ou ascensão por capilaridade. Finalmente trata da metodologia para a utilização dos princípios e das técnicas tradicionais nos processos de intervenção e conservação de alvenarias.

Data do Preeenchimento: 
quarta-feira, 13 Agosto, 2014 - 21:15
Pesquisador Responsável: 

Sílvia Pimenta d´Affonsêca

Data da revisão: 
sexta-feira, 15 Agosto, 2014 - 00:00
Responsável pela Revisão: 

Márcia Sant’Anna

Observação: 

Livro com ilustrações dos detalhes construtivos comentados.